Por traz da maquiagem

O comentário de hoje pode não agradar as mulheres, mas é um fato. Acredito que todos os homens já devem ter passado por uma situação em que, ao observar uma mulher num evento, sentiram-se atraídos. Uma roupa escolhida a dedo, cabelos com corte moderno e impecável, e um rosto lindo. Depois de algumas doses de bebida alcoólica, você resolve aproximar-se. Papo vai, papo vem, terminada a noite, combinam um novo encontro. É aí que as coisas podem ficar mais complicadas, você ficou com a imagem impactada pela maquiagem e o efeito do álcool. Em vários destes casos, este novo encontro, pode ser uma decepção e tanto. A partir daí, vai querer voltar logo para casa!

Na sexta-feira foram publicados dados excelentes do emprego nos USA. Porém, com uma análise mais detalhada, parecem não tão brilhantes assim. Inicialmente, estes foram afetados por cálculos de sazonalidade distorcidos, em função do fechamento do governo no ano passado. Isto fez com que, o dado publicado, aparente mais elevado que o real; segundo que, embora houve um crescimento elevado no número de empregos, o mesmo foi ofuscado por uma perda de 150.000 empregos plenos, enquanto apenas 77.000 empregos parciais, foram criados. Veja o gráfico a seguir.


Como havia comentado no post da sexta-feira assunto-serio, existem muitos americanos que não estão no mercado de trabalho, e além disso, a grande maioria dos novos postos estão sendo criados na faixa etária dos mais velhos. No gráfico a seguir, fica claro que os jovens estão tendo dificuldades de encontrar colocação. Será que todos estão em suas casas, lançando aplicativos para os smartphones? Talvez como no caso da maquiagem feminina e "embriagado" pela vontade de querer que as coisas melhorem, o mercado foi levado na sexta-feira a comemorar, precipitadamente. Agora, passados estes efeitos, uma análise mais detalhada, trazem mais de perto a realidade. Vamos ver esta semana, como o FED interpretará os dados de emprego. Será com ou sem maquiagem? Hahahaha ...


Um gráfico interessante desafia as análises recentes. Dizem que a queda do preço do petróleo acarreta num aumento de consumo. No gráfico a seguir pode-se analisar o preço da gasolina ajustado pela inflação e comparado às vendas "control purchases" onde se remove: a venda de gasolina; automóveis; e materiais de construção, das vendas totais. Focando mais, sobre o que os consumidores compram de uma forma regular.

As linhas verticais em laranja mostram os picos dos preços da gasolina, que deveria corresponder a um subsequente crescimento das vendas no varejo. Embora o argumento seja lógico, os dados sugerem ao contrário. Além disso, a queda do preço do petróleo parece indicar um declínio da economia.

E o que esperar da bolsa americana? No post más-companhias comentei que o SP500: ...Mesmo existindo muitos trabalhos alertando para os perigos que a bolsa americana apresenta, com argumentações boas para tanto, o SP500 continua firme e forte! Como dizia meu ex-sócio da Linear: "Contra o fluxo não há argumentos".... E é o que continua acontecendo, onde o target de 2.200 está no radar.

Todos os dados de momentum continuam excelentes, no curto, médio e longo prazo. No gráfico acima destaquei dois períodos que guardam uma semelhança visual, vejam que usei a cor verde, para parabenizar o Palmeiras, que vai continuar na primeira divisão, parabenizar? Hahahah ...O primeiro entre 1994 - 2000 e o outro, entre 2009 - até agora. É verdade que em termos de situação econômica, eram muito diferentes, a primeira muito mais robusta que a atual. Do ponto de vista do nível tecnológicoa atual é muito mais dinâmica. Será este último um dos motivos das bolsas estarem subindo? Pois tanto faz se cria mais empregos, ou a economia cresce menos, o que importa é que os lucros estão crescendo! 

- É David, virou a casaca?
Espera um pouco, não me interprete mal, fiz somente uma leitura do mercado. Isto não significa que estou sugerindo uma compra. Assumo que perdi uma grande oportunidade nestes últimos tempos. Acho que agora é tarde demais, e provável que uma correção surja no futuro. Não deve ser pequena, como não foi a outra. Além disso, do ponto de vista técnico, a bolsa está num momento perigoso.


O SP500 fechou a 2.060, com queda de 0,73%; o USDBRL a R$ 2,5996 (on sale? Hahahah..), com alta de 0,40%; o EURUSD a 1,2311, com alta de 0,21%; e o ouro a US$ 1.203, com alta de 0,98%.
Fique ligado!

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