Saia justa


A operação lava jato está criando constrangimento numa instituição financeira de renome internacional. A agência Zero Hedge, publicou um artigo questionando como um funcionário do Credit Suisse poderia ter recebido um bônus maior que o do CEO. A situação veio à tona em função da delação de Sergio Machado e seus filhos, um deles o executivo em questão.

O Sergio Machado filho, reportou um ganho de US$ 14,0 milhões em 2015, num ano em que a receita referente aos negócios de renda fixa caiu 42%. Adicionalmente aos dados locais, o banco sofreu seu primeiro ano de prejuízo depois da crise de 2008.



O ganho obtido por Sergio Machado, foi muito superior que a maior remuneração paga em todo a organização ao seu membro do conselho, Rob Shafir, que ganhou US$ 8,2 milhões. Mesmo considerando que o primeiro compreendia bônus diferidos de anos anteriores, o valor é muito elevado.

Uma operação que pode ter contribuido para esse ganho, foi um empréstimo de US$ 1,27 bilhão feito ao governo de Minas Gerais em 2013, que foi posteriormente vendido a investidores, gerando um ganho expressivo de US$ 116 milhões.

Sergio Machado saiu do banco em abril último, depois de ter permanecido por 17 anos. A razão de sua saída pode ter várias interpretações, a de que o banco está engajado em fazer as reformas necessárias para voltar a gerar lucro – vide gráfico das suas ações abaixo, ou em função do seu envolvimento na lavajato.



Mesmo o banco tendo se recusado a comentar sobre o salário de seus executivos, é provável que no futuro seja chamado pela equipe de Sergio Moro para dar maiores explicações. Conhecendo um pouco a estrutura de bancos estrangeiros, é pouco provável que haja algum envolvimento direto, porém, esta situação faz com que o banco fique, no mínimo, de saia justa.

No post radicalismo-de-direita, fiz os seguintes comentários sobre o real: ...” Depois de atingir a mínima de R$ 3,35, o dólar subiu até atingir a máxima hoje em R$ 3,480. Tecnicamente, acontece o que se denomina de “Last Kiss”, quando um nível é rompido e o mercado em seguida, volta para testá-lo novamente, só que em direção oposta a original. Ou caso não volte, onde a queda foi momentânea, chama-se "false break"...


O dólar continuou a subir no dia seguinte e atingiu a máxima de R$ 3,5180, abaixo ainda do stoploss que foi estabelecido para essa operação em R$ 3,55. Hoje pela manhã, o dólar testou o limite mínimo atingido anteriormente, e agora encontra-se ao redor de R$ 3,40.


Continuo ainda com os mesmos objetivos de R$ 3,20/3,25 ou um pouco mais abaixo a R$ 3,10. Como pode-se verificar no gráfico acima, existem duas linhas que deveriam conter os movimentos de curto prazo, e por ser tratar de uma correção, existe pouca previsibilidade da extensão no tempo, bem como dos níveis mínimos.


É natural que o resultado do Brexit poderá ter repercussões importantes para o dólar. Caso a Inglaterra resolva abandonar o euro, é esperado uma alta do dólar, ao inverso, se permanecer existirá um grande alívio na comunidade financeira, pois diariamente são publicadas novas opiniões alertando para os graves riscos, como feito hoje por George Soros, Jacob Rothschild e George Osborne. A única boa notícia é que essas declarações irão cessar daqui a dois dias! Hahaha... 

O SP500 fechou a 2.088, com alta de 0,27%; o USDBRL a R$ 3,4153, com alta de 0,41%; o EURUSD a 1,1240, com baixa de 0,56%; e o ouro a US$ 1.268,com queda de 1,68%.
Fique ligado!

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