País da Fantasia

Você pagaria imposto se não fosse obrigatório?
- David, uuuuu ...., isso é pergunta que se faça?
Era só para ver se você já estava acordado! Hahahah... Acho que a resposta seria 100% não. E se sua companhia tivesse uma forma de reduzir significativamente seus impostos num outro país, você estaria de acordo?

Um grupo de jornalistas fundaram uma empresa ICIJ, cujo objetivo é investigar informações que sejam de interesse público. Recentemente, eles vazaram um documento expondo companhias globais que firmaram acordos secretos com Luxemburgo. Como diz um professor de direito da Harvard School, Stephen E. Shay ..."A estrutura de Luxemburgo é uma forma de tirar renda de qualquer país ... combina enorme flexibilidade para estabelecer esquemas de reduções de taxas, com regras fiscais que são únicas"...

As negociações podem ser tão complexas, que os contadores de uma firma de auditoria Price Water House (Pwc), incluem diagramas "antes" e "depois", para ilustrar, como o dinheiro flui de uma subsidiária para outra, em vários países e paraísos fiscais. Mais de 170 empresas das listadas no Fortune 500, têm uma subsidiária em Luxemburgo. Só em 2012, um total de US$ 95 bilhões de lucros, de companhias americanas, foram contabilizadas nesse país.

O interessante é que estes acordos são negociados diretamente com as autoridades fiscais Luxemburguesas, um país com menos de 550.000 habitantes. As empresas dos países que mais se utilizam dessas estruturas são as americanas e inglesas, seguidas por alemãs, holandesas e suíças. O nível de tributação é da ordem de 1%, dependo da negociação feita, o que em seu país de origem seriam pagos mais de 30%.

Uma lista de algumas das empresas que têm uma estrutura destas são: Accenture, Abbott Laboratories, AIG, Amazon, Blackstone, Deutsche Bank, The Coach, H.J. Heinz, JP Morgan Chase, Burberry, Proctere & Gamble, The Carlyle Group.

Esta situação pode levar a conclusões distintas, dependendo qual o ponto de vista. Aos olhos dos acionistas destas empresas, e considerando que tudo que foi feito é legal, nada mais correto em querer aumentar os seus lucros. Já, do ponto de vista do país onde esta companhia está sediada, parece não ser tão justo, uma vez que, se essas pagam menos impostos, outras terão que pagar no lugar delas. Agora, se tem algo que está errado, são as leis deixarem esta brecha. Pode-se culpar Luxemburgo? Eu acredito que não, visa os seus interesses locais, pode-se no máximo acusá-la de oportunista, mas por que não seria?

Fui indagado por um leitor, neste final de semana, com a seguinte frase:
- Leitor: ...O mosca não consegue dar mas nenhuma previsão do real, nem para a próxima semana?...
- David: Pois é, prefiro isso, a dar um chute qualquer, é mais honesto!

Não preciso dizer que este leitor, se parece muito com meu "amigo", vai ver que combinaram! Hahahahah...

No último post os-helicópteros-invisíveis-da-china, fiz um comentário breve sobre o real: ...Depois de ter rompido o nível de R$ 2,55, eu disse que o próximo ponto seria R$ 2,70. Ao analisar os gráficos de mais longo prazo, fiquei em dúvida!...E as dúvidas persistem ...


Eu havia comentado também, que os dados de momentum estavam muito "esticados" e que um período de consolidação era esperado. Do ponto de vista de Eliott Wave, a análise do real sugere várias alternativas, com resultados distintos, assim vou me calçar mais nos outros indicadores. Eu espero, no curto prazo, uma queda até o nível de R$ 2,49/2,50, nada muito expressivo. Se isto acontecer, e a queda continuar, principalmente abaixo de R$ 2,42, vou poder afirmar que, estamos numa nova consolidação. Agora, no sentido inverso, se o dólar ultrapassar R$ 2,57/2,58, caminha rumo aos R$ 2,70.

Na minha opinião, estes cenários traçados acima, vão depender mais do que acontecer com o dólar-dólar, que das notícias internas. Não tenho nenhuma operação para propor no USDBRL. Sorry!

O SP500 fechou a 2.038, com alta de 0,31%; o USDBRL a R$ 2,5520, com baixa de 0,23%; o EURUSD a 1,2421, com queda de 0,25%; e o ouro a US$ 1.150, com queda de 2,44%.
Fique ligado!

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