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Missão cumprida

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A medida da inflação pelo CPI caiu 0,1% no mês passado em relação a fevereiro, e 2,4% em 12 meses. Os preços básicos, que excluem alimentos e energia para melhor capturar a tendência da inflação, subiram 0,2% no mês e 2,1% no ano. O objetivo traçado pelo Fed de 2%, pode estar chegando mais cedo do que os formuladores de políticas do Fed esperam. A Ata da reunião de política monetária do mês passado, divulgada na quarta-feira, mostrou que o banco central está mais confiante de que a inflação atingirá sua meta, mas provavelmente somente no próximo ano. O Fed tem como meta a inflação anual de 2% - medida pelo PCE - para garantir que a economia cresça a um ritmo saudável, sem superaquecimento. Esse índice subiu 1,8% no ano até fevereiro, com os preços do núcleo subindo 1,6%. Porém o dado a ser publicado no final de abril já deverá atingir esse patamar. Um mercado de trabalho restrito e o aumento da renda das famílias, estão permitindo que as empresas aumentem os pre

E se der errado?

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As manchetes desta semana foram todas sobre guerras comerciais - reais ou imaginárias. Mas a resposta dos economistas tem sido em grande parte otimista: o próprio crescimento global parece estar se mantendo bem. Será mesmo? Os mercados de commodities - e a indústria global - estão começando a enviar alguns sinais preocupantes. Embora a produção na maioria das grandes economias ainda esteja em expansão, o ritmo desses ganhos diminuiu notavelmente nos últimos meses. Enquanto isso, as principais commodities industriais, como cobre e alumínio, também começaram a cair no final de 2017, bem antes de as preocupações comerciais começarem a assustar os mercados. A implicação: a forte recuperação global da indústria, evidente desde o final de 2016, já pode ter - ou estar próximo - do pico, seja ou não verdadeira guerra comercial. A desaceleração da China tem sido evidente há meses. Apesar de um modesto aumento após o ano novo chinês de fevereiro, o índice oficial PMI d

Empurrando com a barriga

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O Presidente Chinês resolveu dar uma cartada inesperada. Todos estavam aguardando aonde iria terminar essa guerra iniciada por Trump no campo comercial. Nos últimos dias, a cada movimento de um lado correspondia uma reação do outro, como num jogo de pôquer onde um jogador vai subindo a aposta do outro. Xi Jinping, prometeu às empresas estrangeiras maior acesso aos setores financeiro e manufatureiro da China, prometendo o compromisso de Pequim com a liberalização econômica em meio a crescentes tensões comerciais com os EUA. Em um discurso que as autoridades consideraram importante, Xi disse na terça-feira que os planos estão em andamento para acelerar o acesso ao setor de seguros, expandir o escopo de negócios permitido para instituições financeiras estrangeiras e reduzir tarifas sobre automóveis importados e limites de propriedade para estrangeiros. "Em um mundo aspirante a paz e desenvolvimento, a mentalidade da Guerra Fria e da soma zero parecem ainda mais fora

Velório político

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Neste último final de semana o Brasil acompanhou as cenas do Lula dentro de seu bunker, o sindicato dos metalúrgicos em São Bernardo. Como uma clara encenação, buscando irritar a Policia Federal, o tempo passava fazendo parecer que a prisão não aconteceria no sábado. Foi quando a autoridade impôs um horário limite, que foi cumprido com pequeno atraso. Para quem acompanhou o desenrolar, ficava a imagem que a Policia Federal estava “dando muita moleza”, aceitando a demora para que Lula se entregasse. Mas na verdade o estrategista por trás dessa operação, Juiz Sergio Moro, usou suas sofisticadas técnicas de negociação e deixou que todos os participantes esgotassem suas forças. Por que iria correr o risco de entrar em confronto, se era uma questão de tempo que caíssem no seu colo? Foi uma prisão a custo zero! Agora aquele ambiente no Sindicato parecia um velório, onde todos faziam a vigília para o morto político, o Lula. A mente humana é incrível, pois por mais que o objeti

Prisão globalizada

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O Juiz Sergio Moro foi mais rápido do que se podia imaginar, em menos de 24 horas expediu mandato de prisão para o Lula. Nas próximas horas saberemos como se dará essa prisão. A menção do descontrolado Ministro do STF, Gilmar Mendes, dizendo que seria muito ruim para a imagem do país ter que levar um ex-presidente para a cadeia, queria lembra-lo que na América do Sul já existem vários deles presos, em sua maioria, pelas mesmas razões que o Lula, ou seja, corrupção incentivada por ele, e executada por seu braço de negócios escusos a Odebrecht. Mas se isso não fosse ainda suficiente, A ex-presidente da Coreia do Sul foi sentenciada culpada por abuso de poder e coerção, levando a uma pena de 24 anos. Tudo isso foi televisado para todo o país. Parece que o Lula vai resistir a prisão pela “força”. Pediu para todos os movimentos sociais irem para frente do sindicato formando uma barreira humana. Imagino que essa decisão foi contra a sugestão de seus advogados. A partir de agora

Uma notícia boa e várias ruins

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A notícia boa vocês já podem imaginar. No meu entender, não foi a prisão do Lula a notícia boa, mas sim, o fato que definitivamente está fora das eleições de 2018. Não que sua prisão não seja importante, mas o pior seria a indecisão se poderia ou não participar. Vamos as ruins: O STF continua o mesmo, o placar já indica que não fosse o voto da Rosa Weber as coisas seriam diferentes hoje; em setembro Carmen Lucia deixa a presidência e assume Dias Toffoli, cuja reputação não parece merecer a mínima confiança. Como lembrou bem um leitor, poderá pautar a decisão sobre a prisão em segunda instancia, com grande chance de vitória contra. Isso tiraria da prisão inúmeros bandidos da cadeia, além de incentivar o status quo; precisa mais? Em conversa com minha analista, uma acadêmica de renome, me relatou que é impressionante a quantidade de professores universitários acreditando que Lula é honesto, ou na melhor das hipóteses, é assim que funciona o Brasil. Comentou o caso de uma pessoa

Os chineses confiam no Trump?

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Acredito que não, ninguém deve confiar nele. Nem seus próprios colaboradores, que são trocados como se fossem pratos descartáveis. Nesta noite, a China anunciou a implementação de tarifas de 25% em 1.300 produtos americanos, em reação a lista publicada horas antes pelos EUA sobre as importações chinesas. Estamos atingindo um ponto onde já não se sabe se a China está reagindo a sanções americanas ou vice-versa, um jogo bastante perigoso. A administração Trump indicou que está disposta a negociar com a China sobre as crescentes fricções entre as duas maiores economias do mundo, ajudando a diminuir o medo entre os investidores de um conflito comercial. O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, disse que a resposta da China não deve atrapalhar a economia dos EUA. Em uma entrevista na CNBC na quarta-feira, ele disse que a reação da China "não deveria surpreender ninguém". Disse também que os EUA não estão entrando na "Terceira Guerra Mundial" e dei