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China: De volta ao radar

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Depois de terminado as comemorações do Ano Novo Chinês, que dura uma semana, o foco começa a voltar sobre os acontecimentos nesse país. O mundo inteiro não sabe o que realmente se sucede na 2ª maior economia do mundo, assim, busca encontrar pistas de como ela está se comportando. Ontem foi publicado o volume de reservas, e como vem ocorrendo nos últimos meses, é queda atrás de queda. Agora está abaixo de US$ 3,0 trilhões. Mas isso é um problema?  Levantou um economista na reunião de hoje na Rosenberg, afinal US$ 3,0 trilhões ainda são muitos dólares. Eu argumentei que o risco vem mais da população que das empresas, pois eles estão preocupados com a possível desvalorização do yuan. Lembranças do passado, quando em 1994 a China desvalorizou a moeda do dia para noite em 50%. Com uma população de 1,3 bilhões de habitantes, basta US$ 100/pessoa para fazer um tremendo estrago. Outro fato que preocupa é a alta nas cotações do Bitcoin onde 90% das negociações são feitas por chines

Contágio de direita

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Por mais que a democracia é um regime político com apelo incontestável, não está na moda. O radicalismo, principalmente de direita, vem pouco a pouco contagiando os países. Outros tipos de radicalismo como os de esquerda e outros de cunho religioso também vem ganhado espaço. Todos eles têm algo em comum, quem se alinha as suas crenças é “amigo”, quem não, sofre as consequências sem direito a contestar. Presenciamos o Brexit, em seguida a vitória de Trump e agora vem contagiando alguns países da Europa. Talvez o mais premente seja a França com eleições marcadas para julho próximo. O candidato François Fillon, de centro direta republicano perdeu boa parte de sua vantagem, para Marine Le Pen, candidata que advoga a saída do euro. Uma versão feminina de Trump. O motivo foi a revelação de um escândalo envolvendo sua esposa em corrupção. O mercado já começa a reagir a essa possibilidade através da elevação do diferencial de juros entre os títulos franceses comparados aos t

Cada macaco no seu galho

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O evento esportivo mais importante dos EUA teve como ganhador os Patriots, pela quinta vez seguida. Estavam perdendo a partida por uma margem elevada para os Falcons, mas graças a uma virada espetacular comandada por Tom Brady, o felizardo marido de Gisele Bundchen, garantiu a vitória dos Patriots. Nos momentos em que o placar estava a favor dos Falcons em 25 pontos, o Wall Street Journal publicou um Twitter apontando a chance de vitória desse time em 91,6%. Errou feio! Mas, o mais intrigante é de onde veio tamanha precisão - 91,6%! A famosa frase, “cada macaco no seu galho”, enquadra-se bem nesse exemplo. Fiquem tranquilos, não vou me meter a dar palpites nesse esporte, pois, além de não conhecer as regras, não acompanho os jogos. Mas, no futebol é outra coisa; neste final de semana uma vitória do glorioso Santos de goleada e um placar vergonhoso do São Paulo, perdendo por 4 x 2 para o Audax. Aos torcedores do São Paulo, fica aqui minha observação; Rogério Ceni fez uma carrei

O exterminador do Presente

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O Trump entrou num bate-boca com o ator Arnold Schwarzenegger, cujo sobrenome eu desafio a quem acertar sua escrita correta sem consultar uma fonte. Acho que até ele deve errar! Hahaha .... Tudo começou quando o Presidente criticou esse ator pela baixa audiência do programa Apprentice ao substitui-lo. Arnold S. retrucou sugerindo uma troca, Trump retornaria ao programa e ele assumiria a Casa Branca, completou dizendo que ..."assim todos os americanos dormiriam tranquilamente"... Acho que teria uma resposta melhor, porque não sugeriu à Trump que lançasse um filme “O exterminador do presente”, bastando para isso, juntar suas ações atuais no governo! Hoje vou trazer assuntos diversos, inicialmente agregando as informações de ontem sobre a inflação; o gráfico a seguir ajuda a entender os componentes desse indicador. Os dois índices de inflação mais seguidos são o CPI e o PCE, que diferem um pouco nos pesos de seus subitens. Mas, isso não é importante nesse momento.

Em cartaz: Inflação a Revanche

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Por qualquer ângulo que se observe, é nítido que as economias globais estão numa fase expansionista. Embora vários modelos econômicos pudessem indicar o término de um ciclo de crescimento nos EUA, que deveria ser sucedido por um período de retração, não parece ser o caso. É bem verdade que esse conceito não estabelece um prazo fixo entre essas fases, os economistas tendem a correlacionar com os ciclos anteriores. Será o efeito Trump desafiando os ciclos econômicos?  Hahaha ... Amanhã será publicado os dados de emprego nos EUA e, como de costume, ontem foi publicado o ADP, que é um balizador desse número. O resultado surpreendeu positivamente, pois eram esperados 168 mil e o resultado foi de 246 mil, quase 80 mil a mais. Embora esse indicador mostre uma divergência com o dado oficial, e recentemente tem superestimado esse último, não deixa de ser animador. No resultado publicado pelo ISM da manufatura, referente ao emprego, também se pode observar uma melhora, mesmo n

Europa de vento em popa

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A reunião do FOMC não trouxe nenhuma alteração da política monetária, nem forneceu pistas sobre o futuro. A reação do mercado foi absolutamente neutra. Mas nada de diferente se poderia esperar, o FED deve ter as mesmas dúvidas que o mercado sobre o Trump. Alguns dados recentes merecem algum destaque, incialmente podemos perceber a desaceleração da disponibilidade de renda, aliás Trump sabe bem disso. Em contrapartida o crescimento do consumo manteve-se relativamente estável ao redor de 3% a.a. De algum lugar teve que sair os recursos para compensar o descasamento apontado acima. O gráfico a seguir mostra a poupança em termos de variação anual. Com exceção de uma distorção causada em 2013 na área de impostos, o americano não só não está poupando como passou a consumir poupança existente, pois se tornou negativa. Sobre o assunto rendimento do trabalho, o gráfico a seguir é impressionante, o topo dos salários – 10 % superiores – vem crescendo consistente acima