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"Shit Happens!"

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Quem tem uma mente matemática e conhece estatística pode aceitar melhor situações da vida. No passado, fui assíduo frequentador dos Cassinos e ficava até altas horas buscando quebrar a banca. Na verdade, nunca fui um grande jogador, porém tinha uma grande disciplina nas apostas. Não saberia dizer qual o meu resultado final, mas deve ter sido negativo, embora me recorde de que nos últimos anos tive alguns momentos positivos. Depois de muito tempo, a convivência diária com os mercados fez com que eu me desinteressasse completamente pelo jogo, afinal, sendo racional, como eu poderia entrar numa aposta onde minha chance de ganho não era nem 50/50? Neste ano fui com meu filho e enteadas ao Cassino e, depois muita insistência, decide arriscar US$ 100. Acho que minha atitude foi desmotivadora, se é que eles esperavam um jogador arrojado. Mecanicamente, colocava minhas apostas no mesmo número da roleta e, sem a menor emoção, aguardava o resultado. Em determinadas situações, quando

A moda é tuitar!

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Eu estava imaginado que a quantidade de notícias sobre a posse de Trump terminaria amanhã, mas eu me enganei. O “Já-Presidente”, Donald Trump, está imprimindo uma nova forma de governar. Faz parte de seu estilo usar o Twitter constantemente dando recados de toda espécie. Do ponto de vista psicológico, não resta dúvida que ele se encaixa como narcisista e, porque não, psicopata; esse último parece estar associado a inúmeros Presidentes, como se fosse um dos pré-requisitos para o cargo. O Twitter atende seus anseios pessoais e, por ser um empresário “raposa”, também fico em dúvida se tem algum interesse nessa empresa, visto que a companhia não vai muito bem ultimamente; veja a seguir como caiu o tempo nesse aplicativo. Podem se acostumar, durante os próximos 4 anos postará diariamente, e quiçá 8 anos, visto sua intenção de concorrer a reeleição em 2020 com o slogan “ We continue to make American Great” . Se a moda pega e além dele outros Presidentes e CEO de Companhias r

Jogando na defesa

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O mercado aguarda ansiosamente a posse do “Já-Presidente” Donald Trump, o motivo é duplo: movimentos contrários à Trump, organizam planos de protestos por todo país com a possibilidade de distúrbios. Sua popularidade é uma das mais baixas para o início de um governo; do ponto de vista do mercado, fica a expectativa de alguma menção em seu discurso de posse em relação ao comércio com a China, esta é a maior preocupação do momento. Como citei ontem, o Presidente Chinês deu seu recado em Davos, mas imagino que eles - os chineses - não estão de braços cruzados. Fico pensando qual seria o seu plano B. Uma ação que pode ameaçar os EUA e porque não todo mercado financeiro é o volume de títulos americanos detidos pela China. São trilhões de dólares que se colocados à venda, de forma maciça, forçaria a taxa de juros a subir de forma descontrolada, provavelmente levando a economia mundial à recessão. Mas não acredito que usem essa arma de imediato, talvez ameaças nesse sentido cas

Andando no vacuo

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Como havia comentado na semana passada, o dólar vem perdendo força no início deste ano.  Uma das razões deve-se ao comentário do “Já-Presidente” Trump que resolveu atuar como se já estivesse no cargo. Numa entrevista ao Wall Street Journal, disse que a moeda americana está “muito forte” e o motivo disso não é porque os EUA vêm apresentando melhoras em sua economia, mas por conta da China segurar a cotação de sua moeda, o Yuan. Até agora não sei quanto Trump aterroriza seus oponentes para obter vantagem ou se está disposto a ir para o pau. No caso específico da moeda chinesa ele está muito mal informado, pois a China está agindo no mercado de câmbio para evitar uma desvalorização maior de sua moeda, o que é exatamente o inverso do que disse Trump. Na verdade, se existiu manipulação do yuan, isso aconteceu há vários anos. Agora o movimento é o inverso! Entretanto, se este movimento de curto prazo do dólar foi motivado por seu comentário, deverá reverter mais à frente, visto

Lições de Vida

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O Mosca voltou! Como sempre, os primeiros dias, depois das férias, ainda predomina uma certa desconexão com o mercado e notícias econômicas. O post de hoje versa sobre 10 dicas que se aprende com a experiência extraída na área de investimentos. Gostaria de ressaltar que na agenda desta semana existem 3 eventos que merecem destaque: a fala da Primeira Ministra Inglesa Theresa May amanhã onde irá expor sua visão sobre a saída da Inglaterra da Comunidade Europeia; a posse de Trump no dia 20 próximo que vem metralhando com maior intensidade as montadoras, a CIA e qualquer um que se opõe a suas ideias; e por último o World Economic Forum que se realiza em Davos, começando hoje e programado para terminar no dia 20 de janeiro. A diferença de uma pessoa burra, de uma pessoa inteligente, e que a última aprende com seus erros enquanto a primeira repete. O processo de investir não é diferente e a atenção que se deve dar aos erros cometidos. Essa atividade envolve a parte emocional, e

Back to the Present

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A partir de segunda-feira o Mosca retorna sua publicação diária. Depois de 4 semanas acompanhando os mercados de forma mais ampla, chega ao fim essa fase. Naturalmente a volta é difícil, o ser humano tem uma tendência de optar pelo mais fácil, confortável. Depois de ter pedalado mais de 500km, minha condição física surpreendeu. Porém tudo isso é de pouca valia aos meus leitores. Vamos lá, retornar ao dia a dia dos mercados. Coletei alguns gráficos nesta última semana que achei interessante. O primeiro mostra que as coisas não estão tão mal na Europa, como o Mosca vem observando ultimamente. Agora, alguns analistas já apontam o ECB como Behind the Curve , o que eu também concordo.   O próximo mostra a variação de juros nos títulos soberanos de diversos países. Como se pode notar, a tendência é de queda generalizada, onde o Brazil é o recordista. Observo que está não é a taxa SELIC, mas das LTNs de 10 anos. Acredito que esse mesmo gráfico ao final de 2017 será bem dife

O cara é bom de Marketing

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Sou obrigado a reconhecer que Donald Trump é muito astuto e consegue atingir seus objetivos, por enquanto, de forma certeira. Vejamos alguns fatos: 1.        Conseguiu colocar os chineses na retaguarda ao telefonar para o Presidente de Taiwan. No mínimo deu um lance totalmente imprevisível, tocando num ponto fraco da política externa daquele país. Resumiria: pisou no calo deles. 2.        Agiu sobre algumas empresas americanas ameaçando represálias caso instalassem suas fábricas fora do EUA. Esta semana a Ford, sem nenhuma interferência sua, decidiu cancelar seu investimento numa fábrica a ser instalada no México. Sobre este ponto de vista, imagino que nenhum empresário seria louco de anunciar algo em contrário. Meteu medo nos CEO. 3.        Em relação a espionagem dos Russos na campanha de Hillary Clinton, apontado pelo serviço de inteligência americano, Trump incialmente buscou minimizar o assunto. Depois voltou atrás quando essa agência se posicionou de forma firme.