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Real: Quando o acerto pode gerar uma perda

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Os mercados emergentes sentiram 0 impacto logo após a vitória do Trump, tanto nas suas moedas como nos juros. Naturalmente, o peso mexicano foi o mais afetado; acho que o troglodita teve um grande problema com alguma empregada mexicana na sua casa e, por conta disso, ficou com raiva de todos eles. Vocês podem achar bizarro, mas para as pessoas que acreditam serem as donas da verdade esse tipo de transferência não é raro. Mas, onde se pode verificar se existe uma ameaça real? Nas reservas desse país. O gráfico a seguir calcula a relação entre o total de reservas contra a dívida externa de curto prazo. Quanto maior esse indicador em um país, menos sujeito o mesmo está a um ataque especulativo. Notem que estamos como um dos melhores, perdendo apenas para a Rússia. - David, e os swap cambias, não deveriam ser considerados? Eles são compromissos de curto prazo. Boa a sua pergunta, mas a resposta é não. O motivo é que embora sejam obrigações que o país tem em moeda estran

SP500: Céu azul

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Hoje a análise é sobre bolsas, o SP500 e o Bovespa. Porém, antes de começar, vou compartilhar dois gráficos que considero interessantes, sendo que o primeiro mostra como o mercado já corrigiu a distância que existia entre a projeção do FED para a taxa de juros e o que está implícito nos contratos futuros. Praticamente estão iguais , quando algum tempo atrás, os de mercado estavam bem abaixo. Amanhã é dia da reunião do FOMC e todo o mercado estará de olho nessas novas projeções. O gráfico a seguir apresenta uma estatística sobre a importação americana. Verifica-se entre 250 produtos a percentagem de importados de um determinado país. Se o troglodita resolver impor condições de restrições às importações chinesas, o impacto sobre os preços desses produtos poderá ser importante. Notem que o México também tem uma participação elevada. No final de 2014, o SP500 flertou com a marca dos 2.000 pontos e desde então entrou num intervalo de negociação compreendido entre 1

Inflação: A Revanche

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Nestes mais de cinco anos de publicação do Mosca, os leitores que acompanharam o blog notaram o grande dilema vivido, que não me é particular, sendo também de boa parte dos críticos. Com injeções maciças de liquidez logo após a grande recessão de 2008, propiciadas pelos principais bancos centrais do mundo, os analistas ora pendiam acreditando que esse movimento geraria níveis de inflações indesejados, ora projetavam o caso clássico em economia, “armadilha da liquidez”, onde o excesso de liquidez não produz efeito na atividade economica. Mais recentemente, os bancos centrais da Europa e do Japão enveredaram por um caminho nunca antes experimentado, da taxa de juro negativa, tamanho desespero para evitar que seus países entrassem numa depressão. Os analistas, de uma maneira geral, repudiaram essa ideia levantando diversos argumentos contrários e prejudiciais provenientes dessa ação. Observa-se na mídia atual um desejo para que 2016 termine logo, tamanha foram as más no

Alto risco

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Ontem na reunião mensal do ECB sobre política monetária, era para decidir se continuaria a farra dos helicópteros, ou o Super Mário colocaria uma pausa. Os menbros decidiram ir em frente propondo apenas uma pequena redução no volume mensal que passou de 80 bilhões de euros para 60 bilhões, por outro lado estendeu o prazo para dezembro de 2017 com possibilidade de continuar caso julgue necessário. Uma outra tecnicidade foi a permissão para o ECB comprar títulos com vencimento de 1 ano, mesmo que seja inferior a taxa mínima que ele estabeleceu. Em outras palavras, uma empresa emite um bond e vende para o ECB, com esse dinheiro deposita no ECB a uma taxa superior (o processo está simplificado é apenas ilustrativo). Free Money! A primeira reação do euro foi de alta, os apressadinhos só leram a primeira frase que expunha a redução do montante. Depois de alguns minutos mergulhou em queda livre e agora se encontra próximo da mínimas, pois o programa é nitidamente na direção de

A ilógica Financeira

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Acho que não restam dúvidas sobre a reação da mídia em relação à decisão do STF de manter Renam Calheiros na Presidência do Senado. A sua sorte é que faltam poucos dias para o recesso de final de ano e seu mandato termina em fevereiro. Mas, a imagem do Supremo ficou chamuscada e a recém-empossada Carmen Lúcia perdeu muitos pontos, pois predominou o espírito corporativista. Imagino que Sergio Moro também não ficou satisfeito e terá que trabalhar com esse cenário. Será que mandaram a massa da pizza para o forno? Se eu perguntasse a um grupo de investidores qual deveria ser a volatilidade de um mercado quando o grau de incerteza é muito elevado, obteria 100% das respostas que subiria. Se eu continuasse nesse questionamento e dissesse que uma mudança considerada positiva deve acontecer em breve, a volatilidade, deve ser maior ou menor do que a atual? 100% das respostas diria maior. Pois bem, a situação de hoje aponta as duas respostas como erradas. No gráfico abaixo, em vermel

"Rutspuh"

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Meus pais eram poloneses de origem judaica e além da língua materna, eles falavam um dialeto, o Yiddish , que era uma mistura de várias línguas com forte influência alemã. Em casa, eles se falavam nesse dialeto e acabei aprendendo algumas palavras. Uma delas que ficou marcada, e da qual nunca mais me esqueci, pronuncia-se “ rutspuh ”. Seu significado é semelhante à cara de pau, mas com um teor mais forte: é quando alguém toma uma atitude completamente fora do que se é esperado; tão inesperado que os outros ficam chocados. Para dar um ótimo exemplo de rutspuh , basta ver o que Renan Calheiros fez ontem, ao se acomunar com os membros do Senado e simplesmente desobedecer uma ordem do STF. Qualquer explicação é inútil, pois caso contrário, para que existe a lei? Ele acha que está acima da lei! O que impressiona também é como os outros senadores tiveram a coragem de assinar o documento justificando sua atitude. Só existe um motivo, todos tem o rabo preso! A bola está com a Carm

Tem gato no telhado

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No post de hoje vou comentar sobre risco e probabilidades, e como deve ser encardo na hora de tomar uma decisão. Se, e somente se, apenas uma coisa pode acontecer, a probabilidade desse evento seria de 100%. Se eu dissesse que um carro vai te atropelar hoje ao sair de casa, você simplesmente ficaria em casa. Não teria sentido arriscar sua vida. Entretanto, quando lidamos com o mundo real, não existem situações cuja probabilidade é de 100%. Muitas outras coisas se imagina acontecer para além do que realmente acontece, o que introduz grande incerteza a situações futuras; não importando o tipo de futuro que você está observando: um investimento, sua carreira, seu relacionamento, etc. Como então podemos administrar de uma forma pragmática? O investidor Howrad Marks define da seguinte forma: ...” O futuro deve ser visto não como um resultado fixo que está destinado a acontecer ou ser prognosticado, mas como um espectro de possibilidades dentro de uma distribuição de probabi