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Rambo em ação

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O mercado americano funciona parcialmente em função do feriado de Columbus Day. Em dias como esses a liquidez é pequena. Mas talvez esse feriado seja oportuno para que os americanos se recuperem do debate ocorrido ontem, entre os dois candidatos que concorrem à presidência. Para quem assistiu deve ter chegado a mesma conclusão que eu, um horror! O New York Times preparou uma lista que avalia a veracidade das afirmações feitas durante o debate us/elections/fact-check-debate , a quase totalidade são compostas por fatos enfatizados por Trump, sobre a sua oponente, que não correspondem à realidade. Fico pensando, qual seria o motivo para alguém votar no candidato Trump. Sem entrar nos detalhes do evento, uma vez que, está amplamente noticiado nos jornais, só vejo uma resposta a minha indagação: Estarem muito insatisfeitos com a situação atual. Em momentos como esse, candidatos ‘diferentes’ passam a ter maior chance de sucesso. Na pesquisa abaixo, cuja pergunta é se o mundo est

Descontinuidade nos mercados

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Já faz muitos anos que minha preferência de atuação é no mercado de câmbio, mais comumente referido internacionalmente como FX. O principal motivo é que esse mercado opera 24 horas, de segunda à sexta-feira. Já passei muitas situações onde um fato importante acontece e o mercado, que seria fortemente afetado, não está aberto. Um exemplo local que alguns de vocês podem ter presenciado, foram as maxidesvalorizações de nossa moeda. Felizmente nessas ocasiões estava na ponta correta. Outra que me recordo, foi no mercado de ouro, não me lembro bem o motivo, mas houve 9 limites de altas diários – oscilação permitida de 10% ao dia. Felizmente também estava na ponta correta, mas imagino a contraparte, que era uma mineradora estrangeira. Se não fosse esse o caso, imagino que a bolsa teria grandes problemas de liquidez. Em muitas outras também estive na ponta errada, mas não quebrei! Nessa madrugada aconteceu uma oscilação nada desprezível na moeda britânica, a libra. É natural que, mes

Aperte o cinto: O piloto é você!

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Um artigo publicado pelo Wall Street Journal relata as consequências do movimento observado nestes últimos anos, de proteção da Indústria e também do setor de serviços, pelos governos. Esse movimento é global e já se verifica as consequências no movimento de comércio entre as nações. Desde 2012, o comércio mundial cresceu apenas 3% a.a., menos de metade da taxa das três décadas anteriores. Entre 1985 e 2003, cresceu duas vezes mais que o produto interno bruto global; nos últimos quatro anos, o comércio quase não conseguiu manter o ritmo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. Além do mais, essa desaceleração tem sido em todas as frentes, afetando os países desenvolvidos e as economias emergentes, o comércio de serviços, bem como de mercadorias. A Organização Mundial do Comércio está agora prevendo que o comércio mundial deverá crescer apenas 1,7% este ano, tornando este o primeiro ano, nos últimos 15 anos, onde este indicador é menor que o crescimento da econom

Os juros cairão pelo motivo certo

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Antes de abordar sobre o assunto de juros no Brasil, queria lembrar que esta é a semana onde se publica os dados de emprego nos USA. Como é de costume também, é na quarta-feira que antecede esta data que, a ADP publica um dado que funciona como uma previa do oficial. Por essa métrica foram criados 154 mil empregos, um pouco abaixo dos 165 mil previstos pelos economistas. O gráfico a seguir mostra a evolução desse resultado comparado como NFP – Non Farm Payroll . Os detalhes apontam para criaçãopositiva de empregos no setor de serviços com uma continua perda de empregos do setor de manufatura. Embora o mandato do FED tem como objetivo o emprego e a inflação, nesse momento acredito que o último é de maior interesse da autoridade monetária, haja visto que, o primeiro encontra-se muito próximo do que se denomina em economia de pleno emprego. A inflação está saindo da zona de deflação, que permanecia como uma grande ameaça, para buscar, e até ultrapassar, o objetivo

Contando os dias

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Não são somente os dois candidatos à Presidência nos EUA que estão contando os dias para saber quem será o escolhido para assumir o cargo, o mercado também! Acredito que boa parte da indefinição que se pode observar em vários ativos, é função dessa dúvida. O Deutsche Bank produziu uma tabela contendo as principais ações que cada candidato diz que irá fazer, em conjunto com o que eles acreditam ser a reação em cada um dos mercados. Outra empresa de pesquisa econômica, a Gavekal tem uma visão semelhante, caso Trump seja declarado vitorioso: uma queda expressiva da bolsa americana, o dólar irá se fortalecer pela teoria do safe heaven , e as ações e bonds dos mercados emergentes cairiam. Na semana passada, depois do debate na segunda-feira, a candidata Hillary Clinton reverteu sua posição nas pesquisas, aparecendo agora com 5 pontos de vantagem, mas será isso suficiente para que os investidores tenham uma postura tão complacente? Analisando o termômetro escolhido pelo

Procura-se um candidato a Presidente

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Os resultados das eleições que se encerraram ontem já foram amplamente noticiados, porém vou fazer alguns comentários que considero importantes e que não foram suficientemente enfatizados. Também vou me focar na eleição de São Paulo, onde pude acompanhar mais de perto. A derrocada do PT era algo esperado, com os acontecimentos da lavajato não poderia ser diferente, ou melhor, ainda bem que foi dessa forma. Porém existe um outro fator que atualmente é de menor importância, mas que poderá ter mais peso em 2018 que é o afastamento mundial de eleitores dos partidos de esquerda. Movimento neste sentido já pode ser visto em vários países da Europa – Itália e França, bem como nas eleições presidenciais dos EUA. Movimentos liberais e de direita ganham espaço, num mundo que tende a se voltar mais às questões internas de cada país. Mais especificamente a vitória de João Dória como prefeito de São Paulo, um resultado histórico por ser no primeiro turno, não deixam dúvidas que os paul

Nova fase: "Reajuste de pensão"

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Michel Temer tem a difícil tarefa de fazer a economia brasileira crescer novamente, depois de dois anos com uma evolução do PIB no terreno negativo, muitas mudanças serão necessárias para que isso aconteça. Usando um raciocínio pragmático, posso visionar que ele talvez consiga somente estabilizar. Além de não ter tempo hábil, terá que lutar contra forças contrárias que, conforme o tempo passa, aumentam. Não é assunto de hoje, mas é de suma importância imaginar quem serão os candidatos para 2018, e se o que acima imaginei acontecer, ele terá poucas chances de vitória em sendo candidato. Como comentei recentemente, será que teremos algum candidato tipo Trump? Ontem foram publicadas as contas públicas, e como já se tornou praxe, mais um saldo negativo. O déficit primário do ano chega a R$ 71 bilhões, e nos últimos 12 meses, um resultado negativo de R$ 172 bilhões, que é compatível com a meta do governo para 2016, uma vez que, em agosto, houve o pagamento da primeira parcela d