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Chhhhhhina!

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Eu acho incrível um país como a China, que detêm a segunda maior economia do planeta, se abstém sobre assuntos econômicos globais. Não se nota nenhum comentário vindo de lá sobre os juros negativos, nem se os riscos de recessão são iminentes, e vários outros. Parece que ao invés de se mobilizarem em discussões polêmicas, preferem manter seu caminho e produzir. Por outro lado, é inegável que esses movimentos globais impactam sua economia. Outro complicador é a obscuridade de suas informações, acredito que a maioria dos analistas tem uma postura cautelosa, pois não tem segurança sobre a veracidade dos dados. Com a recente valorização do dólar principalmente contra as moedas emergentes, os olhares se voltam para a China, observando o que o banco central daquele país vai fazer. É natural que os especuladores, ao notarem esse movimento e a cotação do yuan se mantendo estável, voltam suas apostas contra essa moeda, acreditando que a autoridade monetária vai desvalorizar para e

Gol de honra

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Para quem gosta de futebol e torce para um time, sabe o significado do gol de honra. Se você pensou na derrota lamentável de nossa seleção na copa do mundo de 2014, essa frase não se aplica, naquela situação o gol marcado pelo Brasil foi de lambuja! Mas qual o real valor do gol de honra? Honestamente, nenhum! Que diferença faz se ao invés de perder de 5 X 0, perder de 5 x 1? Esse golzinho torna seu time mais competitivo? Indica que numa outra partida o resultado será diferente, unicamente por esse golzinho? Para se ter a dimensão de um resultado tão negativo como esse, basta você se colocar do lado do time adversário e imaginar se irá valorizar mais ou menos a vitória, por causa desse gol. Ganhou de goelada e ponto! Acredito que esse paralelo se aplica ao noticiário recente, que enfatiza a recuperação dos títulos que se encontravam com juros negativos, ocasionado pelas declarações de diversos membros dos bancos centrais. Abaixo o gráfico dos juros relativos aos títulos

Está chegando a hora?

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Na última sexta-feira os mercados levaram uma chacoalhada, o estopim foi o receio por parte do mercado, que a farra de juro baixo ou negativo pode estar chegando ao fim. O primeiro sinal veio do ECB, que frustrou o mercado ao anunciar que, por enquanto, não tem mais moleza da que já está anunciada. Depois os analistas resolveram acreditar nos avisos que os membros do FED vêm dando, são para valer. Nesse último argumento, o Presidente do FED de Boston, Eric Rosengren, reforçou na sexta-feira: ...“ uma falha na continuidade no processo de retirada gradual da política acomodativa, pode encurtar ao invés de prolongar, a duração dessa retomada” ... ...”minha visão pessoal, baseada nos dados que nós recebemos até o momento, é que uma assunção razoável pode ser feita para que se continue no processo gradual de normalização da política monetária” ... Por mais que essa fosse uma ação esperada e desejada, a reação dos mercados foi no sentido de vender os ativos de risco, ocasionando a

BCB = FED

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Por que os países desenvolvidos lutam tanto para gerar um pouco de inflação, enquanto nós aqui lutamos para derrubar a inflação? Um economista poderia enumerar uma série de argumentos para ambos os casos. Nos desenvolvidos, excesso de crédito, globalização da mão de obra, robotização da indústria e etc.…, no Brasil, repressão dos preços administrados, alta do dólar, indexação e etc..... Difícil responder essa pergunta, porém, esse fenômeno vem acontecendo nos últimos anos. A figura a seguir mostra a situação em que se encontra a política monetária em cada país, notem que os países emergentes estão num momento de redução seus juros, enquanto nos desenvolvidos somente os EUA estaria numa posição de elevar seus juros. A próxima ilustração é um trabalho feito pelo Deutsche Bank, onde busca avaliar o impacto na indústria, através do PMI, depois dos diversos programas lançados pelos bancos centrais. A conclusão é que, por essa métrica, não serviram para nada! Mesmo con

Super Mario

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A Nintendo, empresa que detêm os direitos do Super Mario, anunciou que o simpático mecânico conhecido de todos, está lançando uma versão que estará disponível nos smartphones, inclusive no Apple Watch . Com o anúncio, suas ações subiram 28 % hoje. Depois da alta de suas ações, fruto do Pokémon – Go, ter se retraído quase a metade, esse novo lançamento coloca a empresa japonesa novamente nas alturas. Mas o assunto de hoje é do outro super Mário, o Presidente do ECB, que se encontra em limite de baixa. Com uma política monetária agressivamente expansionista, através de compras de títulos governamentais e privados em grande escala, levou os juros europeus para o campo negativo. O gráfico a seguir dá uma boa dimensão do que ocorreu nesse mercado.   Para complementar sua estratégia era necessário que os depósitos feitos pelos bancos no ECB também tivessem taxas negativas, para evitar um descompasso no mercado o que faria a liquidez sumir, uma vez que, os bancos ao invés d

Yellen: "4,3,2,2,2, ..."

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Os dados publicados recentemente sobre o ISM nos EUA, não constituem uma base de conforto para quem vislumbra uma recuperação naquele país. Essas informações passam a ser de vital importância, haja visto a polêmica criada por alguns membros do FED sobre a elevação ou não dos juros. Por exemplo o ISM da Indústria veio um tostão abaixo da marca de 50, que representa retração da atividade. Na análise dos subitens de maior importância, pode-se verificar uma tendência declinante em todos eles. De maior importância ainda é o resultado do setor de serviços, uma vez que é responsável por 90% do PIB. O instituto Markit que publicou esse dado, reforça que a economia americana continua crescendo a uma taxa ínfima de 1% a.a., como destacado abaixo.   A produtividade vem declinando sensivelmente nos últimos anos, e tem sido matéria de análise e dúvida em suas causas. O gráfico a seguir mostra escalada decrescente, cuja razão deve transcender as razões da grande recessão de