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O lado humano de Finanças

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Antes que meu amigo se antecipe e faça suas perguntas azedas já esclareço que, o Mosca não vai se transformar numa ONG. O título de hoje visa enfatizar como o comportamento humano tem influência sobre as decisões em finanças e suas consequências. Como já mencionei anteriormente, desde de 2015 voltei a Universidade com o objetivo de buscar algumas respostas acadêmicas sobre temas de meu interesse. Na FEA compreendi melhor os conceitos da matéria de comportamento financeiro, nova área dentro da disciplina de finanças que vem ganhando novos adeptos, onde eu me incluo. Além do mais, fica mais intuitivo as considerações da análise técnica se você acredita que os modelos econométricos não funcionam adequadamente. Esse breve apanhado remete ao tema de hoje sobre a interpretação das minutas do FED publicadas ontem à tarde.  Embora esse assunto já tenha sido divulgado amplamente pelos meios de comunicação, inclusive com a interpretação dos analistas, busco uma visão mais pragmá

Precisão milimétrica

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No passado a Suíça era conhecida como o país que fabrica os melhores relógios no mundo, não que isso tenha mudado, mas os relógios são produtos que os jovens não usam mais, deverá ser uma peça em extinção. Além disso, os suíços são extremamente pontuais. Costumo dizer que se você pegar um trem marcado para as 12:03 e seu relógio estiver marcando 12:05, quando o trem estiver saindo, pode ter certeza que seu relógio está adiantado. O tema sobre precisão se refere a índice de inflação, naturalmente não o brasileiro. O CPI dos EUA publicado ontem, apontou para uma inflação total de 0,84% a.a. Quando se exclui gasolina e alimentos, esse índice permaneceu estável em 2,2% a.a. O interessante é que dois itens estão pressionando a inflação para cima, moradia e principalmente assistência médica, que se encontra em 4% a.a. É natural que, para manter essa estabilidade, os outros itens encontrem-se em queda. Fico, de certa forma, intrigado ao verificar que a inflação não é

Conservador x Arrojado

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O post de hoje é um apanhado elaborado por Jeffrey Ptak, analista especializado em finanças comportamentais. O SP 500 subiu até agora 270% dos pontos mais baixos alcançados em março de 2009, mas quantas pessoas foram realmente capazes de colher esses ganhos? Nos 89 meses desde que o mercado atingiu a mínima, os investidores tiveram uma tonelada de informações lançadas contra eles. Desde a ameaça Fiscal, a desaceleração da China, e o calote da Grécia, inúmeras preocupações parecia apenas desfocar os fatos. E, infelizmente, muitos investidores permitiu que esses medos conduzissem suas decisões. Desde março de 2009, o maior ETF SPY - SP 500, obteve um retorno anualizada de 18,08%. Mas durante esse tempo, os investidores nesse ativo ganharam apenas uma rentabilidade anualizada de 11,82%. A diferença entre 18,08% e 11,82% ao longo de 7,5 anos, resulta em uma diferença gritante de 115%! A desatenção é potencialmente mais prejudicial para o resultado financeiro. A recessão de dup

Crescimento anêmico

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Sem um crescimento sustentável para o mundo, a situação dos bancos centrais ao injetar quantidade anormais de liquidez nas economias de seus países, pode se tornar irreversível. Quando as autoridades monetárias decidiram por esse caminho, sua intenção era de temporariamente deprimir as taxas de juros a fim de incentivar os investimentos e consumo. Porém não parece ser isso o que acontece, eu classificaria o crescimento mundial de anêmico. Vejamos os últimos dados, incialmente o Japão publicou o seu PIB no 2º trimestre e o resultado foi de 0,2%, que ficou aquém das expectativas de 0,7%. O governo buscou de maneira frenética manter os resultados recentes que apontavam para um crescimento anual ajustado de 1,7%. Entretanto, nos meses seguintes, a desaceleração na China e o voto do Reino Unido para abandonar a união europeia, pesou em sua economia. Com a implementação de juros negativos a intenção era enfraquecer sua moeda, porém acabou acontecendo o contrário, o que tev

Old 'R' us

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Quem já foi aos Estados Unidos e tem filhos pequenos, conhece sem dúvidas a cadeia de brinquedos Toys ‘R’ Us. É verdade que no passado antes do advento da Amazon, uma visita a loja era um divertimento e as crianças ficavam radiantes. Agora tem que se contentar com a imaginação vendo seu brinquedo na tela. Além da ameaça atual das vendas on-line, essa rede devia se preocupar com uma ameaça ainda maior, que está acontecendo e tende a se agravar no futuro. Em 1995 a Itália foi o primeiro país onde o número de idosos ultrapassou o número de crianças, esse fenômeno se espalhou pelo mundo em economias diversas como a Nova Zelândia e Geórgia, que em 2030 estarão na mesma situação. Nesse ano, 56 países terão mais pessoas com idades acima de 65 anos que crianças abaixo de 15. A tabela a seguir mostra essa sequência. Em 2075 a projeção é que população global passará a marca histórica, que foi denominada do cruzamento mortal demográfico. Embora a perspectiva de viver

Olimpíada dos mercados

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Ontem a seleção brasileira de futebol mostrou, no mínimo, empenho em ganhar a partida contra a Dinamarca. Depois de inúmeras críticas tanto da imprensa quanto dos brasileiros, reagiu e ganhou com folga de uma Dinamarca fraca, por 4 a 0. O astro do time, Neymar, resolveu jogar para o time e não buscar driblar o time adversário inteiro, uma vez que é sempre muito marcado. Melhor foi a foto de um garoto vestindo uma camisa do Brasil com o número 10 nas costas, com o nome de Neymar riscado, que subistituiu pelo de Martha. Nesta época de Olimpíadas o resultado do número de medalhas é publicado diariamente, atualmente os USA estão em primeiro lugar, seguido pela China. Nesse clima vou sugerir um quadro de medalhas para o mercado, pois não passa nenhum um dia que um novo recorde “olímpico” não seja atingido: são os juros em queda; bolsas em alta e assim por diante. Dependendo da “modalidade” os países se sucedem, e sim, nós estamos no quadro geral, com os maiores juros do planeta, me

Inflação: Duro na queda

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Hoje como de costume, participei da reunião mensal da Rosenberg. Comparada com as do início do ano onde era praxe cenários ruins, péssimos ou horrorosos, a de hoje não apresentou nada de muito emocionante, pois tanto externa como internamente, assim se apresentam os dados. Para ser sincero, uma pequena recuperação é vislumbrada em alguns indicadores, mas os problemas principais de déficit público continuam sem solução. A governo interino de Temer vem buscando colocar a economia nos eixos. O mercado sabe da dificuldade em se aprovar medidas duras e tem dado um certo “desconto” por conta disso. Porém no próximo dia 29 é provável que o fantasma de Dilma seja definitivamente enterrado, assim, seu governo passa a ter mais 15 meses até a próxima eleição. Durante a reunião fiz a seguinte pergunta aos participantes: “Depois do dia 29, Temer vai mudar de postura e implementar o que se espera dele, ou ficará do jeito que está?” A maioria acredita que ficará do jeito que está, estilo PMD