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Pokémon - GO

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Depois de duas semanas vivendo como espectador das notícias e mercados, o Mosca volta a sua rotina diária. É sempre difícil retornar a ativa, a idade e a inércia andam juntas é como um carro velho que pega no tranco! Hahaha... Nada de muito importante aconteceu no campo econômico. Aqui no Brasil o governo procura entrar em sintonia com o mercado e vai implementando algumas medidas, pois o fantasma da volta de Dilma tem que se ser totalmente eliminado, o que deveria acontecer em agosto. No exterior os dados americanos continuam se consolidando num panorama mais positivo. Hoje destaco a inflação publicada na semana passada onde o CPI core ficou praticamente inalterado em 1% a.a. O índice total, também não apresentou surpresas ficando em 2,26% a.a. Já na questão geopolítica o atentando em Nice bem como a tentativa de golpe na Turquia foram motivos de alta na volatilidade dos mercados. O primeiro mostra a fragilidade do sistema de segurança na França. Até bem pouco tem

Road Map

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As vésperas da minha viagem o assunto será unicamente técnico, embora não temos posição em nenhum mercado. Algum leitor pode querer fazer uma aposta sob sua gestão, afinal depois de quase 5 anos de Mosca , espero que vocês já sejam experts no assunto. Vou começar pelo real que foi um ativo que o Mosca esteve correto durante o 1º semestre deste ano. No gráfico a seguir, a região hachurada deveria conter a queda do dólar. O primeiro nível é R$ 3,10 e o seguinte R$ 2,80. Até aí eu aceito sem problemas, para dizer a verdade, o último é um pouco esticado. Abaixo desse nível, vou ter que refazer minhas análises, ficando assim para o momento oportuno, se acontecer. O SP500 fechou hoje na máxima e a cada vez mais, a chance de rompimento do nível de 2.130 se eleva, desafiando todos os grandes investidores que estão apostando na queda. Caso haja o rompimento a alta vai ser expressiva, merece uma aposta se acontecer. Coloque um stop curto ao redor de 2.050. O ouro foi objeto de come

Encruzilhada

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No dia D+5, após a decisão da Inglaterra abandonar a comunidade europeia, qualquer conclusão pode ser prematura. Até agora, alguns indicadores parecem apontar para que o Brexit termine como um problema local. Nem se sabe ao certo, se será realmente implementado haja visto que existem grandes dúvidas. Os mercados operaram incialmente como se o risco de contágio fosse elevado, impactando diversos ativos. No post de ontem mostrei como os juros nos USA foram afetados e apontavam para níveis muito diferentes daqueles que o FED projeta. Naturalmente, a Yellen está acompanhando com cuidado o desenrolar dessa situação. Não acho que o que vou relatar seja um problema para a próxima semana, mas sem dúvida não há muito tempo. Vamos imaginar que a situação se acalme o suficiente para que o mercado volte à normalidade. Nessa circunstância como o FED irá agir? Os dados recentes apontam para uma economia americana com uma sensível melhora em relação aos trimestres mais recentes.

Marcha à ré

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Enquanto as atenções estavam voltadas ao Brexit e suas consequências, o mercado de juros nos USA começaram a apostar em cenários bem distintos daqueles que o FED projeta. No curto prazo estão apontando que o FED terá que cortar os juros ao invés de aumentar. O gráfico a seguir deixa claro que a menor chance no momento é de uma alta (em roxo). Não bastasse isso, o mercado não imputa uma probabilidade maior que 50% de os juros subirem no início de 2018. Essa mudança ocorreu depois que as bolsas no mundo e as commodities caíram, enquanto os bonds e o dólar subiram, após o voto britânico. A figura abaixo ilustra o movimento das principais moedas depois desse evento. No mercado futuro de juros, que é equivalente ao nosso contrato de DI, está precificado uma possibilidade real de corte de juros no final deste ano. O mercado de opções sobre os contratos de futuro, que é o mais negociado em todo mundo, projeta uma chance de 25% de um corte até setembro, é isso aí,

Local ou Global

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Não tem nada no curto prazo que chama mais a atenção que o Brexit, você encontra inúmeras opiniões, mas o que realmente importa, é se o que aconteceu terá um impacto local ou global. A economia inglesa tem uma parcela pequena de 4% do PIB global. Alguns gráficos podem esclarecer melhor quais são as consequências. Iniciamos com os locais. Abaixo se encontram os setores que mais poderão ser afetados em função de novas tarifas de comércio. Já em termos de balança comercial com a Ásia, e observando-se a China como o principal risco, pode-se constatar que é muito pouco afetado. Já em termos de impacto sobre o PIB, o gráfico a seguir mostra dois cenários, um mais realista e outro mais pessimista. Aqui também, com exceção da Europa na simulação mais pessimista, o efeito é pequeno. Através dessas projeções econômicas, poderia concluir-se que, o problema maior ficaria circunscrito à Inglaterra, porém os fatores políticos podem gerar repercussões que não estão

Conflito de interesses

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Depois de qualquer separação uma nova relação entre as partes gera, o que se chama no mundo dos negócios, conflito de interesses. Mesmo em relações humanas isso acaba acontecendo. Para quem já se separou, conhece as consequências, e nesse caso é mais grave. O conflito acaba recaindo sobre os filhos, que em alguns casos ficam divididos entre os pais. O mesmo não poderia deixar de acontecer no caso do Brexit. As declarações de alguns membros da comunidade europeia como Angela Merkel e Françoise Hollande, já dão o tom do que a Inglaterra poderá esperar na hora que negociar os novos acordos após a separação. Mas além disso, o processo dentro da própria Grã-Bretanha é complicado. Formalmente esse país deverá enviar um documento denominado de “artigo 50”, que é um anúncio formal de sua intenção de saída da comunidade europeia. Depois disso, começa a contar um prazo máximo de 2 anos. Agora, quem mandará esta notificação e quando, ninguém sabe, nem a unidade europeia, nem o re

Br - Exit

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Nassim Taleb, um conhecido investidor e autor de vários livros, cujo mais famoso chama-se Black Swan, é especialista em eventos fora da curva. Criou uma relação entre a população de cisnes com o mercado financeiro. A maior parte dos cisnes são brancos mas também existem raros que são pretos, da mesma forma os mercados funcionam normalmente na maioria do tempo, mas existem momentos críticos de grande volatilidade. Seu pensamento é que um investidor não pode correr o risco de perder tudo nestes momentos, e ao contrário pode se beneficiar dessas situações. Hoje foi um desses dias, a decisão do povo britânico de abandonar a comunidade europeia pegou o mercado totalmente de surpresa. Como comentei ontem, os preços dos ativos não levavam em consideração esta hipótese. Como consequência, a libra desabou, levando a sua cotação para a menor dos últimos 30 anos. Durante minha vida profissional passei por situações semelhantes, posso dizer que não é nada agradável. Em dias como