Postagens

Marcha Lenta

Imagem
O PMDB lançou o programa Ponte para o Futuro quando Dilma ainda era Presidente da República. Naquele instante essa ação gerou um frisson entre os partidos e ficou claro que o PMDB estava desembarcando do governo. Esse plano explicitava as ações necessárias para colocar nossa economia no rumo. Desde que Dilma foi temporariamente desempossada de seu cargo, Michel Temer tem se deparado com vários problemas, principalmente em relação a seus Ministros, onde alguns tiveram que renunciar aos seus cargos. Mas na montagem de sua equipe econômica não existe nenhum analista que não a elogie, com exceção do pessoal da “Nova Matriz econômica”, cujo melhor local para suas ideias seria um capítulo no livro texto de economia, do que não se deve fazer! Henrique Meireles, Ilan Goldfjan e todos os outros colaboradores, sabem muito bem que é essencial a diminuição do déficit público, na verdade é necessário um superávit para no mínimo estancar o crescimento da dívida pública. Outras medidas sã

Desconfiança

Imagem
Não existe nada pior que a perda de confiança no mercado financeiro. Negócios de trilhões são fechados verbalmente com a premissa que nenhuma das partes vai abrir o negócio. Durante minha vida profissional vivi raríssimos casos de quebra dessa regra, não se pode esquecer que, naquela época não era praxe nem gravação das conversas telefônicas. Muito mais grave é quando a credibilidade de um banco central é colocada em cheque. Existe na história vários casos no qual o mercado aposta contra e se sai vencedor – Soros contra o BOE em 1991. Atualmente, como o dólar é a moeda de referência mundial, somente o FED pode “peitar” o mercado sem limites, os outros BC’s dependem de sua própria moeda para se defender. Naturalmente existe uma hierarquia, o euro, yen, libra esterlina, estão logo a seguir nessa escala. Agora mesmo se o FED enfrentar o mercado com uma política que o mercado avalia como errada, em algum momento a desvalorização do dólar pode ser incontrolável. Parece que

Dieta financeira

Imagem
A forma como os juros dos USA estão subindo me faz associar a uma dieta de regime. Quando estamos acima do peso, num determinado momento dizemos chega! Fazemos um compromisso mental ou verbal que, a partir da próxima segunda-feira vamos fechar a boca. Aí vem a segunda e cumpre-se à risca o combinado, na terça algumas batatinhas fritas, poucas, na quarta e etc ..., chega-se assim ao final de semana com queda de peso zero. É uma frustração! Perder peso é um processo longo e requer muita disciplina, pois se o objetivo é alcançado, tão ou mais difícil quanto perder, é manter o novo peso. Para quem não se recorda, foi em dezembro último que o FED elevou, pela primeira vez desde a crise de 2008, os juros em 0,25%. Naquele momento, acreditava-se que a economia americana havia saído da letargia dos últimos anos e começaria a crescer. Porém, desde então alguns eventos externos e dados internos, foram empurrando mais para frente essa decisão. Não me recordo, de toda minha vida

Radicalismo de direita

Imagem
O mundo está se acostumando a ações terroristas em países desenvolvido. É verdade que em países fora do G-7 esses atos acontecem há um bom tempo, mas que acabam tendo somente repercussões locais. Não é justo, mas é assim que acontece, e nada mais natural que a ousadia ao mexer com as grandes potências, tem esse tipo de repercursão por parte da imprensa. Nesse caso recente ocorrido em Orlando, o FBI busca quais foram os motivos que levaram a esse jovem de 29 anos cometer esse massacre: pertencia ao ISIS, não aceitava homossexuais, precedentes terroristas, ou alguma outra motivação. Porém, a realidade que está por trás, é que tornar-se vilão hoje em dia tem repercussões mundiais, vira notícia em milhares de contas no Facebook e WhatsApp. Outra mudança de estratégia por parte dos terroristas é que não é necessário causar ataques em grandes eventos, que são muito mais vigiados e difíceis, basta escolher um local com um acúmulo de pessoas razoável e sem um esquema de segurança

Recessão?

Imagem
Será que os USA correm o risco de entrar em recessão? O JP Morgan tem um modelo que leva em consideração diversas informações econômicas e calcula a probabilidade desse evento acontecer nos próximos 12 meses. Depois da publicação dos dados de emprego na última semana, a probabilidade que se encontrava em 30% passou para 36%, como é mostrado no gráfico a seguir. Eles destacam que essa medida atingiu uma máxima nessa expansão.   O que é, de certa forma intrigante é que, ao observar esse parâmetro calculado pelo JP Morgan, em nenhuma situação passada, esse indicador, ao ultrapassar a marca dos 30%, não foi sucedido por uma recessão. É bom ficar atento, pois não seria nada agradável que a única economia dos países desenvolvidos, com uma real possibilidade de crescimento, reverta o curso. Não é à toa que o legendário investidor George Soros, resolveu recentemente se envolver em operações do dia a dia, tomando uma série de posições, apostando na baixa dos mercados. Segun

Ilan: 1-2-3

Imagem
Este post deveria ter sido publicado ontem dia 08/06, porém por falha minha, ficou pedente sem a atualização! O futuro Presidente do BCB passou na sabatina do Senado com folga, e não era para menos, um profissional altamente qualificado para o cargo. De tudo que ele falou o leitor deve-se atentar a uma colocação simples, mas que diz qual será a política adotada pelo BC no futuro próximo. Que se denomina o tripé macroeconômico: superávits primários, metas de inflação e câmbio livre. Em relação a inflação foi enfático ao afirmar que a meta é 4,5% a.a., e a banda é para ser usada somente em casos excepcionais, ou seja, estar dentro do limite superior não significa uma política monetária neutra. Hoje foi publicado o IPCA do mês de maio, sua variação foi de 0,78% a.m. e a taxa anual em 9,32%. Na tabela a seguir pode-se observar que a inflação, na melhor das hipóteses, continua estável num nível elevado, onde destaco dois pontos: primeiro a inflação dos preços livres

Obsessão Financeira

Imagem
A obsessão está relacionada a idéias e pensamentos que são repetitivos, insistentes e persistentes. É dessa forma que eu vejo o mercado encarando os juros negativos implementado por vários bancos centrais. A cada dia que passa, uma nova estatística é publicada com a quantidade de bonds sujeitos a essa situação, recordes e mais recordes de juros negativos são atingidos, sem falar nos prognósticos sombrios feitos por vários analistas. Bill Gross, um dos mais conceituados e experientes gestores de bonds, em entrevista a Bloomberg comentou:  ...”Os juros globais é o menor dos últimos 500 anos”... ...” US$ 10 trilhões de títulos com juros negativos. Isso é inusitado e vai explodir algum dia”... Já o economista chefe do Deustche Bank citou uma frase de Keynes para enfatizar o motivador desta política: ... “The real case against negative interest rates is the folly of relying on monetary policy alone to rescue economies from depressed conditions”… Com uma visão extremame