Postagens

Ilan: 1-2-3

Imagem
Este post deveria ter sido publicado ontem dia 08/06, porém por falha minha, ficou pedente sem a atualização! O futuro Presidente do BCB passou na sabatina do Senado com folga, e não era para menos, um profissional altamente qualificado para o cargo. De tudo que ele falou o leitor deve-se atentar a uma colocação simples, mas que diz qual será a política adotada pelo BC no futuro próximo. Que se denomina o tripé macroeconômico: superávits primários, metas de inflação e câmbio livre. Em relação a inflação foi enfático ao afirmar que a meta é 4,5% a.a., e a banda é para ser usada somente em casos excepcionais, ou seja, estar dentro do limite superior não significa uma política monetária neutra. Hoje foi publicado o IPCA do mês de maio, sua variação foi de 0,78% a.m. e a taxa anual em 9,32%. Na tabela a seguir pode-se observar que a inflação, na melhor das hipóteses, continua estável num nível elevado, onde destaco dois pontos: primeiro a inflação dos preços livres

Obsessão Financeira

Imagem
A obsessão está relacionada a idéias e pensamentos que são repetitivos, insistentes e persistentes. É dessa forma que eu vejo o mercado encarando os juros negativos implementado por vários bancos centrais. A cada dia que passa, uma nova estatística é publicada com a quantidade de bonds sujeitos a essa situação, recordes e mais recordes de juros negativos são atingidos, sem falar nos prognósticos sombrios feitos por vários analistas. Bill Gross, um dos mais conceituados e experientes gestores de bonds, em entrevista a Bloomberg comentou:  ...”Os juros globais é o menor dos últimos 500 anos”... ...” US$ 10 trilhões de títulos com juros negativos. Isso é inusitado e vai explodir algum dia”... Já o economista chefe do Deustche Bank citou uma frase de Keynes para enfatizar o motivador desta política: ... “The real case against negative interest rates is the folly of relying on monetary policy alone to rescue economies from depressed conditions”… Com uma visão extremame

Com mais de 30

Imagem
Quando se está numa roda de amigos discutindo o sexo dos anjos na área de investimentos, é provável que em algum momento alguém diga: “O futuro é imprevisível”, justificando a imprevisibilidade dos mercados. Dita assim, fora de um contexto, ninguém irá contestar essa frase, mas o ser humano precisa de alimento para seu ego. Mas de repente, no calor da discução, alguém se atreve a dar um palpite sobre a sua expectativa futura de um ativo, e basta outro que não concordar, para que se faça uma aposta. A partir daí, a frase que todos acreditavam ser verdadeira, agora não é mais válida para essas duas pessoas que apostaram. Eles confiam em suas previsões, agora tem o ego em jogo. Os analistas fazem suas projeções sobre o futuro baseados em dados muito mais precisos que esses dois colegas, afinal é o seu ganha pão. Mas podemos embarcar nessas opiniões e apostar muitas fichas? Eu, de jeito nenhum, pode ser do George Soros, Warren Buffet, ou qualquer outro guru. Por outro lado,

Procura-se um culpado

Imagem
Depois de menos de 24 horas úteis da publicação do dado, chocantemente baixo, da criação de empregos, o mercado busca culpados. Como sabemos, sempre é necessária uma explicação. Neste caso, foi eleita a alta do dólar como o responsável pelo estrago. Mas o resultado foi tão ruim assim ou o fato de o mercado estar tão otimista foi à razão? As informações apontam inegavelmente uma redução na criação de empregos e não é de hoje, basta verificar o gráfico a seguir, onde além do setor de manufatura que estruturalmente não cria vagas a muito tempo, o setor que responde pela maior parte do PIB, o de serviços, também embicou para baixo desde seu pico no início deste ano. Alguns analistas não estão tão pessimistas como os investidores, o Deutsche Bank acredita que o mercado de trabalho está muito próximo do pleno emprego. Quando esse nível for atingido, o crescimento dos postos de trabalho deverá diminuir uma vez que, poucos empregados qualificados estarão disponíveis para aceit

E agora Yellen?

Imagem
A publicação da taxa de emprego foi chocante, ficou muito abaixo do esperado com a criação de 38 mil postos. Além desse dado ruim, as revisões dos meses anteriores também foram reduzidas. Como pode-se ver no gráfico a seguir, esse resultado é o menor desde 2010. O mais interessante é que a taxa de desemprego caiu para 4,7%, onde deveria ter ocorrido o contrário. Mas qual foi o motivo? O participation rate  caiu para um dos menores níveis dos últimos anos, a 62,6%. Isso significa que cada vez mais americanos saem do mercado de trabalho. Agora o que eles fazem para viver, ainda é uma grande incógnita. Como comentei ontem, existe um impacto relativo à greve da Verizon, mas certamente não justifica tamanha diferença. A reação nos mercados foram imediatas, o dólar está caindo contra todas as moedas, inclusive o real, os juros caindo e a bolsa em leve queda. O dado de inflação no qual o FED usa para estabelecer sua meta de 2% - PCE, também não vem dando mostras que

A busca por retorno

Imagem
Amanhã será publicado os dados de emprego nos USA. Não parece que existe maior preocupação por parte do FED, uma vez que, a taxa de desemprego está próxima do nível considerado como pleno emprego. Porém, cabe aqui duas observações: primeiro que esse é um dado que é defasado da realidade recente, e segundo que as contratações vem desacelerando levemente. A publicação do ADP - Employment report  hoje pela manhã, dá uma indicação desse último fator, pois foram gerados somente 173 mil empregos. O gráfico a seguir fornece uma ideia da desaceleração ocorrida, embora é importante notar que foi pequena. A próxima ilustração parece mais preocupante, pois percebe-se nitidamente uma estagnação em torno de 200 mil empregos desde 2011. Eu digo isso porque, se nesses últimos anos que a economia americana teve um baixo desempenho, seria de se esperar uma retomada do crescimento do emprego. Será que os robôs já estão afetando esse indicador? O consenso para o dado de amanhã

Europa ainda sem solução

Imagem
O Super Mário saiu do noticiário de fininho, depois de implementar a política de juros negativos, altamente criticada pelos alemães, além de uma série de deslizes em suas ações que destoavam de suas intenções expressas. Os resultados até o momento, de tudo o que foi tentado em termos de política monetária, são nebulosos. Se por um lado a Alemanha continua bem, o segundo membro mais importante do grupo europeu a França, não consegue se reerguer. Verdade seja dita, a culpa não é sua, e sim de um projeto de moeda única que já se provou ineficaz. Mas acredito que será muito difícil uma ruptura como se imaginava em 2011, quando vários países se encontravam em situação muito delicada, o que eu denominei de Club Med. É verdade que houveram melhorias expressivas quando comparadas aquela situação, porém o problema na raiz não foi enfrentado, que seria cada país ter a sua própria moeda. Eu imagino que isso só possa ocorrer caso haja um novo colapso, e essa situação é por si só im