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Baby busters

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Não bastasse o descontrole das contas públicas nacionais que rumam novamente a um déficit este ano, o desenrolar do caso Lava Jato que revela a cada dia novos participantes, o governo enfrenta também, um aumento nos casos de dengue em ritmo exponencial, cujo crescimento no último ano foi de 48%, muito superior à taxa SELIC! Segundo os especialistas, esta alta precoce reforça a possibilidade de nova epidemia em 2016. O noticiário tem feito uma cobertura extensa sobre o assunto, indicando como pode se evitar sua proliferação. Mas é consenso que a única forma de combater será a descoberta de uma nova vacina, cujo prazo estimado é de três longos anos, mesmo prazo que falta para a nova eleição para Presidente. A negligência do governo na área de saúde, bem como os costumes de falta de limpeza da população, tornaram um campo propício para o Aedes aegypti se desenvolver. Foi tão bom, que a ele devem-se múltiplas categorias de infecção: dengue, zika e chikungunya. É um mosquito polival

O castigo financeiro

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Para quem tem filhos, sabe que nem sempre o castigo é a melhor forma de educar. Em minha opinião, o assunto é polêmico, pois para educar é necessário que sejam destacados os erros que a criança comete. Agora, qual o castigo a aplicar? Naturalmente depende da gravidade. Não existe um modelo padrão a se adotar, depende de cada caso. Estamos acompanhando um momento nunca antes visto nos mercados, pela quantidade de países com taxas de juros negativas. Basta verificar na figura abaixo, o número de consultas no Google. Num dos posts iniciais do Mosca, comentei  quando-juro-zero-é-um-bom-investimento ,  situações deflacionárias. Também disse que, um BC pode diminuir os juros pelo bom motivo, quando a inflação retrocede, ou pelo mau motivo, para ativar a demanda. Não preciso dizer que o que estamos vivenciando hoje em dia, é pelo mau motivo, ou melhor, péssimo. Outro dia vi um estudo do JP Morgan que calcula até que nível de juros negativos, cada um dos BC's podem chegar. Acre

Eu serei você amanhã

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No post  risco-de-uma-Argenzuela , comentei como o Brasil poderia seguir os caminhos desastrosos trilhados por nossos vizinhos, a Argentina e a Venezuela. Eu me lembro, há cinco anos em conversa com um amigo, indaguei como um cidadão esclarecido poderia morar na Venezuela, parecia que não havia dúvidas que esse pais estava fadado a afundar. De tempos em tempos, são publicadas matérias sobre a escassez de alimentos e produtos básicos, bem como o desespero de seu Presidente, Nicolás Maduro, que implementa medidas totalmente absurdas, como autorizar o governo a tomar empresas, caso julgue necessário para prover produtos a população. Acredito que seu sobrenome deveria mudar para Nicolás Podre! Ahahah... O gráfico a seguir mostra a evolução da inflação naquele país nos últimos quatro anos.     Os dados do banco central mostram que a Venezuela mais do que duplicou a oferta de notas de 100, 50 e  2 Bolívar em 2015, uma vez que elevou a liquidez monetária, incluindo depósitos bancári

O mercado parece uma barata tonta

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Muitas dúvidas pairam sobre o mercado nas últimas semanas, das quais posso listar: O que está acontecendo na China? Por que a queda do petróleo está afetando as bolsas? O FED agiu corretamente ao elevar os juros? Os USA está realmente numa trajetória de crescimento? Existe algum risco nos bancos que não se conhece? O mundo vai escapar da deflação? É, não são poucas... Ontem foram inúmeras as oscilações de um lado para outro, durante todo o dia. Só a título de exemplo, veja a variação do índice Dow Jones da bolsa americana. Um dos fatores que contribuíram para estes movimentos foi o anúncio do PMI  de serviços   Purchasing_Managers_Services , que veio abaixo das expectativas. Por outro lado, o ADP - uma prévia dos números de emprego a ser publicado amanhã, veio acima das expectativas. Por outro lado, a empresa de pesquisa, Strategas Research Partners, acompanha a criação de emprego em função das condições de crédito da economia, que está ficando mais apertado, apontando para

Europa se recupera na moita

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Se as informações fossem somente as declarações do Mario Draghi - resolvi retirar seu status de Super Mário, afinal voltou a ser como qualquer outro Presidente de Banco Central, poder-se-ia imaginar que a Europa estava fadada a afundar. Esta seria a conclusão, haja visto que das reuniões do ECB tendo sido em sua maioria, ameças de mais corte dos juros. É verdade que os resultados ainda deixam a desejar, mas não parece de longe a situação catastrófica de anos atrás, onde o desemprego era crescente, além da possibilidade concreta da saída da Grécia. Mas a realidade tem mostrado melhoras em alguns indicadores, enquanto outros persistem como problemas. Vejamos inicialmente a taxa de desemprego. Como um todo, o nível é ainda elevado, porém vem retrocedendo  constantemente , e a publicação deste mês foi marginalmente melhor que o esperado. Em uma análise segmentada por país, nota-se uma disparidade enorme entre a Alemanha, o país de maior peso dentro da Europa e os países do Club M

A economia da felicidade

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Hoje o noticiário de jornal concentrou-se em dois fatos políticos, internacionalmente as prévias para escolha dos candidatos à Presidencia, nas eleições do final deste ano, e a abertura do Ano Judiciário no Supremo Tribunal Federal. Vou começar por este último, onde Janot ficou lado a lado a Eduardo Cunha. As fotos publicadas já dizem tudo, é o cordeiro ao lado do lobo! No âmbito internacional, O Senador Ted Cruz venceu o perigoso candidato Donald Trump, que vem realizando uma campanha polêmica, para dizer pouco. Do lado dos democratas, Hillary Clinton ganhou com pequena margem Bernie Sanders. Esta disputa aconteceu no estado de Iowa, que historicamente aponta com boa chance o futuro Presidente dos USA, conforme pode ser visto no quadro abaixo. É verdade que, New Hampshire é onde a probabilidade fica mais evidenciada.   Mas o assunto de hoje é sobre uma reportagem publicada pelo Wall Street Journal, sobre a preferência de consumo da geração M ilennials , jovens nascidos entre 19

O bom e o ruim da deflação

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Parece que todos estes meses, os países desenvolvidos, estão exportando deflação para os EUA. A queda nos preços das commodities e do dólar, em relação a alta de uma ampla cesta de moedas nos últimos anos, teve um grande impacto. Mas a magnitude do declínio dos preços de importação dos Estados Unidos tem sido muito significativa, de fato. E isso é importante por muitas razões. A competição pelo consumidor americano continua a ser feroz, uma vez que, os países exportadores desvalorizam a suas moedas e /ou  reduzem ainda mais seus custos para manter a sua participação de mercado. Enquanto as importações representam uma percentagem relativamente pequena do PIB dos EUA (<17%), os tecnocratas do Federal Reserve agora terão de trabalhar mais para elevar a sua inflação em toda a economia. Além disso, esses padrões de preços sugerem que não está tudo bem na economia global.   O gráfico acima mostra a evolução dos índices de preços de importação nos USA, por país de origem d