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O FED mostra as cartas

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Quando o FED decidiu não alterar os juros em sua última reunião de setembro, o mercado ficou preocupado, pois não sabia qual era o motivo. Ontem foi publicada a minuta dessa reunião e o mistério pode ser desvendando. Vejamos alguns trechos do mesmo:   ..." t he improvement in labor market conditions met or would soon meet one of the Committee's criteria for beginning policy"...   ..."because recent global economic and financial developments had imparted some restraint to the economic outlook and placed further downward pressure on inflation in the near term".. .  ..."several members were concerned about downside risks to the outlook for real activity and inflation".. .  ..."several members saw a risk that the additional downward pressure on inflation from lower oil prices and a higher foreign exchange value of the dollar could persist and, as a result, delay or diminish the expected upturn in inflation"... ..."wait for add

Si es PT yo soy contra!

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Todos já devem ter jogado, alguma vez, o jogo War. É verdade que antes do advento do Whatsapp, Facebook e centenas de jogos disponíveis on line , as pessoas costumavam se encontrar para jogar. Sem entrar no mérito se era melhor ou pior antes, agora é assim, e pronto. Nos objetivos sorteados ao início do jogo, eu considerava dois como os mais difíceis, a conquista de vinte e quatro territórios ou a destruição de determinado exército. O primeiro por não ter uma definição específica, podia ser qualquer território, tende-se a ficar com os "restos", e dependiam dos objetivos dos outros; e o segundo, porque depois de algumas jogadas ficava claro para os outros competidores seu objetivo. Ao ver a situação do governo nestes últimos meses, fiquei na dúvida se está mais parecido como uma das séries atuais, com vários capítulos e temporadas ou ao jogo de War, escolhi esse último. Fazendo um paralelo, diria que o PT puxou a cartela de conquistar 24 territórios e o PMDB destruir o exe

A busca de novos clientes

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Para quem é empresário sabe que uma das regras básicas para saúde de seu negócio é não depender de um único cliente. Às vezes é mais fácil planejar isso do que executar, por exemplo, se você é uma grande empreiteira é praticamente impossível que o governo não seja seu principal cliente, a Odebrecht, Camargo Correia e outras, que os diga. Existem alguns ramos que essa concentração é uma condicionante. Quando o produto final são commodites a situação é diferente, e se esta commoditie é dinheiro, é mais sui generis. Para exemplificar o que eu quero dizer, imagine que o governo queira colocar títulos no mercado, normalmente efetua um leilão competitivo de taxas. Mesmo que tome cuidado nesse momento, para que não haja concentração nos compradores. Como esses títulos são líquidos, eles podem acabar na mão de um único comprador, basta que se ofereça comprar a taxas mais baixas, motivando os outros que compraram a vender esses títulos. Um movimento deste tipo aconteceu depois da recess

Janela sem oportunidade

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Janela de oportunidade é um termo que se tornou popular nos últimos anos. Indica o momento oportuno para que uma ação seja efetuada em condições vantajosas. Mas parece que para o FED, esta janela se fechou. Segundo Lance Roberts, uma analista que acompanho frequentemente, publicou um artigo onde expõe porque o FED não pode subir os juros, por um bom tempo! A seguir, a transcrição das principais partes desse trabalho. “ O FED tinha a esperança nos últimos anos que uma política extremamente acomodativa, com juros próximos a zero, provocaria níveis mais fortes de atividade econômica que levaria a um aumento das pressões inflacionárias. Entretanto, ainda não demonstrou ser o caso. Isto é devido, provavelmente, a um fenômeno conhecido em política monetária como “armadilha da liquidez:" “Armadilha da liquidez" é uma situação descrita na teoria keynesiana, em que injeções de dinheiro no sistema bancário privado, por um banco central, não conseguem reduzir as taxas de

O Mercado desafia o FED

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Antes de entrar no assunto de hoje, vou complementar alguns detalhes sobre os dados de emprego publicados na sexta-feira. Todos os meses, junto com a publicação do número de vagas são disponibilizadas as revisões dos meses anteriores. No gráfico a seguir, percebe-se uma característica que não se via desde a recessão de 2008, que são revisões negativas em praticamente todos os meses no ano de 2015. Isso por si só, não indica nada de importante, apenas que os dados publicados inicialmente estão superestimando o real número de vagas criadas. por outro lado, não deixa de ser negativo. Em relação ao  participation rate , que indica a proporção de pessoas que estão empregadas ou procurando empregos sobre o total da população, depois de permanecer estável por alguns meses, voltou a cair recentemente, com o índice atual igual aos de 1977. O gráfico a seguir é sugestivo, o que pode justificar, de certa forma, os níveis apresentados acima, ao compará-lo ao número de americanos que viv

A Yellen levou um susto no metrô

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Hoje pela manhã, quando os dados de emprego foram publicados, é provável que a Yellen estivesse no metrô, dirigindo-se ao FED, e ao consultar seu Iphone ficou chocada. Inicialmente pensou que poderia ter um erro, mas não tinha. Eu havia comentado ontem que a publicação dos dados de emprego nos USA poderia gerar uma certa surpresa. E foi o que aconteceu, o resultado foi ruim em todos os sentidos, vejamos os detalhes: O número de vagas criadas foi de 142.000 muito abaixo de qualquer previsão dos 96 analistas consultados; As revisões dos meses anteriores também foram reduzidas de um total de 173.000 para 136.000. Como é visível no gráfico, a criação de novas vagas em 2015, cuja média é de 198.000 por mês, é sensivelmente inferior a de 2014, cuja média foi de 260.000. O pior é que vem decrescendo desde o pico atingido no final de 2014. A taxa de desemprego ficou estável em 5,1% e os salários também, com uma variação de 0,0%, quando se esperava uma alta de 0,2%. A média anual ret

A queda do Império Romano (Americano?)

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Um escritor americano, Charles Hugh Smith, muito citado em artigos financeiros, através de seu  blog  elaborou um post argumentando as razões da queda do Império Romano e sua semelhança com a situação atual. Extrai alguns trechos de seu trabalho. ..."Se você quer entender por que Roma declinou, não procure mais do que a decadência moral de elites dominantes"... ..."Existem muitas razões pelas quais o Império Romano caiu, mas duas causas principais que recebem relativamente pouca atenção, são decadência moral e o aumento da desigualdade de riqueza. Os dois são, naturalmente, intimamente ligados: uma vez que a moral das elites dominantes degradam, o que é meu é meu e o que é teu é meu também"... Segundo Michael Grant descreveu em seu livro A queda do Império Romano: " Uma situação apocalíptica se sedimentou, mas que precisaria uma solução radical. O Status Quo é uma atitude complacente das coisas como elas são, sem nenhuma ideia nova". Essa a