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Reprovado!

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Finalmente a tão esperada perda de grau de investimento aconteceu. Ainda faltam as outras duas agências, mas não se pode esperar que tenham uma reação diferente da Standard & Poor´s. Um recado que foi dado por essa agência foi a de colocar o Brasil em perspectiva negativa, o que quer dizer claramente, mãos a obra rápido. Primeiro é importante que se entenda como são as classificações de risco e o que elas implicam. Como podem notar é quase um abecedário! Hahahaha... Com o rebaixamento o Brasil voltou para o lugar em que sempre esteve antes 2008. A maior implicação é que, vários fundos de investimento em seus regulamentos não permitem investir em títulos sem grau de investimento. Isso não necessariamente significa que hoje uma batelada de papéis de empresas brasileiras serão liquidados, pois, uma coisa é a classificação de risco soberano do país outra coisa é a classificação de risco das empresas brasileiras. Um estudo do JP Morgan calcula que entre todos os títulos brasile

A Europa está na "moita"

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As notícias recentes tem deixado a Europa de lado, depois que a Grécia deixou de ser um problema. A China tomou a dianteira das manchetes como o grande problema da vez. Esta noite a bolsa de Tókio subiu a bagatela de 7,71%. Vocês podem se perguntar qual o motivo, sempre tem que ter um. FED, o mercado espera que não haja aumento de juros em setembro. Uma outra interpretação que simpatizo mais, é dada por um Banco de Investimentos, que apontam o fato de vários fundos estarem vendidos na bolsa, esperando que a Bolsa Chinesa continuasse caindo, o que acabou não acontecendo nos últimos dois dias. Voltando a Europa, embora o mercado dê como certo que a Grécia irá renegociar sua dívida com o BCE e FMI, ainda existem alguns pontos que são necessitam ser acordados, inclusive quem será o novo Primeiro-Ministro. Os dados do PIB mostrados a seguir, não são suficientes para que se fique eufórico, mas longe de serem depressivos, como pintava o quadro no ano passado. Numa análise individual de

Dinheiro não recebe ordens

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Hoje foi noticiado que a China perdeu US$ 94 bilhões de suas reservas no mês de agosto para segurar as cotações da sua moeda o Yuan. Depois da trapalhada no meio do mês de agosto, onde algum burocrata, notando que os dólares estavam saindo que nem água, resolveu tentar a via natural para estancar esse movimento, liberando as cotações. Alguma autoridade mais graduada ao constatar o "frissom" que essa ação causou, mandou dar meia volta e retornar ao que era antes. O recado dado é que o Yuan não estava ainda preparado para ser uma moeda livre. Observando-se o gráfico, fica claro que o movimento de perda de reservas não é algo novo, já vem acontecendo desde o final de 2014. De uma forma errônea a imprensa tem dito que, seriam os estrangeiros que estão por trás destes saques. Porém não é o que vem acontecendo, pelo menos em grande parte desse movimento. Na formação destas reservas acumuladas pela China, durante muitos anos, a maior parte foi obtida através do superávit ger

Empresa S.Ó.

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- David, tem um erro no título de hoje, você escreveu S.Ó., ao invés de S.A. Depois do Mosca completar quatro anos de existência, acho que é a primeira vez que você começa o post. A conclusão que posso tirar é que continua bem atento, mas as vezes muito afoito. Sua observação parece não estar errada, mas vou explicar mais a frente. Relaxa! Foram publicados os dados de emprego nos USA, com a criação de 173 mil novas vagas, abaixo da expectativa do mercado que era de 217 mil. Com o relatório mensal é informado a revisão dos meses anteriores, que nesse caso, adicionou 44 mil vagas. A taxa de desemprego caiu de 5,3% para 5,1%, nível mais baixo desde a recessão de 2009 e muito próximo do que se considera pleno emprego. Outro dado importante é o relativo aos salários, que subiram 0,3%, acima da expectativa do mercado que era de 0,2%. A média anual elevou-se para 2,5%, o melhor nível desde fevereiro deste ano. A primeira vista existe uma inconsistência nos dados, como uma criação

Política econômica por default

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A reunião da Rosenberg foi como vocês podem imaginar, os slides sobre as informações econômicas dos USA e Europa não tinham muitas novidades, pairando somente a dúvida se o FED subiria os juros em setembro. Mas mesmo que houvesse algum membro do FED participando da nossa reunião, a dúvida iria permanecer. Sobre a China também sem muitas novidades, uma vez que, existem dúvidas se os dados oficiais estão corretos ou são manipulados. Quando os dados de Brasil, e de todo o imbróglio político, uma alto grau de ceticismo tomou conta da sala, embora isso também não seja nenhuma novidade, pois basta ver a nossa volta o ambiente que vivemos. Ao analisar as contas públicas, item a item, ficou claro que no lado das despesas existe pouco a se fazer, pois 90% delas, são não discricionárias e estão vinculadas a reajustes da inflação passada ou às receitas. O gráfico a seguir coloca de maneira clara este problema, vejam que as receitas vem decrescendo desde 2012, quando a economia passou por cr

Braço de ferro

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Todo menino já brincou de braço de ferro. Para quem é do sexo masculino, lembra que quando algum menino te desafiava, provavelmente ele iria te vencer e vice-versa, nós escolhíamos quem seria o derrotado. Na sua casa o embate era muito difícil, pois ou era com o irmão mais velho ou com o pai. Mas o tempo estava a nosso favor, pois enquanto ficávamos mais fortes nosso pai ia no caminho inverso, até que o dia de glória chegava e a vitória era inevitável. Que legal ver nosso pai pedindo água! Ontem comentei sobre o movimento que a China está realizando em seus ativos internacionais, com a venda de títulos americanos, para gerar as reservas necessárias e manter a cotação do Yuan. Mas não é só na China que este movimento pode estar acontecendo. Durante os últimos anos vários Bancos Centrais se envolveram em programas de injeção de recursos pela intervenção no mercado de câmbio, afim de evitar uma valorização excessiva de suas moedas. Podemos citar a Suíça, Japão e até o Brasil (bons tem

Quando o empate é uma derrota

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Ao ler as manchetes pela manhã ..."A maior queda dos últimos três anos, reforçando o receio de uma retração mais forte, mesmo com uma enxurrada de suporte do governo"..., achei que os dados do PMI, publicados pela China, tinham sido um desastre. Até aquele momento eu não sabia qual era o nível, uma indicação abaixo de 50 significaria contração. No mês passado esse número estava em 50, no zero a zero. Quanto se poderia esperar para tanta preocupação, 40? Qual não foi minha surpresa quando soube que o resultado foi 49,7. Será que esse número é indicação de uma catástrofe? Não quero defender que não se deva ficar preocupado, afinal deveria estar melhorando e não piorando, mas não dá para ficar assustado, pelo menos ainda. Também foi publicado o índice relativo aos serviços que também sofreu queda de 53,9 para 53,4, um quadro mais confortável para esse indicador. Notem que estes dados são os publicados pelo governo, e eu tenho postado que, existe muita desconfiança