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A Matemática das Finanças

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Com certeza você já sentiu aquela raiva, quando se deparou com um investimento que foi muito bom e você não tinha nenhum centavo investido. Se é um amigo conta essa vantagem, pior ainda. Mas nem sempre o que mostram os números, é o que acontece na prática. No título de hoje não houve um erro de tipografia, pois você poderia imaginar que o correto seria matemática financeira. A diferença é que está última ensina como se calculam juros compostos, desconto de cash-flow, taxa interna de retorno e etc....O que eu quero dizer com a matemática das finanças, é como usar esses conceitos numa carteira de investimentos. Vou me basear num estudo feito sobre a bolsa americana por Lance Roberts, mas seus princípios são válidos em qualquer lugar. O primeiro grande mito, é que investir na bolsa gera retornos positivos no longo prazo. A contestação deste mito é mais observável aqui no Brasil, com as elevadas taxas de juros, alto nível de inflação, os investidores sentiram na pele. Em todo caso,

A montanha vai a Maomé

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Os últimos dados publicados nos USA são mais animadores, parece que o efeito "frio" era verdadeiro. No post  ferias-em-Cuba , eu propus uma solução que poderia ser colocada em prática, para resolver a queda do PIB no inverno americano. Vejamos o que de tão animador aconteceu. Naquele post inclui um gráfico que compara a previsão feita pelo Federal Reserve de Atlanta com a projeção dos economistas. Enfatizo que, o grau de acerto dessa unidade do FED, tem sido tão grande, que é a maior ameaça para o Mosca! Hahahaha... As vendas no varejo recuperaram parte da queda que ocorreu no 1º trimestre, como se pode notar a seguir. Quanto à previsão feita pelo mercado, de quando o FED deve começar a subir os juros, setembro próximo passa a ser a maior aposta, e se a Christine Lagarde do FMI não gostar, problema dela. A mais recente atualização da comparação entre a projeção do PIB feita pela Federal Reserve de Atlanta e os analistas, mostrou um fato inédito. Frequentemente, o

Lei de Murphy é fichinha

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Se Edward Murphy fosse vivo, teria a comprovação de sua lei com pompa. Bastaria acompanhar o que vem acontecendo com o governo brasileiro. O teor de sua lei é muito claro: "Se algo pode dar errado, dará". Só para listarmos alguns itens: Inúmeros processos de corrupção envolvendo o governo "passado"; descontrole sobre sua base política; economia em recessão; indústria em queda há muitos meses, ameaça de alta de juros no USA; possibilidade de falta de água em alguns estados; elevação do custo da energia em ritmo de bolha; juros na estratosfera e subindo, desvalorização cambial; alta da inflação. Será que precisa mais? Não é atoa que a Presidente Dilma resolveu fazer exercícios e perdeu 15 quilos, sem isso, provavelmente já estaria em depressão. Ontem foi publicado o IPCA de maio e ficou acima das expectativas, apontando uma variação no mês de maio em 0,74%, e uma taxa anual de 8,47%. Ninguém lembra, ou não quer lembrar, que a meta é de 4,5%. O grande responsáv

A vaca está velhinha

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Há quase quatro anos eu publiquei um post esta-na-hora-de-procurar-outra-vaca , alertando para uma possível mudança na área financeira. Naquele momento, enxergava um esgotamento do modelo financeiro, e fiz uma afirmação que o boom desta área estava por terminar. Isso acontecendo, os empregos tão desejados para atuar neste segmento, iriam diminuir. Vejam o gráfico que publiquei, naquela data. O índice Dow Jones encontrava-se ao redor de 12.000 e nestes quatro anos subiu 48%. Então ou minha projeção foi totalmente errada, ou na melhor das hipóteses o timing muito, muito adiantado. Mas as notícias de diminuição de empregos na área financeira acabaram acontecendo, como comentei em diversas ocasiões depois disso.  Ontem o HSBC anunciou uma remodelação geral de seus negócios no mundo, inclusive com a venda de sua subsidiaria no Brasil. Estima que estará reduzindo sua força de trabalho em 50.000 funcionários, é um número expressivo. Alem desse Banco, de tempos em tempos, temos no

Ventos gelados da Ásia

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Hoje o post vai ser mais curto por motivos de agenda, então vamos direto ao assunto. Na noite passada foram publicados os dados de inflação na China, e mostraram índices baixos. É de conhecimento de todos a elevada capacidade de produção da China, e que o esperado aumento da demanda interna para suprir a queda do comércio internacional, não vem acontecendo como o esperado. Não cresce no quesito produtos, mas em termos de investimentos na sua bolsa de valores, vai "de vento em poupa". Assim, ao invés de comprar carros estão comprando ações! Com as altas recentes, o valor de mercado já é o 2º maior do mundo, atingindo a marca de US$ 10 trilhões. A inflação ao consumidor foi de 1,2% a.a, um pouco abaixo da esperada. Porém, são os preços no atacado que mais preocupam, com uma deflação de 4,6% a.a. Diferentemente das moedas do G7, a moeda chinesa vem apresentando estabilidade em relação ao dólar. Neste ponto de vista, a queda no preço por atacado, permite com que os pr

Home sweet home

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O mercado imobiliário americano é um setor importante para as bases de crescimento econômico, pois representa como um todo, aproximadamente 10% do PIB e gerador de empregos. Muitos analistas consideram a bolha imobiliária como a responsável pela recessão de 2008. Alan Greenspan, ex-Presidente do FED, ao se deparar com a bolha da internet, resolveu incentivar o mercado imobiliário, reduzindo as taxas de juros no inicio dos anos 2000, com o objetivo de evitar uma crise maior. O gráfico a seguir, dá uma dimensão da alta no preços dos imóveis ocorridos até o final de 2007, e a sua evolução depois disso. Aqui vale aquela frase: "o copo está meio cheio ou meio vazio". Se levarmos-se em consideração os preços máximos atingidos, a recuperação recente está muito distante, algo em torno de 25% abaixo. Se por outro lado, considerarmos que a alta foi uma distorção, talvez os níveis atuais sejam mais reais. Não podemos deixar de considerar, que as taxas de juros nunca estiveram tão

FMI na contra-mão

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O mercados estavam em pleno funcionamento ontem e hoje, como já havia antecipado. Eu não pretendia postar, mas dois fatos chamaram a minha atenção: A publicação dos dados de emprego e as declarações da diretora geral do FMI, Christine Lagarde. Embora não devessem ter relação, acabaram tendo. Inicialmente vamos aos dados do trabalho. Foram criados 280.000 vagas de emprego e a taxa de desemprego ficou em 5,5%, um pouco acima do mês passado. Um resultado sólido e acima das expectativas do mercado. Outro dado positivo, foi o aumento médio dos salários por hora de 2,3% a.a.. Este resultado projeta inflações mais elevadas no futuro. Outra informação de grande importância para o FED é o  participation rate , que indica a proporção de americanos trabalhado em relação ao total da força de trabalho. Este índice também teve uma melhora marginal para 62,9%. Como este indicador vem declinando recentemente em função de fatores cíclicos (recessão) e demográficos (população envelhecendo e jove