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Chamem Karl Marx

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A juventude é a fase da vida onde muitos sonhos emergem, e um deles é que a sociedade é injusta e tanto faz qual ela seja, comunista, socialista, democracia, e etc... Si hay gobierno yo soy contra!...  Mas isso passa, e quando nos tornamos adultos fica mais clara qual a escolha que mais nos agrada. Dentre as várias teorias de como o governo deve-se organizar, a do escritor, filósofo, sociólogo e economista Karl Marx faz parte de qualquer curso de economia. Ele chamou o capitalismo de " a ditadura da burguesia", acreditando que seja executada pelas classes ricas para seu próprio benefício. Previu que, o capitalismo produziria tensões internas que conduziriam à sua autodestruição e substituição por um novo sistema, o socialismo. -  Xiiii, não estou gostando desta conversa! Fica tranquilo não virei "comuna", mas as situações dos dias de hoje, são preocupantes. Vocês já devem estar cansados de saber que, a economia americana não entrou em colapso porque o FED inu

Onde está Wally

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Muito se tem falado sobre a queda do partcipation rate no mercado de trabalho americano, este indicador mede qual a proporção de cidadãos que estão trabalhando comparado com o total da população. Como pode-se ver a seguir, este índice está em queda desde o ano 2000, porém acelerou-se após a recessão de 2008. A grande dúvida que fica no ar é se estas pessoas retornariam ao mercado de trabalho no futuro, quando o emprego criado for acima do nível de crescimento da população. A quantidade estimada é de 5,8 milhões de americanos nesta situação. Efetuando-se a estratificação por faixa etária,  nos leva a algumas hipóteses, 30% do total tem uma idade superior a 55 anos, neste grupo é possível que estas pessoas decidiram se aposentar antecipadamente em função da falta de oportunidades, assim nunca mais retornariam ao mercado de trabalho. Porém, os outros 70%, com idade inferior a esta, espera-se que em algum momento retornem. O cálculo correto de qual seria a taxa de desempreg

Eu avisei!

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Quem já não ouviu inúmeras vezes esta frase? Quando era menor e saia de casa, minha mãe sempre dizia, filho leve uma malha. Tanto faz se a temperatura estava a 10ºC ou 30ºC, era um call sem custo para ela, pois se não esfriasse nem lembrava, mas se eu voltava com o nariz escorrendo, disparava: Eu te avisei! Alguns dias atrás me comprometi a fazer uma análise mais profunda do SP500, e hoje chegou o dia, não que tenha acontecido algo que mereça um cuidado adicional, mas a situação é delicada como vocês verão a seguir. Inicialmente, listo alguns pontos levantados por Lance Roberts, uma analista que tem uma visão bastante cética em relação à economia americana, e como consequência a bolsa de valores. 10 Sinais de perigo de um mercado exuberante 1. Grande expectativa da aceleração do PIB e do lucro das empresas. 2. Elevado número de IPO´s de companhias especulativas e sem lucro. 3. Movimentos parabólicos nos preços de alguns setores "quentes". 4. Vários par

Cry for me, Argentina

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Passei o feriado de Carnaval na Argentina e depois das esplendorosas paisagens da Patagônia, fui a Buenos Aires passar dois dias. Foi aí que pude ter uma ideia dos estragos causados por sua Presidenta Cristina Kirchner. Para quem já conheceu o país vizinho no passado, nota nas ruas uma visível degradação. Chegando ao hotel, me foi entregue um papel contendo os cuidados necessários ao sair nas ruas: Não portar nada de valor, relógios, pulseiras e etc.., não caminhar em lugares suspeitos, e assim vai, quase recomendando que não se saia a pé. Em seguida o concierge explica que existem 2 câmbios: O oficial, onde 1 dólar vale $7,80 pesos e o dólar blue,  fica mais chique, o mundialmente conhecido por "black", que vale aproximadamente $11,00, um pequeno ágio de 41%, mas fica a seu critério qual usar, essa é boa! Perguntei como se poderia ter acesso ao blue,  e ele me entregou um cartão com um endereço. Resolvi ir até lá, e posso dizer que é bizarro, localizado numa galeria de u

Deflação 101

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Um relatório sobre deflação produzido pelo Gavekal, renomada empresa de consultoria econômica, traz explanações sobre o assunto, que vou resumir. Praticamente todos os dias, alguma publicação sobre este assunto é publicada, e o motivo são os baixos níveis de inflação em quase todos os países desenvolvidos. Conceitualmente deflação significa queda de preços, e não queda da atividade econômica. Assim, deflação é um situação muito boa para os consumidores, mas pode ser ruim para os produtores se o "preço" pago pelo Capital é superior ao crescimento do lucro. O que ele quis dizer é que, se uma empresa tem que reduzir seus preços, mas se o seu lucro cresce, ou por que o volume aumenta, ou o custo unitário cai, seu lucro será maior, é o que eu chamo de deflação boa. O Capitalismo tende a ser muito deflacionário e expansionista ao mesmo tempo, enquanto as despesas do Governo tendem a ser inflacionária e recessiva. Quando o Governo decide, ou é forçado a diminuir despesas, induz

Sucesso de vendas

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Nos últimos dias abordei os custos que estão implícitos ao se fazer uma operação de compra de USDBRL, e como devem ser encaradas as operações de hedge, muitas vezes com premissas erradas levando a prejuízos indesejados. Recebi elogios de leitores, que em alguns momentos se encontravam em situação semelhante. Mas a repercussão foi muito maior do que eu imaginava, o faturamento do mosca bateu recorde histórico! Um sucesso de vendas! Hahahahhah... - David, parece que é você, que está embriagado pelo sucesso, como chegou  nesta conclusão? Veja a matéria publicada no Jornal Valor de hoje:  custo-elevado-reduz-procura-por-hedge , o título por si só já dá uma ideia do seu teor, que versa sobre o desinteresse das empresas em renovar suas operações de hedge, bem como uma sistemática para calcular seus custos. Além do mais, imagino que o reporter que fez esta matéria não leu o post confusão-patrimonial , pois veja o que ele escreveu ... Dessa forma, com o dólar perto de R$ 2,34, uma ope

Yuan: Queimando nas mãos

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O mosca está atento aos acontecimentos na China, e mencionei que é necessário que nada de mais grave aconteça por lá. Que o índice da bolsa lá, vai de mal a pior, vocês já sabem. Mas já alguns dias um movimento na moeda Chinesa, o Yuan, vem apresentando uma trajetória que merece atenção. Alguns argumentos surgem para tanto: Redução dos recursos considerados como hot money,  que acarretaram em aumentos excessivos nas reservas do país; uma melhor preparação do Yuan para se tornar uma moeda conversível de uma forma mais balanceada; O Yuan forte não é compatível com um cenário mais sombrio para os países emergentes. É verdade que a magnitude de queda da moeda Chinesa em 2014, que está com a escala invertida no gráfico para facilitar a leitura, é pequena,da ordem de 1,5%. Mas é visível que a volatilidade elevou-se mais recentemente, em comparação com a do passado. Isto, de certa forma, também explica a diminuição dos títulos americanos detidos pelos chineses, conforme mencionado no