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A ilógica imobiliária

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O FED está colocando todas suas fichas na recuperação da economia americana, usando o estímulo monetário, afinal é como os consumidores agiram nos últimos cinquenta anos, contraindo dívidas. No final da década de 90, uma das formas mais criativas para obter empréstimos era através de seus imóveis, a sistemática era simples, ao adquirir um imóvel normalmente pagava-se 10% como entrada e o restante era financiado por até 30 anos.  A título de exemplo imaginemos que o mesmo valia US$ 200.000,00, como o mercado estava aquecido os preços subiam em média 15% ao ano, então após 3 anos valia US$ 300.000,00, mesmo tendo ainda uma dívida a vencer, os bancos consideravam que aquele imóvel já tinha um valor mais elevado, e por conta disso ofereciam um empréstimo adicional de US$ 100.000,00, partindo do pressuposto que os preços não iriam cair. Esta modalidade era chamada de NEW ( New Mortage Withdraw) , e a partir daí, era só continuar gastando. Vejam no gráfico abaixo a evolução des

Irã: Problemas internos

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Desde de Julho deste ano, o Irã está sob severas sanções aplicadas pelos países Ocidentais, nas exportações de petróleo e importações de bens básicos. Os efeitos vêm sendo sentidos principalmente nos últimos dias, e ocasionando a queda do rial, moeda local. O Banco Central, já não deve ter mais dólares para honrar seus compromissos. Há 2 semanas, a autoridade monetária teve uma ideia de girico, quando abriu um centro de divisas, que se comprometeu a vender dólares 2% mais barato que no câmbio negro, o que aconteceu é que os Iranianos correram para trocar suas divisas formando filas gigantescas, e tornou mais visível a gravidade da situação. Já iniciaram os protestos de ruas, pois os alimentos vêm subindo em ritmo acelerado. O Governo tem poucas armas para combater este processo, que tende a culminar com uma hiperinflação e consequências imprevisíveis. A grande questão será se o povo Iraniano culpará seus líderes pelo que aconteceu, ou haverá um novo foco de revolta contra o

CDI em baixa

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Eu venho enfatizando em vários posts dos quais destaco o-governo-combinou-com-os-russos ,  surprise , que investir em CDI não iriá propiciar retornos interessantes para o futuro. O motivo principal atrás desta afirmação, é a forma como vem sendo conduzida a política econômica neste Governo, que prioriza o crescimento da Indústria a qualquer custo, onde uma das medidas é a queda da taxa de juros. Eu sei também, que hoje qualquer BC do mundo, está procedendo da mesma forma. A título de exemplo, o FED além de não pagar juros nenhum, envia helicópteros sem limite, a diferença é que aqui, diferentemente dos USA, a taxa de desemprego está nas mínimas históricas. O Wall Street Journal publicou uma matéria enfatizando que os investidores, apostando em mais más notícias para nossa economia, estão comprando títulos brasileiros indexados à inflação. O Investidores dos mercados emergentes estão preocupados que o Brasil pode perder seu frouxo controle da inflação, para incentivar sua ec

Novos "buracos" na economia

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Quem mora em São Paulo está acostumado com a quantidade de buracos nas ruas. A prefeitura, quando a situação fica insustentável, realiza um trabalho “ meia boca” de recapear , e assim vamos vivendo de buraco em buraco. No processo de desalavancagem, existe uma certa semelhança, pois cada dia surgem novos “buracos”.  O FED e seus pares tomaram medidas, a fim de evitar que os países fossem engolidos por uma cratera, entretanto não tem como evitar o aparecimento de novos buracos, e o que apareceu hoje é grande, bem grande. Nos USA é muito comum os bancos financiarem os estudantes universitários. Era um bom negócio para os bancos, pois as garantias eram a existência de bons empregos com salários crescentes. O economista David Rosenberg, publicou um relatório onde aponta que uma nova bolha, dos empréstimos a estudantes, está se formando, e por conta disso questiona a retomada na compra de imóveis. Observem como evoluíram os: Empréstimos, ajuda do Governo, mensalidades e renda pe

Tempos Modernos I

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Como seria o filme Tempos Modernos se Charles Chaplin vivesse nos dias de hoje? O brilhante ator refere-se a uma crítica ao modernismo e ao capitalismo representado através da industrialização, onde o operário robotiza-se a uma rotina baseada na incansável linha de montagem de uma indústria. As grandes empresas dos países desenvolvidos, já há algum tempo, terceirizaram suas indústrias. Hoje suas economias, em sua maioria, estão no setor de serviços. Assim Tempos Modernos I, deveria ter um funcionário monitorando uma série de telas de controle e ao mesmo tempo grudado em seu Blackberry, respondendo emails até altas horas da noite. Em sua família cada um por si, a mulher no trabalho também sob tensão, os filhos na busca do prazer infinito e imediato, se perdem no mundo das drogas e bebidas. Seria assim? Não parece nada recompensador a busca incessante por riqueza! Depois desta divagação, quero chamar a atenção para algo que não deve ser novidade, mas a sua quantificação impli

O Bernanke só pensa naquilo

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Quem não lembra do Chico Anysio em seus inúmeros personagens criados? Não se faz mais humoristas como antigamente, não é saudosismo, mas realidade, afinal hoje em dia dificilmente assiste-se televisão, com  exceção  das novelas! A atriz já falecida Zezé Macedo, que é recordista feminina no Brasil em participações de cinema, fazia o papel de Dona Bela, a aluna puritana, que usava a frase:... Ele só pensa, Naquilo... O Ben Bernanke, Presidente do poderoso Banco Central Americano declarou que o desemprego tem que cair, custe o que custar. Então será que ele,  Só pensa, naquilo? Ou melhor nos empregos? Hahahahahah..... Bem como esta é a tônica do FED, vamos acompanhar de perto o assunto. O gráfico a seguir apresenta a criação de empregos em diversos países que passaram por uma crise financeira. Eu marquei a Finlândia e Suécia, que passaram por um stress financeiro enorme, em 1991 a taxa de juros no over-night chegou a 400% a.a., padrão brasileiro! Qual o motivo? O câmbio

Bons conselhos

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Hoje é o dia onde são publicados os PMI  da indústria manufatureira, e os dados vindos da Europa não são nada animadores, com exceção da Alemanha. Desconsiderando os países onde já eram esperadas quedas, vejam o da França. Neste final de semana, várias manifestações contra mais apertos foram realizadas no velho Continente, inclusive na França, que implementou na semana passada um aumento expressivo nos Impostos. A título de informação, para os rendimentos acima de 1,0 milhão de euros, a alíquota do imposto de renda foi para 75%! Eu entendo que o Hollande queria taxar os ricos, mas com está nível de alíquota, o que ele vai conseguir é expulsar os ricos daquele país! Abaixo o mesmo dado (PMI), para a Alemanha. O que eu me pergunto é, por quanto tempo é possível a Alemanha ficar bem e o seus vizinhos sem esperança, parece que em algum momento a corda romperá. Barry Ritholtz é uma anlista experiente e publicou um artigo com o título: Em investimentos pense