O duelo



Acredito que no curto prazo não tem nada mais importante do que acompanhar o desenrolar das ações tomadas por Trump, no campo de impor taxação nas importações americanas. É tão importante que, mesmo que o STF libere Lula de ser preso, ou quiçá dê condições para que ele concorra às eleições, se houver uma guerra comercial entre China X EUA, a situação econômica mundial pode se alterar significativamente.

Sobre o STF, publiquei uma nota nos meus meios de comunicação que transcrevo a seguir

 “Você está decepcionado com o STF? Na verdade, está decepcionado com você mesmo!
Certa vez, minha saudosa analista em situação semelhante, me explicou que alguém que já mostrou exaustivamente agir de forma diferente da que você considera correta, é torcida. Você sente raiva de você mesmo. As pessoas não mudam só para te satisfazer!
O STF NÃO VAI MUDAR!
O presidente de uma empresa é contratado para gerir uma companhia da melhor forma. Os acionistas quando o escolheram acreditavam nisso. Agora se os resultados decepcionarem, I’m sorry, será substituído.
É isso que temos que lutar: SUBSTITUIR OS MINISTROS
Meus amigos advogados que pensem como fazer, imagino que não seja fácil, mas mudanças são difíceis.
Agora se nada for feito, podem esperar o mesmo tipo de decisão, essa sim é previsível, basta ver o histórico. Pensando assim, vocês não irão se irritar mais.
Lanço o tema: MUDANÇA DOS MINISTROS DO STF

Vejamos o que aconteceu neste final de semana referente ao assunto principal.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse a convidados estrangeiros no Fórum de Desenvolvimento da China que não haveria "vencedor" em uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Em relação ao desequilíbrio comercial existente, a China e os EUA devem buscar equilíbrio por meio do crescente volume de comércio "Fechar a porta aos outros também bloqueia o próprio caminho". Li foi citado como afirmando que "Made in China 2025" é promovido em um ambiente aberto. Prometeu que a China vai se expandir ainda mais, aprender tecnologia avançada e experiência de gestão de países estrangeiros e fortalecer a cooperação em serviços tecnológicos, e talvez o mais importante para Trump, a China fortalecerá a proteção à propriedade intelectual e não obrigará empresas estrangeiras a transferir tecnologia.

Então - em resumo - a China diz "desculpe ... nós consertaremos ... nós prometemos"

Aqui está um resumo do resto das notícias do fim de semana, cortesia de Ransquawk.

No fim de semana, a administração americana Trump teria enviado uma carta do secretário do Tesouro dos EUA, Mnuchin, e do representante comercial Lighthizer à China, buscando redução das tarifas da China nos EUA, mais acesso ao setor financeiro da China e mais compras de semicondutores nos EUA. A China estaria discutindo o acesso aos mercados chineses.

O embaixador da China nos EUA afirmou que a China está analisando todas as opções em resposta às tarifas dos EUA, incluindo a redução das compras do Tesouro (meu destaque), enquanto o embaixador reiterou que a China não quer uma guerra comercial, mas está pronta para responder se a situação aumentar. Além disso, houve comentários separados do ex-vice-ministro do Comércio, Wei, de que a China pode considerar a adição de tarifas a aviões e chips de computadores dos EUA.

Em relatórios recentes, a China deve finalizar as regras sobre maior propriedade estrangeira de empresas de valores mobiliários até maio, como parte dos esforços nas negociações comerciais com os EUA, e se ofereceu para comprar mais semicondutores dos EUA, desviando as compras da Coréia do Sul. O Ministério do Comércio da Coréia do Sul disse que concordou em princípio com os EUA em um ALC revisado e que, os EUA concordaram em isentar a Coréia do Sul das tarifas de aço.

Finalmente, notamos que o arquiteto da Guerra Comercial, Peter Navarro, está sendo entrevistado na Bloomberg Radio e observou que "somos livres-comerciantes", acrescentando que o sistema global precisa ser consertado. Navarro também apontou que Trump quer um corte de US $ 100 bilhões na lacuna comercial entre EUA e China em 2018 - mais de 25%!

A carta enviada para a China comentada acima aliviou parcialmente os mercados pela manhã, mas não sei qual será a reação desse país. Eu frisei acima a possibilidade de a China reduzir sua compra de títulos americanos. Hoje esse país é o maior detentor desses papéis. Embora o montante exato não é sabido, estima-se algo próximo de U$ 2,0 trilhões. Além disso, teria uma outra forma de atacar os americanos, ao colocar por exemplo sanções para a Apple no mercado Chinês, que poderia afetar significativamente suas cotações.

Por enquanto o mercado se tranquilizou um pouco, mas tecnicamente eu espero mais quedas do SP500, veja no post H2O, meus comentários técnicos com respectivos níveis.

Antes de entrar na análise técnica, queria complementar a informação postada no post FED:GO!, sobre a forte elevação da taxa LIBOR comparativamente ao OIS. O gráfico abaixo mostra claramente que o problema está acontecendo somente com o dólar.


Uma explicação fornecida por um analista é que pelas novas leis lançadas pelo governo americano recentemente na redução de impostos, “penaliza” bancos estrangeiros de emprestar dólares de sua matriz, obrigando-os a captar seus recursos nessa moeda, dos bancos americanos nos EUA. Isso por si só é um deslocamento importante que estaria afetando a liquidez, além de tornar menos competitivos essa categoria de bancos quando comparados aos bancos americanos na oferta de crédito aos clientes. Veja a seguir os volumes captados da forma antiga pelos principais bancos estrangeiros.


No post semana-dos-BC's, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” Na linha verde o dólar respeitaria o triangulo. Isso implica numa queda das cotações, a partir do nível compreendido entre R$ 3,30 e R$ 3,32. A outra hipótese está apontada em vermelho, aonde o triangulo perderia validade e a correção teria uma outra formatação Flat. Nesse caso, o nível de venda estaria ao redor de R$ 3,50” ... ...” mesmo se, o triângulo fosse rompido para cima, não mudaria minha opinião sobre o movimento de queda do dólar, que deveria acontecer em outro nível” ... ...” mas posso estar errado, e a alternativa verde prevalecer” ...


Inacreditavelmente, o dólar está estacionado alguns dias no primeiro intervalo R$ 3,30 – R$ 3,32, como se cutucasse os leitores do Mosca, ou ele próprio, a se definir, se vende ou não vende. Minha resposta, não vende!


Poderia ver essa indecisão sob dois ângulos, uma que está preparando para dar um salto, e outra que não consegue romper, como não sou adivinho, vou esperar o mercado me contar o que quer fazer. No caso da alternativa apontada em vermelho anteriormente, destaquei no gráfico que, tecnicamente existe uma convergência nesse patamar de R$ 3,50, sob duas óticas distintas, o que dá um pouco mais de força para esse nível.

O nível de R$ 3,35 poderia também ser um ponto de termino dessa pequena alta, como se acontece uma “falha” na ruptura do triângulo. Vamos acompanhar por enquanto sem posição ainda definida, pelo menos o Mosca.

O SP500 fechou a 2.658, com alta de 2,72%; o EURUSD a 1,2450, com alta de 0,80%; o USDBRL a R$ 3,3065, com queda de 0,15%; e o ouro a U$ 1.353, com alta de 0,50%.

Fique ligado!

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