2017: O Ano do bitcoin


No último dia do ano, o Mosca tradicionalmente faz o seu balanço anual. O saldo final apresentou um ganho de 3,87%, um resultado fraco levando-se em consideração as oportunidades oferecidas. Isso foi consequência de dois fatores, primeiro a crença no início do ano que o dólar iria se fortalecer perante as outras moedas, e aqui estou me referindo ao “dólar-dólar”; segundo, e mais importante, o caso Joesley que ao ser revelado originou forte desvalorização dos ativos brasileiros. Esse último fator foi responsável pela maior queda nas posições individuais, representando uma diminuição no resultado final superior a 13%.

- David, se você não usasse stoploss não teria perdido nada! Os ativos de recuperaram depois de algum tempo.
Você está observando isoladamente essa situação, e o que teria acontecido com as outras em que fomos stopados, e os ativos continuaram a cair? O stoploss existe para evitar perdas incontroláveis, mas está sujeito a situações como essa. Não abro mão dessa ferramenta.


Nada chamou mais a atenção que os bitcoins em 2017, o ano de maior loucura especulativa. Cotada a U$970 no início, subiu até U$20.000 aproximadamente, uma valorização fantástica de 2.000%! Essa evolução foi pontuada por cinco quedas de no mínimo 30%, incluindo a de dezembro cuja depreciação chegou a 45%.

A febre que surgiu na primavera veio com muitas advertências: o CEO da JPMorgan, James Dimon, chamou o bitcoin de uma fraude, enquanto o Warren Buffett questionou se os governos deixariam continuar a especulação.

Mas os investidores ignoraram amplamente esses comentários, inflando as cotações do bitcoin e mercados relacionados.

Havia outros fatores importantes: o Japão introduziu novas regras em torno do comércio de bitcoin, dando-lhe status como uma rede de pagamentos. Nos Estados Unidos e em outros lugares, o crescimento dos pagamentos móveis tornou os consumidores mais curiosos sobre se o bitcoin fazia sentido para eles.

Na última semana de dezembro, tudo se inverteu rapidamente. Depois de chegar próximo de U$ 20.000, os preços caíram, negociando tão baixo quanto $ 10.830 em 22 de dezembro. Essa venda inundou todo o mercado, apagando algum fervor especulativo.

Um ano novo se inicia e não parece que será muito diferente para a bitcoin e as outras cryptocurrencies. Mesmo que essa bolha especulativa desinfle e os preços atinjam patamares entre U$ 2.000/ U$ 4.000, o assunto não deverá sair dos noticiários. Ou quem sabe, chegue a marca de U$ 50.000 ou quiçá U$ 100.000, afinal, em movimentos desse tipo, tudo é possível.


Feliz 2018! 

Comentários