Goldilocks é agora
Existe um
termo em inglês que caracteriza uma situação econômica particular: Goldilocks:” An economy that is not so hot that it causes inflation, and not so
cold that it causes a recession. There are no exact markers of a Goldilocks
economy, but it is characterized by a low unemployment rate, increasing asset
prices (stocks, real estate, etc.), low interest rates, brisk but steady GDP
growth and low inflation”.
Como não existe uma marca explicita analisemos alguns
parâmetros da economia americana:
·
Baixo desemprego – OK
·
Alta de preços dos ativos (ações, imóveis, etc.
...) – OK
·
Juros baixos – OK
·
PIB estável – OK
·
Baixa inflação – OK
Além das condições atuais se enquadrem perfeitamente, um
outo atributo também surge, a de que nesses momentos nada de muito diferente
acontece.
Tenho conversado com alguns analistas e gestores ultimamente
e a sensação é a mesma, nada de relevante acontece, cada dia é muito semelhante
ao anterior, com pouca movimentação dos ativos.
Neste cenário passa a ser difícil encontrar assuntos de
interesse aos leitores. Também acredito ser um problema para todos os meios de
comunicação. Se vocês notarem, nem as notícias da lava jato tem a mesma
importância que no passado. Sobram as manchetes da vitória do Corinthians sobre
o Palmeiras neste final de semana, como se já fosse o Campeão do Brasileirão, o
que ainda não é o caso, pois faltam seis rodadas.
Complementando as informações de emprego, o gráfico a seguir
dá uma boa dimensão de como a economia americana depende das pequenas e médias
empresas, o que é muito saudável.
Em termos de diferença entre os mais ricos e os mais pobres,
dentre as economias do G10, salta os olhos com surpresa os dados da
Grã-Bretanha, com a maior diferença entre todos os países, inclusive os EUA.
Em termos de extrema pobreza o mundo evoluiu muito nos
últimos dois séculos. Em 1820, 94% da população vivia em extrema pobreza. Já
hoje em dia esse percentual é inferior a 10%.
A cotação do Bitcoin não para de subir, com o nível superior
a U$ 7.000, está fazendo a alegria de seus detentores. Seguramente essa é a
maior bolha da história da humanidade em termos de alta percentual. A seguir a
principais bolhas ocorridas no mercado financeiro. Nenhuma chegou perto da alta
observada nestes últimos sete anos da Bitcoin.
Um dos motivos é sua pequena representatividade quando
comparado aos outros ativos financeiros, e grande visibilidade adquirida
através da mídia.
Não tenho mais nada a acrescentar sobre o Bitcoin, a grande
coqueluche do momento. Só o tempo poderá comprovar ou não minha tese de tratar
se de uma bolha, além de não ser uma moeda de troca. Mas isso pode demorar e
suas cotações continuarem subindo por tempo indeterminado. Nesse final de
semana recebi um relatório contendo um trabalho baseado em análise técnica da
mesma. Ali, nenhuma indicação de queda no horizonte, ao contrário, esse
analista visiona novas altas acima de U$ 8.000.
No post detalhes, fiz os seguintes comentários sobre o
dólar: ...” para seu conforto de que a
alta já terminou, o dólar deveria cair abaixo de R$ 3,20 nos próximos dias.
Enquanto estiver entre R$ 3,20 – R$ 3,30, encontra-se no vulgo caixão, termo
usado no jogo sete e meio (em desuso). Acima desse último, ainda vai sofrer um
pouco, desde que não ultrapasse R$ 3,50” …. Na sexta-feira o dólar atingiu
a máxima de R$ 3, 3350. Isso seria suficiente para declarar o termino desta
correção?
Não ainda, no gráfico acima apontei duas possibilidades onde
no caso (A), que tem minha preferência, espero mais uma alta. Caso eu esteja
correto, o dólar poderia atingir o nível de R$ 3,43/3,45, bastante próximo de
R$ 3,50. Esse nível se rompido, coloca o dólar sob uma nova tendência de alta.
Já o caso (B) indica que a queda estaria em curso rumo a níveis inferiores a R$
3,03, atingido em fevereiro de 2017. Essa última hipótese ganha força com o
dólar abaixo de R$ 3,20.
- Boa David, essa você
não tem como errar! E o que nós fazemos?
Veja amigo, quando não tenho certeza, ou o risco X retorno
não parece atrativo, só me resta esperar o mercado dar mais indicações. Em todo
caso, se você quiser fazer uma “apostinha” sugiro comprar dólares se as
cotações atingirem R$ 3,26 com stoploss a R$ 3,20, para buscar R$ 3,43, fica a
seu critério.
O SP500 fechou a 2.591, com alta de 0,13%; o USDBRL a R$
3,2494, com queda de 1,96%; o EURUSD a € 1,1609, sem alteração; e o ouro a U$
1.281, com alta de 0,95%.
Fique ligado!
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