Consulte a cartomante
O próximo ano será cercado de algumas dúvidas que podem ter
um impacto importante nos preços dos ativos. No Brasil, saber quem será o
próximo Presidente da República seguramente é uma informação preponderante para
a carteira de investimento. Aliás, no meu caso, se o próximo presidente for o
Lula, vou escrever o Mosca de outra
parte do mundo. Internacionalmente, o elemento de maior risco será a execução por
parte dos bancos centrais da retirada do excedente de recursos injetados a partir
da crise de 2008.
O gráfico a seguir computa o volume total de ativos detidos considerando
os maiores bancos centrais, inclusive o brasileiro, num período de 12 meses. Notem
que, nos últimos 2 anos, o ECB foi o banco central que mais injetou recursos – em
verde. Nesse período houve uma injeção liquida de U$ 2,0 trilhões, que agora está em
rota descendente, atingindo a neutralidade ao final de 2018.
O ganhador do prêmio Nobel de economia, Richard Thaler, diz
não entender como a volatilidade pode estar tão baixa no mercado de ações. Um
dos motivos aceitos pelos investidores é consequência da injeção de liquidez
por parte dos bancos centrais. Essas entidades durante o período que sucedeu a
grande crise de 2008, agiram sempre que algum risco se mostrava vulnerável. Mas
não removeram esse excesso quando a situação se normalizava.
As tendências reais de crescimento e inflação podem ser
compatíveis? Depois de todas as medidas americanas estarem na perfeita zona denominada
de Goldilocks – nem muito aquecidas nem muito frias - podemos ter passado
o ponto em que a inflação estaria em seu ponto mais deprimido.
Os bancos centrais são susceptíveis a supor que, a
volatilidade baixa foi um potencial catalisador para a tomada de riscos
excessivos antes da crise de 2008. Da mesma forma, os bancos centrais se
aproveitarão da menor volatilidade associada ao forte desempenho dos ativos de
risco e às condições financeiras mais fáceis, continuando o processo de
normalização das políticas que apoiaram a volatilidade. A normalização será
feita em um ritmo "gradual" que impede picos perturbadores persistentes,
mas apenas enquanto a inflação longa permanece razoavelmente estável.
Temos apenas uma experiência limitada com os efeitos do "estoque
versus fluxo" resultante dos resultados do QE. Assistiremos as mudanças de
balanço dos bancos central mais importantes do mundo. De uma expansão em 12
meses superiores a U$ 2 trilhões, para uma posição nula até o final de 2018,
assumindo que o FED e o BCE atuam de acordo com as expectativas.
Muitos modelos podem ser testados a fim de avaliar o melhor
ritmo a se implementar, ou outras mediadas nesse sentido, porém a falta de
experiência em situações como essa deveriam gerar uma incerteza nos mercados.
Além disso, não existe uma ação coordenada entre os vários bancos centrais com
esse propósito “ cada um por si e Deus por todos”!
Ontem dediquei o post para enfatizar a importância do
comportamento humano em situações cotidianas, bem como no mercado. Nesses
próximos meses essa matéria será testada com muita frequência. Porém o que
poderá fazer a diferença entre passar calmamente ou enfrentar um turbilhão será
a crença do mercado nesse processo. Por enquanto não demonstra nenhuma
preocupação. A conferir!
Quem conhecer uma cartomante de confiança com um bom track record pode marcar uma hora. Se
puder fazer somente uma pergunta sugiro: Qual será a volatilidade em outubro de
2018, isso para os ativos externos, e aqui qual no Brasil, qual a cotação do
dólar. Se tiver essa resposta mande para o Mosca,
vamos ficar ricos! Hahaha ...
Se vocês acham que só o FED errou feio nas suas previsões,
vejam a seguir as do FMI em relação ao PIB mundial.
No post condição-insuficiente, fiz os seguintes
comentários sobre o ouro: ...” como
apontei abaixo, nosso stoploss no trade que está em aberto é U$ 1.270, e
acredito que a chance de execução aumentou significativamente. Desta forma,
estou encerrando a posição comprada ao nível atual de U$ 1.295” ...
Conforme minha desconfiança acima se continuássemos na
posição seriamos stopados, na mínima chegou a U$ 1.260. A partir daí houve uma
pequena recuperação e hoje se encontra muito próximo do nível que abandoamos a
posição. O que fazer agora? Nos títulos de 10 anos comentei sobre uma
configuração denominada de megafone, que aparece também no metal – veja a
seguir em preto.
Uma diferença que existe entre ambas, é que o ouro está no
meio do megafone, ficando aberta qualquer direção. Tenho uma leve preferência
no sentido de queda, mas nada suficiente para sugerir um trade.
O SP500 fechou a 2.555, com alta de 0,18%; o USDBRL a R$
3,1722, com queda de 0,22%; o EURUSD a € 1,1857, com alta de 0,43%; e o ouro a
U$ 1.291, com alta de 0,23%.
Fique ligado!
Comentários
Postar um comentário