Tropa de Elite 3
Embora o título do post possa indicar alguma menção ao filme
de mesmo nome, o assunto é um pouco diferente. Na versão projetada nos cinemas
em duas séries, retratam o Coronel Nascimento se defrontando com o crime
organizado no morro, bem como a relação entre segurança pública e financiamento
de Campanha.
Ontem o STF concedeu habeas corpus para José Dirceu, isso poucas
horas depois de o Ministério Público apresentar nova denúncia contra o petista.
Votaram para sua soltura Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
Ainda pior foi o comentário de Mendes que classificou o gesto dos procuradores
como “quase brincadeira juvenil” por tentarem pressionar o tribunal a manter o
petista preso.
- Ministro, isso é brincadeira?
Queria ressaltar que os procuradores não inventaram a
denúncia ela foi real. A atitude do Ministro me leva a crer que infantil
foi ele ao menosprezar essa nova informação. Se fosse mais humilde interromperia o processo para analisar esses novos fatos, e aí sim, avaliar se manteria ou não sua
decisão.
Não vou entrar no mérito sobra a validade jurídica dessa
soltura. Arguiria sobre os outros milhares de casos, até mais importante como
mães presas que não podem cuidar de seus filhos, se não mereceriam tratamento
equivalente, ou será que a lei vale para uns e não para outros?
Sergio Moro, o Capitão Nascimento da lava-jato, terá que pensar
como enfrentara esse novo foco de resistência, no seu caminho de moralizar o
país. Mas ele tem a seu lado a maioria da população brasileira que hoje está indignada
com essa decisão do magistério. Esse caso não inviabiliza a continuidade do
processo, mas certamente colocou Gilmar Mendes no grupo dos Ministros cuja decisão coloca em dúvida a sua integridade.
A atual polêmica entre o hard
data e o soft data continua deixando os investidores desconfiados sobre a evolução da economia americana.
O gráfico a seguir mostra a dimensão dessa distorção, quando levado em
consideração um período mais longo de comparação.
Por outro lado, o FED de Atlanta, que produz a previsão mais
apurada sobre o PIB, pulicou sua primeira prévia para o 2º trimestre de 2017.
Embora estejamos muito no início do período de apuração, o resultado é animador.
Com uma projeção de 4,5%, seria espetacular, e confirmaria a distorção sobre os
indicadores mencionados acima.
A volatilidade da bolsa americana atingiu o nível mais baixo
dos últimos anos e talvez de sua história. Muito se tem discutido quais seriam
os reais motivos para tanta complacência. Outro dia participei de uma
conferência promovida pelo Deutsche Bank sobre esse assunto. A principal razão apontada por esse banco foram os juros muito baixos, que estimulam os
investidores a buscarem mecanismos a fim de aumentar seu retorno. Uma das formas
usadas é através da venda de volatilidade. Isso se torna atraente pela
estrutura desses contratos. A volatilidade futura tem um prêmio importante
sobre a volatilidade observada. Em outras palavras, mesmo que a volatilidade
não saia do lugar, essa operação gera um lucro interessante para quem se
envolve nessa operação.
Publiquei algumas vezes a evolução do mercado de ETF na
Indústria de fundos americana e como esse instrumento vem substituindo os
veículos tradicionais. Sobre a volatilidade mencionada acima existem ETF’s que
permitem essa aposta. A ilustração abaixo mostra a continua substituição dos
fundos ativos por ETF, e segundo as projeções de alguns analistas, já esse ano,
esse segmento irá representar mais de 50% de toda a indústria.
O FED terminou sua reunião de política monetária, e como era
acreditado, manteve a taxa de juros no nível atual. Qualificou os resultados
econômicos abaixo do esperado no 1º trimestre como transitório; espera que a
atividade se expanda num ritmo moderado; o mercado de trabalho deve ficar mais
forte; e a inflação se estabilizar em 2% a.a. Para bom entendedor,
algumas palavras bastam. Nesse caso significa que os juros deverão subir na
reunião de junho.
Em relação a diminuição de seu balanço repetiu as mesmas
palavras da última ata. Isso me faz supor que, não tem nada definido ainda, ou
que existem dúvidas que não permitem avançar nesse assunto.
No post façam-suas-apostas, fiz os seguintes comentários
sobre o ouro: ...”
As linhas paralelas traçadas em azul parecem estar contendo o metal. Caso esse
pequeno movimento de queda continue, será interessante observar o que acontece
na parte inferior do mesmo a US$ 1.235. Pode ser que me envolva na compra caso
esse nível seja atingido, aguarde os próximos posts. ” ...
O ouro se encontra bastante próximo da linha mencionada
acima cujo nível é de US$ 1.240. Não vou deixar uma ordem de compra pré-estabelecida
pois não tenho muita segurança que esse suporte irá conter a queda. Vou
observar os próximos dias e avaliar se um trade de compra faz sentido.
Desde o início de 2016 o metal encontra-se contido num
intervalo bastante restrito entre US$ 1.200 – US$ 1.300, conforme destaquei na
figura abaixo.
Qualquer trade dentro desse intervalo é de caráter
especulativo e tem que ser encardo dessa forma. Somente o rompimento acima ou
abaixo poderá indicar uma tendência mais consistente de movimento. Trabalho com
uma expectativa de alta mais a frente, porém uma queda abaixo de US$ 1.200, irá
forçar uma reavaliação.
O SP500 fechou a 2.388, com queda de 0,13%; o USDBRL a R$
3,1655, com alta de 0,45%; o EURUSD a 1,0885, com queda de 0,38%; e o ouro a
US$ 1.238, com queda de 1,47%.
Fique ligado!
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