Bitcoin: O dólar black dos Chineses
À primeira vista, as cenas do depoimento de lula ao Delegado
Sergio Moro despertam raiva para uma pessoa minimamente informada. Aprendi
junto a minha saudosa Terapeuta, que 80% das vezes que uma pessoa sente raiva
da outra pelas suas atitudes, na verdade está sentindo raiva de si mesma. A
razão é que inconscientemente espera-se que essa pessoa agirá diferentemente de
seu padrão, mas ela não vai.
O que assistimos ontem é mais do mesmo. O Lula é um sujeito
sem caráter, característica dominante em psicopatas, além de covarde. Para
defender sua pele, colocou toda responsabilidade em cima de sua esposa
recentemente falecida. Não sentiu nenhum remorso, nenhuma lágrima durante o
interrogatório. Isso só aconteceu quando meia dúzia de gatos pingados
assistiram seu depoimento depois de terminado o interrogatório, onde aí sim
chorou. Chorou por ter medo de ser preso!
Pouco importa o que ele falou, na verdade não disse nada,
afinal uma pessoa na sua posição não deve saber de nada, segundo suas palavras.
Mas estou confiante que em algum momento ele e seu entojado advogado, irão
falhar e cair na própria armadilha, é questão de tempo e paciência.
Mas vamos falar de coisas boas, ontem participei de um
evento organizado pelo banco JPMorgan, que reuniu 300 empresários brasileiros.
Mesmo tendo laços antigos e recentes com executivos desse banco, o que poderia
ter algum peso na minha avaliação, posso dizer que foi um sucesso. Show!
Começou com o atual prefeito de São Paulo, João Dória. Eu
não tinha assistido nenhuma apresentação, apenas acompanho-o pela mídia social.
Não vou entrar em detalhes, mas posso resumir que tudo que disse é exatamente o
que se poderia esperar de um gestor. Ao terminar, foi aplaudido de pé por toda
a audiência, isso já diz tudo. Se for candidato em 2018 tem meu voto!
Num dos painéis, o JP Morgan juntou dois gestores renomados
da indústria de hedge fund, Luis Stuhlberger e André Jakurski. Talvez por ser
do ramo, não acrescentaram nada a mais daquilo que já sabemos. Perguntei a
ambos qual a razão do colapso da volatilidade nos mercados mundiais e como eles
pretendiam gerar retornos nesse ambiente. André respondeu que o motivo da baixa
volatilidade é consequência da elevada intervenção dos bancos centrais dos
países desenvolvidos. Em relação a segunda indagação, ambos responderam que os
ativos estão muito caros e que aguardam uma queda de preços onde poderiam
beneficiar seu cotistas. Ou seja, estão com os recursos em caixa ou com
pequenas posições.
Mas fiquei muito impressionado com o Presidente da Azul Companhia
Área, José Mario Caprioli dos Santos, dentro do painel de empreendedorismo. Numa
apresentação singela, de coração aberto, descreveu alguns detalhes de sua carreira
profissional, bem como, de que forma enfrentou a forte recessão dos últimos
anos. Seus argumentos foram tão convincentes, que despertou meu interesse em
conhecer melhor essa empresa, que recentemente abriu seu capital. Anotem esse
nome!
Outro dia num almoço com um antigo colaborador, ao comentar
sobre a evolução do Bitcoin, surgiu uma analogia entre a alta estratosférica
dessa moeda e o mercado de dólar black aqui no Brasil dos anos 80.
Naquele momento, existia oficialmente o dólar comercial, uma
cotação definida pelo governo e usada somente para as transações comerciais de
importações e exportações. O principal motivo era a escassez de reservas do
país, o que tornava perigoso a abertura para outras modalidades. Era permitido
também a compra de US$ 300 para uma viagem internacional, para o resto de suas
despesas era necessário comprar dólares no mercado paralelo. Esse dólar
chamava-se black. A diferença percentual entre a cotação do black e do oficial
era o ágio.
Ao fazer essa relação senti um alívio. A alta incessante do
Bitcoin sem que eu conseguisse achar nenhuma razão lógica, me deixava irritado.
Veja a evolução nos últimos 12 meses mostrando alta de 260%.
Os chineses não podem comprar moedas estrangeiras livremente
e parece que escolheram uma forma moderna de trocar seus yuans através dessa
moeda digital. Uma vantagem em relação a troca física é a praticidade além de
permitir a troca de quantias elevadas o que não seria viável na forma física. Um cálculo de conversão usando as cotações atuais
do Bitcoin em yuans e dólares chega-se a um ágio de 22%.
Lembro diversos momentos em que o black passou dos 100% de
ágio. O patamar mínimo de 35% era considerado barato. Pensando nos Chineses, acredito
que eles acharam uma forma de burlar a legislação sem pagar um custo muito
elevado para tanto.
Observando sobre esse prisma agora consigo entender a alta do
Bitcoin, parece até, estar barato. Porém existe uma enorme diferença entre a
situação brasileira e a chinesa, o volume de reservas. Enquanto no Brasil
nossas reservas naquela época eram “alguns trocados”, as da China são enormes
US$ 3,0 trilhões. Por outro lado, o governo não tem como intervir nesse
mercado, não dá para ficar vendido em Bitcoin. Uma mudança do governo
permitindo a compra de dólares, mesmo em quantias pequenas pelos chineses,
faria despencar as cotações do Bitcoin.
Além de não entender a sistemática de liquidação dessa
moeda, também não me parece segura, mais isso talvez seja falta de
conhecimento, é uma simples percepção. Uma avaliação simples do ponto de vista
técnico, não sugeri nenhuma razão para uma queda iminente, porém não posso
deixar de enxergar um efeito bolha. Para quem está operando sugiro cuidado e
não esqueça de usar stoploss.
Para dizer a verdade faria uma reformulação no nome do Bitcoin:
dólar red! Hahaha ...
No post tropa-de-elite-3, fiz os seguintes comentários
sobre o ouro: ...” O ouro se encontra
bastante próximo da linha mencionada acima cujo nível é de US$ 1.240. Não vou
deixar uma ordem de compra pré-estabelecida pois não tenho muita segurança que
esse suporte irá conter a queda” .... Este rompimento acabou acontecendo
conforme se pode ver na figura abaixo.
Com uma visão de mais longo prazo acrescentei: ...” Desde o
início de 2016 o metal encontra-se contido num intervalo bastante restrito
entre US$ 1.200 – US$ 1.300, conforme destaquei na figura abaixo” ... ...” somente o rompimento acima ou abaixo
poderá indicar uma tendência mais consistente de movimento. Trabalho com uma
expectativa de alta mais a frente, porém uma queda abaixo de US$ 1.200, irá
forçar uma reavaliação” ...
Como vocês podem observar o ouro está indeciso. Calculo que
tanto acima de US$ 1.300 como abaixo de US$ 1.200, caso rompido, poderá
desencadear um movimento direcional mais intenso. Enquanto continuar nesse
intervalo, nada pode ser dito.
Se você gosta do metal e é das pessoas que acreditam que
oferece uma garantia num cenário incerto, ou, não gosta do ouro como
investimento como os bancos centrais que detestam observar situações de alta
dos preços, sugiro colocar um aviso no sistema, caso um dos limites anotados
acima for rompido.
No caso do Mosca
não estou em nenhum dos lados, mas me junto a um deles, no rompimento. Em isso
acontecendo, vou defender seus pontos de vista com todo fervor, afinal meu
compromisso é com o bolso e por ele fazemos qualquer coisa! Hahaha ...
O SP500 fechou a 2.394, com queda de 0,22%; o USDBRL a R$ 3,1399, com queda de 1,56%; o EURUSD a 1,0861, com queda de 0,10%; e o ouro a US$ 1.224, com alta de 0,33%.
Fique ligado!
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