E se ...
A possibilidade de guerra entre a Coreia do Norte e os
Estados Unidos recentemente aumentou. É necessário considerar que tal guerra pode
acontecer. A ideia do post é de elencar várias hipóteses possíveis num eventual
combate entre esses dois países.
Vou usar o termo guerra ao invés de ataques americanos em
instalações nucleares e programa de mísseis norte-coreanos. Nós temos que
considerar a possibilidade de resposta da Coreia do Norte e um conflito mais
prolongado.
Tal guerra seria baseada na decisão da Coréia do Norte ao
mover seu programa nuclear a um estágio onde os EUA e outros países concluam a
possibilidade desse país estar próximo de ter ogivas nucleares.
É fato os norte-coreanos não poderem sobreviver a um
conflito nuclear, difícil é entender por que eles teriam movido seu programa
até este ponto.
A razão óbvia, ter um programa nuclear é utilizá-lo como um
instrumento de barganha. A razão para ter uma arma nuclear seria como um
impedimento a uma potência estrangeira que procura uma mudança de regime na
Coreia do Norte.
O período mais perigoso para a Coreia do Norte é quando ele
está perto de ter essa arma, mas ainda não a tem. Esse é o período aonde um
ataque externo é mais provável.
O problema com um ataque dos EUA resume-se em 5 pontos:
·
Teria a inteligência dos EUA clareza sobre os locais
críticos de instalações norte-coreanas?
·
O Presidente e seu pessoal estão confiantes na sua
inteligência?
·
As instalações podem ser destruídas com armas
não nucleares?
·
Os danos dos ataques podem ser bem avaliados?
·
Finalmente, mesmo que apenas uma arma - ou múltiplas
armas nucleares - podem destruir as instalações, o fato de terem outras
instalações a serem destruídas num segundo ataque justificam as consequências
políticas? E esses ataques nucleares pelo EUA seriam justificáveis perante
outros países?
Não se sabe as respostas, mas seria impensável um ataque
preventivo sem uma clara intenção que a Coréia do Norte pretende atacar
primeiro.
Supondo que um ataque seja bem-sucedido, a Coreia do Norte
teria de enfrentar a questão de como seria a resposta. Ela teria duas opções: A
mais simples seria a que vem ameaçando, de atacar cidadãos americanos nas
cidades da Coréia do Norte.
Outra forma mais significativa seria a de usar uma grande
concentração de artilharia, ao longo do trecho oeste da fronteira com a Coreia
do Sul, para iniciar um bombardeio extremamente intenso em Seul. As vítimas e
danos de tal movimento podem ser extremos, mesmo em um curto período de tempo.
Se assim for, a resposta americana provavelmente seria
ataques com mísseis e ataques aéreos concebidos para destruir a artilharia da Coreia
do Norte. O problema é que, se os EUA esperar para ver se a Coréia do Norte
começa os ataques, esse atraso de algumas horas resultaria em perdas
inaceitáveis.
Portanto, os EUA devem considerar ataques aéreos a uma área
que corre ao longo da fronteira de Seul. Em outras palavras, eles devem devastar
uma área extremamente extensa muito rapidamente.
O problema imediato é a defesa aérea da Coreia do Norte
nesta área. Esse país possui mísseis superfície-ar (SAM), incluindo alguns considerados
equivalentes ao russo S-300. Se assim for, eles estão aparelhados para atingir
aeronaves a várias centenas de quilômetros do alvo.
Outra possibilidade seria um ataque terrestre para atingir a
artilharia. Esse tipo de guerra, mais convencional, abre a possibilidade de
inúmeras táticas com diferentes complicadores: minas que podem ser
instaladas; a falta de conhecimento geográfico; sem falar na necessidade do
armazenamento de mantimentos e combustível, além do deslocamento dos
equipamentos e das tropas.
Pode ser que a artilharia Norte Coreana não seja tão boa
como a maioria pensa. É também possível que os estrategistas americanos definam
uma solução menos danosa que as expostas aqui.
Mas, o fato é que a Coreia do Norte pode perder sua capacidade
nuclear, e ainda assim ter uma vitória decisiva contra os EUA ao destruir Seul
e infringir perdas severas a Força Área Americana. Irá emergir com seu regime
intacto e com mais credibilidade que antes.
A Coreia do Norte pode não começar o ataque, mas os EUA não
sabem o que eles pretendem, e suas intenções podem mudar. Como para a melhor
inteligência do mundo atacar e destruir uma concentração de SAM leva tempo, Seul
não pode esperar.
Os Norte Coreanos sabem e calculam que tem uma vantagem
sobre os EUA.
No post china-volta-recrescer, fiz os seguintes comentários
sobre o dólar:
...” um rompimento do nível de R$ 3,06 vai abrir a porta para nós, e abaixo de
R$ 3,03, escancara! Pode ser que, o dólar ainda fique por mais algum tempo em
cima desse número mágico de R$ 3,11, mas não deveria ser por muito tempo” ...
...” a configuração de triângulo parece estar se formando. Não custa repetir
que nessas circunstâncias (67%), o triângulo tende a romper na direção que
prevalece, neste caso para baixo, e 33% em sentido inverso” ...
Nem é necessário repetir o gráfico publicado no post acima,
o dólar continua confinado entre as duas linhas traçadas em verde, sem uma
definição clara se irá romper para cima ou para baixo.
No post moscacoin, comentei sobre uma força estranha
agindo sobre o dólar: ...” parece que existe uma região magnética ao redor da cotação de
R$ 3,11; quando o dólar tende a subir, uma força empurra-o para baixo, e quando
tende a cair, uma força tende a fazer subir. Até a hora que uma força maior vai
levar o dólar para fora dessa zona magnética” .... Esses comentários
foram feitos a mais de 30 dias e até o momento essa força parece estar agindo.
Como comentei acima, a maior probabilidade é que o movimento do
dólar seja para baixo, porém existe também a de menor probabilidade! A situação
política tem se deteriorado fazendo com que a reforma da previdência, que
parecia barbada, venha encontrando dificuldades. Só nos resta saber se vai dar o
resultado esperado para o dólar nessas situações ou a zebra!
O SP500 fechou a 2.388, com alta de 0,61%; o USDBRL a R$ 3,1478, com queda de 0,67%; o EURUSD a 1,0935, com alta de 0,62%; e o ouro a US$ 1.262, com baixa de 0,91%. Esse fechamento acionou o stop da nossa posição.
Fique ligado!
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