PT perde de goleada!
Enquanto nos EUA a reabertura
da investigação sobre os e-mails de Hillary cria um fato novo (velho!), na
disputa pela Casa Branca, o resultado do 2º turno das eleições para prefeito
aqui no Brasil, deixa um recado muito claro dos eleitores brasileiros, o PT com
Lula se tornou um partido nanico. Em contrapartida o grande vencedor foi o
PSDB.
Não se pode deixar de
considerar as abstenções em conjunto com os votos brancos e nulos, que
atingiram a 32,5% nas capitais, indicando que 1/3 da população está muito
insatisfeita. Mesmo muito elevado era, de certa forma, esperado dado que,
diariamente, um novo caso de corrupção é revelado envolvendo políticos de todos
os partidos.
Sobre as eleições americanas,
não acredito que a ação do FBI, comentada acima, possa causar uma reversão em
favor do candidato Trump. Um leitor do Mosca
me forneceu o link de um site Five thirty Eight que utiliza um
modelo baseado em diversos parâmetros para prever quem será o próximo
presidente e mais importante, nunca errou em suas previsões. Veja a seguir a
mais recente projeção, onde Clinton mantém folgada vantagem.
Outra matéria da Bloomberg
relata que, no longo prazo, tanto faz quem será o vitorioso nas eleições. Essa
afirmação baseia-se no fato que o Presidente eleito não conseguirá praticar
suas promessas, se o Congresso continuar dividido. Além disso, uma estatística
elaborada nos últimos 160 anos indica um retorno na bolsa de valores, conforme
o gráfico abaixo.
Tanto faz que partido ganhou
as eleições no passado, o retorno foi de 11% a.a. Pode ser que, na situação
atual, o resultado ao final dos 4 anos de governo seja bem diferente, pois
motivos não faltam. Mas antes de enumerá-los, temos que frisar que, durante
esses 160 anos aconteceu de tudo: duas grandes Guerras, quedas significativas
da bolsa em 1929, 1937 e mais recentemente em 2008, e mesmo assim a média
manteve-se a mesma. Não deixa de ser surpreendente.
Essa mesma matéria aponta
outra estatística que dá mais sustentação a seu argumento, a de que no longo
prazo é indiferente qual partido ganha as eleições. A volatilidade medida na bolsa
apresentada abaixo, indica que após às eleições o seu nível decresce a níveis
muito baixos.
Parece que para os americanos o
melhor a fazer é sair de férias e voltar somente no próximo
ano. Ah, antes que eu me esqueça, não levem o celular!
Nesta semana que estive fora,
uma de nossas posições ficou sob fogo cruzado. O dólar depois de ter atingindo
uma mínima contra o real a R$ 3,10, reagiu e fechou na última sexta-feira à R$
3,205, uma alta de aproximadamente 3,5%. Vários foram os motivos apontados:
primeiro o programa de repatriação, que mais parecia uma briga de adolescentes.
De um lado Rodrigo Maia tentava costurar um acordo entre o governo e os
governadores, para um novo modelo de repartir o imposto, do outro lado os
potenciais declarantes queriam definir uma posição a favor da foto, mas acabou não ocorrendo mudanças; os dados mais animadores dos EUA, fizeram com que aumentassem
as apostas para elevação dos juros em dezembro, que é dada como muito provável; e por último a investigação dos e-mails relatada acima.
No post esqueceram-de-mim, fiz os seguintes comentários sobre o dólar: ...” não existe mais muita margem de manobra
para o dólar, permanecer contido nesse triângulo descendente. Quero notar aos
leitores que, esse tipo de formação tende a romper para baixo, no caso, uma
queda do dólar. Um fechamento abaixo de R$ 3,16 poderá ser o estopim para novas
quedas” ...
E acabou acontecendo a queda,
porém houve uma reversão conforme mencionei acima, e hoje a cotação se encontra
a R$ 3,18.
-
David, e agora, houve alguma mudança em suas previsões?
Do ponto de vista técnico, não
estava esperando esse último movimento. Respondendo diretamente a sua questão,
pode ser que a queda esperada a R$ 2,90 não aconteca, e o que estamos presenciando seria reversão do dólar.
-
Então vamos zerar!
Calma amigo, eu disse pode
ser! Vou dar meus argumentos do por que continuar e quais são os motivos de
meus receios. Vamos começar primeiro pelo segundo.
Este é um gráfico de mais
médio prazo e as flechas em verde indicam, o que se denomina em análise técnica,
double key reversal, onde o mercado
atinge uma mínima, porém fecha a semana na máxima, um indicador de reversão de
tendência. Além do mais, o nível de R$ 3,10 é importante, e pode indicar o
final do movimento de queda.
Já em relação aos motivos do por
que continuar, no gráfico a seguir de mais curto prazo as cotações ainda
respeitam os contornos das duas linhas paralelas em sentido descendente, sem
nenhum motivo para não acreditar que a direção mudou.
O que fazer em situações como
essa? Se fosse uma decisão totalmente 50/50, eu sugeriria zerar e ficar fora do
mercado, mas a possibilidade de queda do dólar ainda tem uma chance um pouco
maior, razão pela qual opto ainda por permanecer.
Se por acaso formos estopados,
eu anotei acima também os níveis que passam a ter importância, primeiro R$ 3,35
que se ultrapassado é a primeira indicação de possível mudança. Logo em seguida
R$ 3,60/3,65 onde provavelmente vai valer um trade a ser definido se de compra ou
venda de dólar, dependendo do shape do
movimento de alta.
Agora, uma coisa é certa, se a
chance de queda existir ainda, o dólar terá que começar a cair nos
próximos dias, não pode ficar "enrolando" muito tempo.
O SP500 fechou a 2.126, sem variação; o USDBRL a R$ 3,1892, com queda de 0,49%; o EURUSD a 1,0982, sem variação; e o ouro a US$ 1.278, com alta de 0,14%.
Fique ligado!
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