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Mostrando postagens de outubro, 2016

PT perde de goleada!

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Enquanto nos EUA a reabertura da investigação sobre os e-mails de Hillary cria um fato novo (velho!), na disputa pela Casa Branca, o resultado do 2º turno das eleições para prefeito aqui no Brasil, deixa um recado muito claro dos eleitores brasileiros, o PT com Lula se tornou um partido nanico. Em contrapartida o grande vencedor foi o PSDB. Não se pode deixar de considerar as abstenções em conjunto com os votos brancos e nulos, que atingiram a 32,5% nas capitais, indicando que 1/3 da população está muito insatisfeita. Mesmo muito elevado era, de certa forma, esperado dado que, diariamente, um novo caso de corrupção é revelado envolvendo políticos de todos os partidos. Sobre as eleições americanas, não acredito que a ação do FBI, comentada acima, possa causar uma reversão em favor do candidato Trump. Um leitor do Mosca me forneceu o link de um site Five thirty Eight  que utiliza um modelo baseado em diversos parâmetros para prever quem será o próximo presidente e mais impo

Começa o segundo tempo para a inflação

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Para quem gosta de futebol sabe como às vezes é difícil esperar o término de uma partida, principalmente quando seu time passou um período difícil. A inflação encontra-se numa situação semelhante, está ganhando de 1 a 0, mas ainda faltam os 45 minutos do segundo tempo. Uma eternidade! Hoje foi publicado o IPCA -15 cuja variação foi de 0,19% no mês, abaixo das expectativas dos analistas, em bases anuais saiu de 8,8 % para 8,3%. As principais categorias que ocasionaram essa retração foram alimentos e despesas pessoais. Outro indicador que considero importante é a taxa de difusão, bem como os preços livres. Na tabela abaixo encontram-se esses dados. O primeiro permaneceu estável, em níveis historicamente baixos, enquanto o segundo continua com tendência de queda. A previsão da Rosenberg para o fechamento da inflação em 2016 é de 7,2% a.a., com viés de baixa, dando para arriscar um nível de 7% a.a. No post de ontem --- o banco central---, critiquei o fato de o

O banco central afinou

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No post de-quanto-estamos-falando , comentei a frase de um colega que repito a seguir: ...”o mundo se divide em dois grupos, os comprados e os vendidos são um grupo, e o povo complementa o segundo”... Antes de começar os comentários de hoje quero dizer que, em relação aos juros estabelecidos pelo COPOM estou no segundo grupo, ou seja, não tenho nenhum interesse financeiro, assim não posso ser acusado de defender minha posição. Como já foi amplamente divulgado, o BCB decidiu baixar a taxa SELIC em 0,25%, contrariando minhas expectativas de uma queda de 0,50%. Além disso, ficou mais clara a magnitude para os próximos cortes, pois ainda há dúvidas quanto ao ritmo de queda da inflação. Assim uma eventual aceleração dependerá da melhora adicional dos seguintes itens: (i)             que os componentes do IPCA, mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, retomem claramente uma trajetória de desinflação em velocidade adequada; (ii)           e que o ritmo d

A inflação errada

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Ontem foi publicado o CPI, o índice de inflação nos EUA. Como já mencionei, embora não seja a métrica usada pelo FED para estabelecer sua política monetária, é o indicador que o mercado usa para medir a evolução dos preços. O índice ficou em 1,5% a.a. e, como se pode observar a seguir, está se aproximando da meta estabelecida pelo FED de 2% a.a. Ao se excluir os itens mais voláteis, gasolina e alimentos, o nível demonstra certa estabilidade ao redor de 2,2% a.a. Porém, ao se estratificar a inflação entre serviços e produtos, ambos sem considerar a energia, o resultado não é muito animador. No gráfico a seguir nota-se claramente que a inflação vem sendo comandada pelos serviços, principalmente alugueis e serviços médicos, cuja ação da autoridade monetária tem efeito mínimo no controle desses preços. Por outro lado, os produtos ainda se encontram em deflação. Essas são as complicações do mundo moderno, onde as economias desenvolvidas têm um grande peso na categ

De quanto estamos falando?

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Na semana passada o governo conseguiu uma vitória importante com a aprovação da PEC 241. O assunto foi e é polêmico, pois ainda existem manifestações populares contra a sua aprovação. Como dizia um colega, o mundo se divide em dois grupos, os comprados e os vendidos, este é um grupo, e o povo complementa o segundo. É no primeiro grupo que se encontram os ganhadores e perdedores, enquanto no segundo grupo tanto faz. Nesse caso específico os “vendidos” são os funcionários públicos, pois é no bolso deles que recairá boa parte da conta. A Rosenberg elaborou um relatório que explica o significado desses cortes, bem como seu impacto nas contas públicas: ...”A PEC impõe uma nova dinâmica para o crescimento das despesas, que é uma das maneiras mais inteligentes de reequilibrar as contas públicas sustentavelmente, em linha com diversas experiências internacionais bem-sucedidas. Note que não há cortes de despesas de fato, mas sim uma alteração do seu ritmo de crescimento, atrelada à infla

Esqueceram de mim

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Enquanto o mundo se vê envolto com riscos políticos nos EUA, numa eventual vitória de Donald Trump, no campo econômico a possibilidade de elevação dos juros, por parte do FED, está colocando os analistas em cheque a fim de avaliar quais os impactos que tal medida poderá ter nos ativos. Na sexta-feira comentei sobre o ‘ dólar-dólar’ e sua evolução nos meses mais recentes. Por outro lado, é notável que pouco se tenha noticiado sobre o impacto dessas mudanças na 2º economia do planeta, a China. Seria natural que, o dólar se fortalecendo perante as outras moedas, o mesmo deveria acontecer em relação ao Yuan. A China adotou uma política de manter a cotação de sua moeda atrelada ao dólar, quando iniciou o processo de abertura de sua economia em 1994, e já no primeiro dia desse ano, promoveu uma desvalorização de 50%. Essa paridade manteve-se fixa até 2005, onde a partir daí, por grande pressão internacional, passou a valorizar sua moeda lentamente. De 2005 até 2014, o yuan aprec

"Joe Beautiful"

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Para quem assistiu o programa de TV A Escolinha do Professor Raimundo, protagonizada por Chico Anísio, deve lembrar-se do Zé bonitinho, “o perigote das mulheres”. Associei esse personagem a figura de Donald Trump, que também tem um topete e deve se achar o homem mais desejado pelas mulheres, seria então o Joe Beautiful . A diferença mais importante entre eles, é que o personagem original ganhava as “minas” no papo, enquanto o troglodita americano através de poder e dinheiro. Parece que na reta final das eleições americanas caiu a máscara do polêmico candidato Donald Trump. Depois de um vídeo gravado em 2005, onde Trump comenta suas peripécias com mulheres, novas acusações começam a surgir de outras que sofreram assédio sexual. Esse fator fez com que a imprensa e boa parte da população americana se voltassem contra ele. Existe aquela piada machista, eu reconheço, que de nada adiantaria ficar sozinho com a Gisele Bundchen numa ilha, se depois não teria ninguém para contar! É

Quando o receio prevalece

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Eu já comentei algumas vezes a importância da nova teoria em finanças denominada Financial Behaviour – Finanças Comportamentais. Desde que retornei a frequentar a FEA recentemente, percebo que essa escola ainda é dirigida pela velha economia, ou seja, modelos matemáticos para precificar os ativos, raríssimos são os cursos que contemplam essa nova teoria. Eu acredito bastante nesse novo conceito, pois nem sempre o ser humano age de forma racional e quando isso acontece os modelos matemáticos são de pouca valia. Desde a recessão de 2008 os bancos centrais embarcaram na teoria Keneysiana, de injetar recursos e baixar as taxas de juros. Considerando que o consumidor é racional, essa atitude faria com que eles aumentassem seu consumo através de assunção de novos créditos, ou deixassem de poupar para consumir. Desta forma, a economia se recuperaria e depois de um tempo as condições poderiam voltar à normalidade. Porém isso não vem acontecendo, e parece que o FED reconheceu que o

Contabilidade Chinesa

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Os bancos estão sob fogo cruzado, com taxas de juros negativas, na Europa e Japão a rentabilidade das instituições financeiras ficou muito comprometida. Não consigo imaginar um banco fazendo um empréstimo a uma empresa sem juros. Isso permitiria uma adaptação na frase popular: “de graça até injeção”; que passaria a: “de graça até empréstimo de banco!”. Os bancos italianos estão na mira já algum tempo e, nos últimos dias, um banco com dimensão de causar um terremoto financeiro global, entrou no rol das ameaças, o alemão Deutsche Bank.  Ao ler as notícias pela manhã, me deparei com uma reportagem publicada pela Reuters, que chamou muita minha atenção. Segundo essa agência, os bancos chineses terão que captar US$ 1,7 trilhão, haja visto que é esperado um aumento das perdas em empréstimos, segundo a S&P reportou nesta terça-feira. Esse estudo imagina uma pequena chance para melhoras em 2017, em função de elevadas alavancagens e excesso de capacidade, em praticamente todos