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Mostrando postagens de julho, 2016

O Japão precisa de adrenalina para sempre!

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Hoje terei que ser mais sucinto em meus comentários por conta de uma série de compromissos, mas mesmo assim o assunto não deixa de ser interessante. Esta noite o BOJ realizou sua reunião periódica sobre política monetária e frustrou o mercado que aguardava mais injeções de liquidez. Anunciou somente pequenas mudanças que eram esperadas na elevação de fundos ETF – fundos de investimentos passivos. Kuroda, o Presidente do BOJ acredita que mais injeções não teriam os efeitos desejados, e está apostando em aumentos nos estímulos fiscais. Vejam a seguir o impacto na moeda japonesa o Yen que sofreu forte valorização – queda do dólar. O mercado se antecipando a essa eventual frustração comprou muitos derivativos de proteção, o que ocasionou uma explosão na volatilidade de sua moeda. Já a bolsa ficou mais indecisa e teve uma queda menos expressiva que a moeda, dado que a volatilidade esperada em ativos de bolsa é superior ao de câmbio. No lado real da economia existe

"dólar - dólar": What's next?

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Fui por curiosidade verificar a previsão mais atualizada do PIB americano pelo FED de Atlanta e notei que agora está abixo de 1,8% para o 2º trimestre, que srá publicado amanhã. Será que os dados não gostaram da ata do FED? Hahaha... Amanhã checamos com o real. O grande tema do Mosca em 2015 foi calcado na evolução do dólar nos mercados mundiais, mostrou-se acertado, dado o grande interesse que a moeda americana despertou quando o DXY – dólar index , atingiu o nível de 100.5 em março, e novamente em dezembro desse ano. Para 2016 no post US$- the return? , reiterei minha visão, mas com alguns percalços que poderiam acontecer, recomendo a sua leitura. Nos três cenários que elenquei parece que o “By the books” está se materializando, depois de alguns meses de indefinição: ...” Neste cenário a economia americana entraria nos trilhos, sem muita euforia, mas caminhando positivamente. A Europa melhoraria também e a China passaria de uma super star, para um crescimento da ordem

Contas cambiais no limite

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Ontem foram publicadas as contas cambias brasileiras e, como vem acontecendo nos últimos 12 meses, o cenário “mudou 360º”, que é como eu brinco quando algo melhorou muito. Como de costume vou analisar alguns pontos deste relatório: O déficit no mês foi de US$ 2,5 bilhões, já em bases anuais permaneceu estável em US$ 29,4 bilhões – equivalente a 1,67% do PIB. A entrada de investimentos diretos em bases anuais sofreu uma leve redução em relação ao mês anterior, passando de US$ 79,4 bilhões para US$ 78 bilhões, mas que ainda é um nível elevado, dadas as condições externas e o cenário político interno ainda com indefinições. A pequena redução interanual do déficit é consequência do desempenho das três principais contas: a Balança comercial apresentou um superávit de US$ 3,8 bilhões, ante um resultado no mesmo mês do ano anterior de US$ 3,8 bilhões, mesmo assim, o acumulado nos últimos 12 meses é da ordem de US$ 40,0 bilhões. A Rosenberg trabalha com um superávit de R$ 5

Trump x Hillary

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Nestes meses de férias do hemisfério norte, onde a maioria dos participantes de mercado deve estar de férias, somente os atos terroristas vêm chamando a atenção do público. Não passa nem um dia sem que um ataque aconteça em alguma parte do mundo. Ao receber a notícia de um padre que foi morto hoje na França, de imediato se associa como um ato terrorista, tamanho é o temor por esses grupos. Talvez haja um certo exagero em fatos cotidianos que já aconteciam anteriormente, mas não ganhavam o destaque de hoje em dia. Outro assunto que está chamando a atenção é a eleição para Presidente dos USA, que deve acontecer dentro de alguns meses. Com os candidatos definidos pelos dois partidos majoritários, o clima tende a esquentar e muito. Os institutos de pesquisa apontam resultados quase que equiprováveis entre ambos, alguns dando vitória apertada para Hillary e outros para Trump. Tive a oportunidade de discutir esse assunto com alguns americanos e todos eles não acreditam que Trump

Terrorismo no varejo

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O mundo tem vivido uma onda constante de ataques terroristas espalhados em diversos países. Uma característica que diferencia as ofensivas atuais em relação as antigas, como o ataque às torres gêmeas em 2001, é que agora são mais difíceis de serem evitados. Um ser humano que decide se envolver em tal ato, sem dúvida carrega algum tipo de distúrbio. Mas não é só a esse fato que pode se responsabilizar essas ações, um ambiente global de desânimo quanto ao futuro, com rendimentos estagnados por décadas e crescimentos pífios, empurra os desajustados para seu momento de glória, em seu ponto de vista. Para os movimentos terroristas como EI – Estado Islâmico, esse ambiente é muito propício para arregimentar simpatizantes. Oferecem casa, comida e recursos para a família, e vendem a ideia que depois da morte existe o alem, e é muito melhor. Por outro lado, as pessoas normais estão ficando cada vez mais receosas de circularem em lugares públicos, e em conjunto com um ambiente econ

Europa divergindo

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O primeiro instituto a compilar os dados da Europa depois do referendo que chocou o mercado financeiro, e do ataque terrorista na França, foram publicados pelo Markit. Surpreendentemente mostrou resiliência apontando um PMI global de 52,9, superior as previsões de 52,5. O PMI é um número entre 0 e 100, e qualquer resultado acima de 50 indica crescimento. As duas principais economias da Europa, Alemanha e França, obtiveram resultados positivos, sendo que a Alemanha, como de costume, apresentou melhora tanto em relação as expectativas, bem como ao dado publicado em junho 54.6. A França por sua vez ficou na linha do pênalti em 50. Já o mesmo não pode ser dito da Inglaterra, cujo PMI veio significativamente inferior ao resultado de junho e o pior desde a crise de 2008, ficando em 47,7. O colapso nesse indicador apresenta a primeira evidência de que o Reino Unido está entrando em profunda mudança. Nessas últimas semanas diversos analistas revelaram suas projeções de quanto

Padrão Internacional

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Ontem eu comentei sobre a nova equipe do Banco Central sob o comando de Ilan Goldfajn. O comunicado disponibilizado no final da tarde, não deixa dúvidas do que venho frisando, agora o padrão do nosso BC, em termos de política monetária é de primeiro mundo. De uma maneira geral o conteúdo nesse novo modelo foi de agrado geral do mercado. Contendo informações mais detalhadas sobre os motivos que sustentam sua decisão, se contrapõe ao modelo antigo, onde de uma forma lacônica, apenas informava qual seria o novo nível de juros e quantos dos membros foram favoráveis a essa decisão. Quanto ao resultado observado no post de ontem BC-sob-nova-direção , também se confirmou: ...” neste momento quanto mais conservadoras forem suas decisões, maior a probabilidade de que tenha sucesso no futuro”... ...” acredito ser praticamente nula a chance de um movimento de queda da taxa na reunião de hoje, assim o importante será avaliar o comunicado e, mais precisamente, a ata a ser publ

BCB: Sob nova direção

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Desde que Ilan Goldfajn assumiu a Presidência do BCB, fez declarações dando algumas pistas de como pretende administrar a política monetária brasileira. Um item que fez questão de deixar claro, é que a meta de inflação existe para ser cumprida, e desvios só deveriam acontecer por situações temporárias. Tudo isso é muito diferente do que vinha sendo feito até agora, pois seu antigo Presidente, Alexandre Tombini, deixou-se influenciar por pressões políticas vindas do Planalto. No gráfico acima, pode-se constatar que desde a sua implantação em 1999 até agora, a inflação raramente ficou na meta – linha laranja. Coincidentemente, ou não, esse foi o período em que o PT esteve à frente da nação. Mas foi a partir de 2014 que, vergonhosamente a inflação se descolou da meta. Nos últimos meses a inflação vem dando sinais de arrefecimento e o último dado do IPCA foi de 8,84% a.a., ainda muito superior à meta estabelecida de 4,5% a.a. Hoje se encerra a primeira reunião do C