Elevação improdutiva da população
O mundo atualmente está sofrendo de duas tendências
aparentemente opostas: Superpopulação e a “despopulação”! A primeira é causada
pelo aumento da longevidade da população, enquanto a segunda é consequência da
queda expressiva na taxa de natalidade, esse fenômeno observa-se no grupo cuja
idade é inferior a 25 anos (exceto a África) e entre muitos com idade inferior
a 45 anos.
Conclusão: Os idosos vivem décadas a mais que uma geração
passada, porém seus filhos adultos estão tendo menos filhos. Os efeitos
econômicos são enormes e sem nenhum precedente histórico. Nenhum dos modelos considerou
um encolhimento da população jovem, com inexistência de renda, poupança, ou
oportunidade de empregos para uma população que encolhe, contra um crescimento
substantivo de idosos cuja vasta maioria depende de programas governamentais
para seus planos de previdência insuficientes.
O gráfico a seguir é sobre o crescimento da população
separado pelas nações da OECD (33 mais ricas nações representando 1,3 bilhões
de pessoas), BRIICS (Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China, África do Sul,
representando 3,4 bilhões de pessoas), e o ROW (Resto do mundo, representando
aproximadamente 3 bilhões de pessoas).
Conclusões: 1) O crescimento da população mundial teve seu
pico em 1988 e vem desacelerando desde então, com uma queda de 13%; 2) O
crescimento está mudando do BRIICS para o ROW - resto do mundo.
Uma visão mais detalhada é apresentada a seguir, quando se compara o crescimento total da população versus o crescimento da população com idade
inferior a 45 anos. As conclusões são que: 1) a população com idade inferior a
45 anos decresceu aproximadamente 60%; 2) Todo o crescimento líquido desse último grupo
se dá nos países mais pobres – ROW.
O próximo gráfico mostra claramente como o número de pessoas
idosas (> 75 anos), compradas a população infantil (0- 5 anos), vêm se acelerando
e devem ter a mesma quantidade em 2050. Em termos econômicos esse tendência é
crucial, pois enquanto em 1950 existiam 10 bebês para cada adulto, em 2050 essa
proporção passará a 1 x 1!
Um sistema econômico cuja premissa é baseada em crescimento
perpétuo está na eminência de encontrar graves
problemas. A desaceleração inevitável do crescimento populacional foi o gatilho
para que os bancos centrais incentivassem o crédito barato. Porém sua eficácia
é questionável, uma vez que, a troca de compradores potenciais futuros por
idosos, tem um efeito dramático no consumo.
Essa parece ser a forma correta de entender: porque o PIB
vem enfraquecendo de forma continua; porque temos uma super oferta de
commodities, agravado pela diminuição da demanda; porque os títulos do governo
americano continuam a ter uma alta demanda, mesmo que, não haja um atrativo em
termos de taxas de juros; porque as ações são demandadas (mesmo que pelo motivo
errado); e porque a valorização dos metais é pífia em face de um ataque
monetário.
No post um-ET-bate-sua-porta, fiz uma análise sobre o SP500: ... ” Os últimos
indicadores que tenho visto, e que são consistentes com a opinião dos
investidores, encontram-se ou com posição vendida na bolsa, ou menos expostos.
Caso o mercado ultrapasse o nível de 2.100, a alta poderá ser expressiva, pois
o mercado não sai do lugar faz praticamente um ano”...
Vejam o número de vezes que o SP500 testou o rompimento da
área contida entre 2.100 -2.130 desde março de 2015. A grande diferença entre
2015 e agora, é o fato que está grifado acima, o que não ocorreu no ano
passado.
Segundo estatística elaborada com os clientes do Bank of
América, apresentada abaixo, todas as categorias de clientes, hedge funds,
institucionais e pessoas físicas, apresentam fluxo negativo de recursos desde o final do ano
passado. Vocês podem se perguntar quem estaria comprando. Uma parte são as
recompras feitas pelas próprias empresas, e a outra, possivelmente os
estrangeiros.
Em análise técnica essas informações são de valia
secundária, o que importa mesmo são os preços, neles estão espelhadas as ações de
todos os investidores. E por enquanto, o SP500 está suportando a venda dos
grupos mencionados acima.
Como já enfatizei, se romper o intervalo entre 2.100 –
2.130, deverá subir forte. Vou propor um trade caso aconteça.
- David, o post hoje
está meio confuso, se por um lado o mundo caminha para uma diminuição de
consumo e crescimento, como você pode sugerir a compra de bolsa?
Vou responder com uma única frase: Como dizia Keynes, no longo prazo todos estaremos mortos! Com
certeza em 2050 não estarei mais publicando o Mosca. Até lá, enjoy the run!
Hahaha...
O SP500 fechou a 2.091, com alat de 0,19%; o USDBRL a R$ 3,5240, com baixa de 0,85%; o EURUSD a 1,1288, com alta de 0,21%; e o ouro a US$ 1.242, com alta de 0,42%.
Fique ligado!
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