Chineses copiam know how brasileiro

A China é conhecida como o país que copia os produtos importados. Mesmo depois de evoluir em muito a qualidade de seus produtos, aprendendo com a mudança das plantas de várias multi-nacionais para aquele país, ainda mantém esta imagem. É esperado que os produtos ou ideias copiadas sejam originalmente de países mais desenvolvidos, mas nem sempre é o caso, como veremos a seguir.

Uma declaração feita esta noite por um represente sênior Chinês, Wang Xiaoyi, minimizou os temores sobre as saídas financeiras recentes. Eles continuam confiantes em manter as saídas e entradas internacionais equilibradas no futuro, em virtude de uma perspectiva econômica positiva. "As mudanças atuais nos fluxos de capital são normais, o que não deve ser considerado como fuga de capitais".

A autoridade disse que iria reforçar o controle do fluxo de capitais, enquanto estuda medidas que inclui: taxas nas transações de câmbio e taxa Tobin para evitar grandes transações de curto prazo entre fronteiras. Hummm...

Na maioria das vezes que uma autoridade cambial vem a público para dizer que está tudo bem, não está. O fato de estudar taxações também é, de certa forma, suspeito, pois ou o fluxo é livre ou não é.

No post si-es-pt-yo-soy-contra, comentei que os dados cambiais de setembro da China tinha apresentado melhoras: ...tiveram uma queda de US$ 43 bilhões em setembro, comparados com um consenso de US$ 57 bilhões e um recorde em agosto de US$ 94 bilhões...

Existe certa desconfiança nas informações governamentais. Parece que as autoridades prezam em demasia a imagem a ser passada ao exterior, de que a economia está sempre bem. Juntando as duas coisas, copiar ideias dos outros e ficar bem na foto, foi o que motivou o BC Chinês a incentivar as operações de swap cambial. Já ouviram falar neste instrumento? 

No gráfico a seguir, têm se a nítida noção de como a demanda se alterou desde 2015, onde o governo passou de comprador de dólares (vendedor de Yuan) para vendedor de dólares (comprador de Yuan).
 Assim, como no caso brasileiro, está contratado uma saída potencial de dólares para o futuro, que pode ou não se materializar, pois depende dos motivos que levaram as pessoas a fechar estes contratos. Como já havia comentado, se esses contratos foram feitos com estrangeiros que querem liquidar seus investimentos na China, a situação não é tão grave, pois por outro lado, esse país acumula quantias consideráveis em sua balança comercial, que poderão fazer frente a estas saídas. Se por outro lado, foram os chineses que buscam diversificar seus investimentos por algum tipo de receio interno, as coisas ficam mais complicadas.

Mas se o último cenário prevalecer, sugiro às autoridades chinesas que façam um acordo com o Brasil. Programas como: pedalada fiscal; Operação Lava-Jato e tantos outras, são corriqueiros por aqui, com um longo track record de resultados! Hahaha...

No post de ontem psicologia-sobre-o-futuro, aventei a hipótese de estar influenciado pela minha idade: ...Por outro lado, fiz uma reflexão de como era o mundo em 1985 e como é hoje. Minha conclusão, eu confesso pode estar enviesada  pela passagem do tempo... Hoje recebi a pesquisa que não confirmam minha desconfiança, pois parece que todas as faixas etárias preferem voltar para 1985, exceção aos jovens, que não viveram aquele momento.
No post si-es-pt-yo-soy-contra, fiz os seguintes comentários sobre o SP500: ...perspectivas no curto prazo: ...dois níveis do SP500 que mereciam especial atenção: o que indicaria alta da bolsa 2.020 e baixa 1.865... ...Reitero as mesmas recomendações passadas, enquanto não houver uma ruptura para cima ou para baixo, este intervalo é de indefinição. Estas situações existem diariamente, vários mercados devem estar com movimentos que indicam indefinição como essa. Porém, no caso do SP500 é um pouco diferente, pois no caso de uma ruptura para baixo, a queda pode ser mais expressiva...
Nesta semana esse índice buscou romper o nível de 2.020 que eu havia mencionado. Porém ontem, antes do fechamento retornou a esses limites. Será que eles tinham inside information que o Mosca iria comentar hoje, ou resolveram seguir as minhas recomendações de cautela? Hahaha... Nenhum desses argumentos, a razão é análise técnica.

Da mesma forma que houve uma recuperação dos preços mínimos antes do rompimento para baixo, o mesmo pode estar acontecendo na parte superior, e enquanto esse nível não for rompido con gusto, ficamos de espectador. Não se pode esquecer que, na próxima semana tem reunião do FED, bem como a publicação do PIB do 3º trimestre que, diga-se de passagem, a estimativa dos analistas, não bate com a previsão do FED de Atlanta, veja abaixo.
Se o número a ser publicado for o do mercado, que reduziu durante o trimestre, será encarado positivamente pelo mercado. Mas se o pessoal de Atlanta estiver correto, e a publicação aponte algo como 0,9%, vai ser um banho de água fria no mercado.

O SP500 fechou a 2.052, com alta de 1,66%; o USDBRL a R$ 3,9073, com queda de 0,83%; o EURUSD a 1,1111, com queda expressiva de 1,99%; e o ouro a US$ 1.165, com queda de 0,10%.
Fique ligado!

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