A estatística e o Futebol

Este final de semana assisti a algumas partidas de futebol, primeiro vamos falar do Santos. É incrível como as pessoas tendem a distorcer os fatos, a sensação que transparece na mídia, é que o resultado foi bom para o Santos, mesmo tendo perdido de 1 x 0 para o Palmeiras. O raciocínio é que na Vila Belmiro, vai ser fácil marcar mais que um gol e sagrar-se Campeão Paulista. É verdade que o Santos, depois que tomou o gol, jogou dessa forma, com o objetivo de manter o placar.

Mas eu não encaro desta forma, perder é perder! Tem desvantagem no próximo jogo, e tanto faz onde vai jogar, pois a torcida apenas torce, não faz gols! Outra curiosidade é que, a média de idade do jogadores do Santos, parece a curva de Gauss. Só que ao invés de estar concentrada no centro, está nas caudas, pois ou são muito jovens ou muito velhos. A média de idade deve ser igual a média dos outros times. Esse é um caso em que a estatística engana.

E para terminar o assunto futebolístico, queria comentar um outro jogo que assisti do Campeonato Inglês, que evoluiu muito. O jogo foi entre o Arsenal x Chelsea, que delícia assistir! Observei alguns pontos que, na minha opinião, transformaram o futebol num esporte muito diferente ao da era Pelé. Já comentei anteriormente, que cada posição exige uma habilidade mais ampla, quem defende tem que atacar e quem ataca tem que defender. Depois, bater um lateral é uma jogada que quase sempre se vira contra você, pois como todos estão marcados, é muito difícil, o seu time ficar com a posse de bola. Se seu time pensa em atacar, de uma forma lenta, passando de um lado para outro, o mais provável é que vai perder a bola, pois a área do adversário é um paredão.

Para ser bem-sucedido, além do preparo físico, é necessário muita velocidade a fim de pegar o outro time desarrumado, e isso implica treinamento e muito controle da bola, haja visto que correr e passar a bola com precisão a seu companheiro, não é nada fácil. Mas os times europeus vêm se desenvolvendo nesses esquemas táticos. Para nós brasileiros resta ficar com o futebol arcaico, e com jogadores na cauda da curva de Gauss, como é o caso do Santos. Os bons, quando jovens, vão para o exterior. Quanto a seleção brasileira ainda teríamos uma chance, desde que houvesse técnicos competentes, o que não parece ser o caso, pois se até o Wanderley Luxemburgo está sendo cotado para assumir o São Paulo, o que podemos esperar?

É incrível que, quando se faz uma previsão que não é a esperada, você recebe um monte de parabéns céticos. E é o que vem acontecendo com o Mosca, que previu a queda do dólar contra o real. Em qualquer rodinha de conversa, as pessoas se aproximam, com perguntas, de teor mais ou menos igual: "O que melhorou tanto para o dólar cair?" Tanto faz a resposta que eu der, pois sou escutado, mas sinto que eles não se convencem. Na verdade, o motivo de uma forma direta, é o JUROS!

Muito bem, o real está entrando no objetivo que tracei. O meu último comentário sobre o assunto foi no post new-look: ...Este nível provável, é entre R$ 2,94 - 2,93, onde a partir daí, o movimento de alta pode ganhar ímpeto novamente...

- Opa David, vamos comprar dólares? O câmbio está agora a R$ 2,92!
Meu amigo, quero lembrá-lo que no post acima já tinha deixado um recado para você, lembra?: ...Antes que meu amigo dê um aparte, não dá para sair comprando se o dólar chegar lá, e necessário verificar, como ele chega lá. Precisa combinar com os Russos! Hahahahaha ....
Eu anotei no gráfico acima, os preços que são importantes dentro desse movimento do dólar. Inicialmente, onde ele se encontra agora, tem uma barreira importante, se for ultrapassada, o próximo nível será ao redor de R$ 2,75 e em seguida R$ 2,63.

Como o tema do Mosca para 2015 já alertou, essa queda foi causada pelo "dólar - dólar" ou "Dilma"? No gráfico a seguir, está a evolução do DXY.
Desde março que o "dólar - dólar" perdeu o ímpeto de alta, talvez em função do mercado ter postergado a alta de juros, com dados mais fracos da economia, no 1º trimestre. Eu apontei o nível de 96, como crítico, se cair abaixo disso, pode detonar uma série de ordens de stoploss, e como não faltam comprados em dólares, poderá ser forte!

Já em relação ao efeito "Dilma", o gráfico a seguir aponta a evolução em relação as principais moedas para esse fim.

Como a linha em verde aponta, houve uma melhora relativa do real frente a todas essas moedas, porém ainda teria mais espaço de alta relativa, para retornar a linha azul, que refere-se a piora do começo do ano, aqui no Brasil.

Em março no post dólar-mini-bolha, elaborei um raciocínio que vale a releitura, pois vou usar seus conceitos a seguir. Dadas as informações dos gráficos anteriores, o que se poderia esperar do dólar contra o real? Como mencionei nesse post , a chave da questão encontra-se no que o Banco Central do Brasil vai fazer com os vencimentos de swaps. Eu acredito que, se o DXY continuar caindo, ele tenderá a renovar os swaps, uma vez que tecnicamente não teria razões para querer um real mais desvalorizado que as outras moedas, neste momento

Que me desculpem os exportadores brasileiros, não adianta chorar que o câmbio está baixo, não é dessa forma que vão se tornar competitivos. Vá a luta, e busquem ser mais produtivos, caso contrário, é uma questão de tempo para perderem mercado, com ou sem câmbio a seu favor.

Assim, para uma queda mais acentuada do dólar por aqui, será muito importante que o DXY caia abaixo dos 96, mencionado acima. Se isso acontecer, o USDBRL poderá continuar caindo conforme os níveis que mencionei. Nessa situação, boa parte dos fundos locais que apostaram no dólar, vão sofrer, além da empresa que ganhou notoriedade, anunciando o "fim do Brasil". Terão que arrumar boas explicações, uma vez que suas previsões, são feitas na base do achismo, e sem muito fundamento.

O SP500 fechou a 2.108, com queda de 0,41%, o USDBRL a R$ 2,9190, com queda de 1,09%; o EURUSD a 1,0883, com alta de 0,10%; e o ouro a US$ 1.202, com alta de 1,90%.
Fique ligado!

Comentários