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Mostrando postagens de março, 2015

USA: Crescimento!

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Hoje chegamos ao final do 1º trimestre com uma certa confusão, tanto nos acontecimentos da sociedade, como na economia. Do ponto de vista fundamentalista tenho poucas convicções, se tivesse que fazer uma previsão se o SP500 no final do ano, estará mais alto ou mais baixo, eu não teria uma resposta com uma probabilidade diferente de 50% - 50%. No câmbio, o "dólar - dólar" está forte no momento, mas vai continuar assim até o final de 2015? E os juros de 10 anos nos USA, vai estar acima de 3% a.a., ou abaixo de 2% a.a.? Talvez, a única coisa que parece mais certa, é que a economia brasileira vai ficar no vermelho. Sobre o nível inflação no Brasil, também tenho dúvidas, vai continuar subindo ou reverter abruptamente por desaceleração da demanda? Os gráficos também espelham essas dúvidas, talvez não no mometum que continuam seguindo seu curso passado, mas segundo Elliott Waves, alguns extremos encontram-se em pontos críticos, como apontam alguns gráficos que inclui abaixo. P

USA: Recessão!

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Um analista que mantém seu tom crítico em relação a recuperação americana, é Lance Roberts. Com uma análise de longo prazo, vêm apresentando suas ideias do porque os USA estão beirando a recessão. É isso mesmo, RECESSÃO! Em seu último relatório, inicia mostrando que a alta do PIB no item de consumo está ligada a elevação de gastos nos programas de saúde, especificamente pela lei conhecida como Obamacare. Como pode-se verificar no gráfico abaixo, as outras categorias, em sua maioria, não tiveram crescimento. Se considerado o aumento do 2º quadrimestre para o 4º quadrimestre, houve uma elevação de US$ 13,9 bilhões, que se subtraído, teria um impacto de diminuir o PIB no 3Q para meros 2%. Alguns membros do FED vem ultimamente externando sua confiança na recuperação da economia americana e ratificando a expectativa que os juros começarão a subir ainda nesse ano, ficando a dúvida se em junho, setembro ou outubro. É verdade que, a Yellen tem deixado claro que vai depender dos dados

China: A nova bolha?

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Enquanto o mundo está repleto de insatisfações populares, com reações variadas entre manifestações e até guerras, um país continua a margem, onde pouco ou quase nada se ouve falar. Sabemos que existe repressões fortes a quem não obedece as leis internas, mas por outro lado, sua população é tão grande que parece difícil imaginar um controle, caso algo que os incomode aconteça. Já sabem de quem eu falo? A China, que continua uma incógnita! Há Alguns meses, eu publiquei um gráfico mostrando que a performance da bolsa chinesa estava muito díspare quando comparado ao SP500. Tecnicamente me lembro, que o nível de 2.000 no Shangai Index apresentava um grande risco. Acontece que, desde de outubro de 2014, resolveu dar bye bye e subiu expressivamente. Que tenha ganho terreno sobre as bolsas dos desenvolvidos até poder-se-ia aceitar, mas sobre os emergentes que são seus pares de comparação, é no mínimo intrigante. Alguns fatores poderiam justificar essa performance, o mais imediato e esp

Nada a perder

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A pior coisa que se pode fazer é entrar numa batalha, qualquer que seja ela, com alguém que não tem nada a perder. Mesmo que suas armas sejam muito superiores a de seu adversário, é mais provável que você irá perder. O Oriente Médio é uma região com disparidades gigantes, se os americanos estão revoltados com a concentração de riqueza, basta verificar a que existe naquela região. Eu tive um pequeno exemplo disso, quando no ano passado fiz uma viagem a Israel. Faziam mais de oito anos da minha última visita e observei um país moderno, com predominância de tecnologia por todos os lados, com exceção de um local, o mercado árabe em Jerusalém. Quando entrei por suas ruas estreitas, tive a impressão que o tempo não passou, está exatamente igual. Com lojinhas vendendo quinquilharias e comidas típicas. Muitos jovens que deveriam estar na faculdade, lá estão ajudando seus pais, em um negócio obsoleto. Perguntei ao guia, qual era o motivo de tamanha falta de motivação, afinal bastava andar a

Menos do mesmo

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Ontem foram publicados os dados das contas externas brasileiras, e embora o déficit em transações correntes teve uma pequena queda para US$ 6,9 bilhões, ocasionando um recuo anual para US$ 89,9 bilhões - 4,22% do PIB, não gostei de alguns pontos. Alguns efeitos da desvalorização expressiva do real, já podem já ser sentido, como na conta de serviços onde as despesas com viagens internacionais caiu US$ 300 milhões, comparado à 2014. Outra rubrica que apresentou melhora, foi a conta de rendas onde a diminuição no envio de dividendos foi o principal responsável pela queda de US$ 600 milhões. Já na balança comercial aconteceu o contrário, o déficit elevou-se em US$ 700 milhões, quando também comparado com 2014. Se fosse só isso, eu teria uma avaliação um pouco melhor, acontece que, a rubrica de investimentos estrangeiros reduziu-se para US$ 2,8 bilhões, contra um resultado no mesmo mês em 2014 de US$ 4,1 bilhões. Os analistas não deram muita importância para esse fato, uma vez que e

Mercados X FED

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Se existe algo que o mercado sabe fazer muito bem, é arbitragem. A definição clássica é a compra e venda de ativos, com o objetivo de ganhar com a diferença entre eles,  Arbitragem . Eu lembro de uma, que originou ganhos expressivos para a Planibanc, quando eu era diretor daquela Corretora. Em 1986 foi lançado o contrato futuro do Ibovespa e poucas instituições sabiam como precificar esse ativo, lembrem-se não tinha internet, Bloomberg e muito menos qualquer ligação das mesas de operações locais com as internacionais. Como eu sempre tive um viés "jurista", depois de alguns dias de negociação, resolvi calcular quais eram os juros implícitos naquele contrato. Confesso que levei um susto, 80% no período de 60 dias, ou seja, um taxa anual de "apenas" 3.300% a.a.! Vale lembrar que os juros, naquela época de plano cruzado, eram de 18% a.a. Fui a meu colega que cuidava de bolsa e perguntei como poderíamos ganhar dinheiro com essa diferença. Naquela época o índice era

O embrolho político de economias divergentes

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Acredito que boa parte dos leitores conhece Mohamed El-Erian profile , ex- executivo da Pimco, uma das maiores administradoras de fundos profile. Desde que saiu dessa empresa, por discordar de seu par Bill Gross, dedica-se a atuar como articulador e comentarista de vários meios de comunicação, inclusive da Bloomberg. Quero comentar um artigo que ele publicou recentemente, onde coloca sua visão sobre o mundo de uma forma didática. As informações aqui, são fruto desse documento. O mundo está caracterizado, de uma forma crescente por divergências - na performance econômica, políticas monetárias e nos mercados financeiros. Essas, divergências contribuíram na volatilidade vista nos mercados de bolsa, e num movimento fora do comum no mercado de moedas. E esses movimentos não estão retrocedendo, colocando pressão no ainda tenso sistema político. As economias mundiais podem ser classificadas em quatro categorias: O primeiro grupo inclui países como a Índia e os USA, onde essas economia

Déjà vu!

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A foto do post hoje foi tirada do International Space Station,  mostrando a linda paisagem do eclipse solar. Para quem não sabe, essa é uma estação espacial, ou um satélite artificial habitável, numa órbita baixa da terra. Sua estrutura é modular, e o primeiro componente foi lançado em 1998, pela NASA. Este eclipse só pode ser visto no Norte da África, no noroeste da Ásia e na província canadense Terra Nova e Labrador. Para nós brasileiros, esperemos a próxima! Em 2011 eu publiquei um post que intrigou vários leitores:  Quiz: Como os juros de 10 anos podem ser menores que os juros de 2 anos?  Quem é leitor antigo, já sabe a resposta, quem não é, sugiro que leiam esse post. Esse caso aconteceu com a Grécia antes de  renegociar sua dívida com um belo desconto. Esse país encontra-se atualmente, numa situação semelhante, do ponto de vista financeiro. Enquanto as bolsas na Europa estão "bombando", a da Grécia está caindo pelas tabelas. No quesito juros então, nem se fal

Yellen: "We don't know!"

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Depois de ler o conteúdo da minuta do FED e comentários de alguns analistas, chego a conclusão que a melhor definição para o resultado da reunião de ontem, é que o FED não sabe quando vai iniciar a alta de juros. E pior, nem se vai elevar aos níveis considerados normais ou neutros, que são esperados ao redor de 3,5% a.a. - 4% a.a. Se a Yellen pudesse diria ao mercado, "não tente fazer perguntas capciosas, buscando tirar algo da minha boca,  We don´t know". Ela disse o que todo mundo já sabia: Que iria tirar a palavra "patient" ; que a economia tinha se desacelerado em relação ao ritmo anterior, e que a alta do dólar teve algum impacto nesse sentido; que a inflação vai ser inferior ao que se estava esperando, por causa da queda do petróleo. Complementou com: Em abril não tem mudança, junho muito difícil, depois disso só os dados sabem! Os mercados tiveram uma reação violenta, num determinado momento o euro estava subindo mais de 3%, o SP500 subiu e os juros caír