O tempo passa!

Fiori Giliotti narrou dez Copas do Mundo, sua voz era inconfundível. Naquela época, ia-se aos estádios com um radinho de pilha, para ouvir os comentaristas em jogadas polêmicas. Uma frase famosa sua era ..."o tempo passa"...; e se o jogo estava indefinido, ou mesmo seu time tentando uma reação, soavam como um alarme. O futebol era mais divertido e bonito aqui no Brasil, agora para assistir uma partida descente, você tem que acompanhar o futebol jogado na Espanha ou Inglaterra.

A mesma frase do Fiori pode-se aplicar em relação as eleições para Presidente, depois de uma reação inesperada de Aécio Neves, colocando-se à frente, a duas semanas do 2º turno, o quadro encontra-se indefinido. Esta semana serão anunciadas várias pesquisas, porém como é sabido, mesmo que ele se encontre com uma vantagem sobre a candidata Dilma, uma semana pode ser uma eternidade. Enquanto isso, todos encontram-se em contagem regressiva, ..."e o tempo passa"...!

Independentemente de quem assuma a Presidência, existem algumas defasagens nos preços administrados que deverão ser corrigidas, em algum momento. No ano de 2013, o governo deitou e rolou na intervenção destes preços, fazendo com que o IPCA terminasse o ano em 5,9%. Neste ano a realidade se sobrepôs, o reajuste na tarifa de energia ao longo deste ano é o principal responsável pela alta do IPCA. Porém, a gasolina é o "x" da questão.


Mesmo com a derrocada dos preços do petróleo no mercado internacional, ainda um ajuste se faz necessário, por conta de defasagens antigas e da alta do dólar recentemente. Segundo cálculo da Rosenberg, um aumento de 5% nos preços acarretariam um resultado para o IPCA de 6,3%, enquanto se for de 10%, a inflação atingiria 6,5%.

E não adianta a Dilma dizer que a inflação está sob controle por encontrar-se dentro da banda, pois o objetivo é de 4,5% e não o teto. Agora, o seu outro argumento que, na época do Armínio Fraga a inflação era muito superior, não cola! Presidenta, vou assumir que a senhora não acredita nisso, e que só usa este argumento por razões eleitorais.

Hoje é feriado nos USA, Columbus Day, mas este é daqueles em que o mercado de bonds não funciona, mais a bolsa sim. Vai entender! Em todo caso, o dia deveria ser devagar.

Na última vez que postei sobre o ouro o-vírus-ebola, comentei: ...existe uma região que precisa ser ultrapassada que é, entre U$ 1.230/1.240. Assim, recomendo que, caso o ouro vá para este intervalo, suba o stoploss para US$ 1.200... Desde então, houve um progresso lento, porém já pode-se considerar o novo stop.

O gráfico acima é de curto prazo e espelha duas possibilidades: A primeira seria uma continuidade desta alta, ultrapassando o nível de US$ 1.250. Em acontecendo isso, as perspectivas melhoram bem para nós. Já se cair, fica mais duvidoso, até US$ 1.205 eu encaixo, abaixo disso a queda pode continuar, razão do meu stop a US$ 1.200. Quero ressaltar que essa tática se faz necessária, pois estamos apostando numa nini alta, dentro de um mercado de baixa.

O SP500 fechou a 1.875, com queda de 1,64%, praticamente concentrada na última hora de negociação; o USDBRL a R$ 2,3910, com queda de 1,55%; o EURUSD a 1,2693, com alta de 0,52%; e o ouro a US$ 1.232, com alta de 0,84%.
Fique ligado!

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