Em quem você vai votar?

Acredito que se eu fizesse esta pergunta aos leitores do mosca, a Presidenta Dilma não seria reeleita, até com uma certa folga, o preferido seria Aécio Neves. Mas e se considerarmos todos os votantes? Dilma na cabeça, talvez não no primeiro turno. Como pode-se explicar tamanha divergência? Se me pedissem uma única razão diria emprego.

Na última reunião da Rosenberg discutimos os vários cenários possíveis alocando probabilidade a cada um, vejam a seguir um resumo de nossas hipóteses. Para calcular a chance da Dilma se reeleger, soma-se os cenários básicos e pessimista.


Antes de associar uma probabilidade a cada cenário, deve-se fazer uma pergunta: Qual a chance de haver um evento, positivo ou negativo, até as eleições, que poderia alterar significativamente, os percentuais atuais? Eu não consigo vislumbrar nada, o horário político já mostrou que não tem força para gerar estas mudanças.

A expectativa dos brasileiros vem se deteriorando consistentemente nos últimos anos, basta ver a evolução.


Em relação ao emprego, a situação não está ruim, diria que até boa demais, haja visto o desânimo dos empresários. No gráfico abaixo, observa-se criação líquida de postos de trabalho,exceção feita neste últimos meses, com uma pequena piora. Mas tudo isso com taxas de desemprego nos menores níveis históricos.


Eu não sou nenhum especialista em eleições, mas sabemos que o eleitor vota com o bolso, e mesmo que o nosso PIB, já nem PIBinho é mais, com constantes rebaixamento das previsões feitas pelos economistas, o emprego que é o que conta para a maioria da população, está ótimo! Assim, podem se preparar para mais 4 anos de governo Dilma, ficando a dúvida se ela vai fazer a lição de casa, ou não está nem aí com as críticas e manteria mais do mesmo.

No post desequilíbrio-estável, fiz uma análise sobre a situação cambial brasileira e elenquei os motivos pelo qual não acreditava que haveria uma alta do dólar, como o mercado esperava. O título do post é sugestivo, pois embora nos encontremos numa situação de desequilíbrio, ainda não havia catalisadores que justificassem o pessimismo daquele momento. Mas eu seria ingênuo em acreditar que esta situação possa se perpetuar, sem que haja uma mudança, e neste caso a mudança chama-se: desvalorização do real!

- Ah David, deu a volta ao mundo para chegar que o dólar tem que subir! Vai jogar a toalha?
Poxa, você está rápido no gatilho, deve estar sofrendo muita pressão por aí. Parece que você está comprado em dólares, amargando prejuízo! Hahahahah ....Não se preocupe, se eu jogar a toalha, vai ser o primeiro a saber, afinal, o compromisso é com o bolso.

No post hiper-Mario, eu reiterei minhas previsões anteriores sobre o real: ...daqui em diante, pode-se esperar quedas a partir da máxima atingida hoje (R$ 2,307), ou ainda novas altas até R$ 2,32/R$ 2,35 (2), para voltar a cair ... E desde então, observou-se uma pequena retração não dando confiança em nenhuma das duas sugestões acima.

Fiz a análise habitual de final de semana, e confesso que meus indicadores mostraram uma piora em relação as minhas previsões, ou seja, a probabilidade dos meus R$ 2,10 diminuíram, mas isto não significa que joguei a toalha. Anotei acima dois pontos que considero importantes no curto prazo. Para o cenário mais altista, ultrapassar R$ 2,32, vai me obrigar uma re-avaliação das minhas premissas, já uma queda abaixo de R$ 2,24/R$ 2,25, recoloca em jogo os R$ 2,10.

Para terminar, é importante que vocês tenham em mente que esta melhora do dólar, vis a vis o real, não foi ocasionada por fatores internos, como querem fazer crer os analistas que escreveram sobre o assunto, mas sim por fatores externos. Veja abaixo o que aconteceu com a moeda dos países que acompanhando para este fim, desde de julho. 


Assim, ficamos de olho no dólar em geral e let´s the market speak!

O SP500 fechou a 1.933, com queda de 0,16%; o USDBRL a R$ 2,2780, com alta de 0,13%; o EURUSD a 1,3367, com queda de 0,13%; e o ouro a US$ 1.309, com alta de 0,13%. Um dia inútil!
Fique ligado!

Comentários