O futuro ex-Minístro

Esta semana está recheada de informações e decisões importantes, os PMI's de manufatura e serviços, a decisão do ECB sobre o corte ou não de juros, e por fim o anúncio dos dados de desemprego dos USA. Na Europa as apostas já estão feitas, até os Ucranianos estão vendidos no euro! Hahahah..
Hoje foi publicado os PMI's da Europa e não foi uma boa notícia em geral, 2/3 apresentaram queda, inclusive a Alemanha, veja a seguir.

Na sexta-feira foram publicados os dados sobre o PIB brasileiro, e como via de regra nestes últimos tempos, foi pífio, um crescimento de 0,2% no trimestre e uma taxa anual de 1,9%. Em seguida todos os economistas revisaram suas estimativas para 2014, aqui na Rosenberg foi para 1,6%, e não esqueçam que teremos um evento especial que é a Copa do Mundo.

O que mais desanima são os dados da taxa de investimento que passou para 17,7% do PIB, em queda constante desde 2010, e a taxa de poupança de 12,7%, significando que o país continua bastante dependente da poupança externa.


O Ministro Mantega não tinha aparecido na mídia ultimamente, porém foi obrigado a se pronunciar, afinal quem teria que dar explicações sobre estes resultados, que não ele. Como é praxe, elencou os responsáveis por este resultado ruim: seca, recuperação lenta da economia mundial, câmbio e inflação. Entretanto, as opiniões dos analistas, foi um "muro das lamentações", desde alertas que a indústria está em recessão, desânimo generalizado entre os empresários, baixos investimentos e etc... culminando com a revisão do PIB mencionada acima.


Agora não tem o que fazer, pois se existe algo que parece inevitável á a saída do Ministro ao termino do governo, mesmo que a Presidenta seja reeleita. Vamos ficar na "torcida" que um milagre aconteça, como uma melhoria das economias desenvolvidas. Assim, podemos evitar uma estagflação, que é quando a inflação é alta e a atividade econômica é baixa, se é que já não estamos nela.

Quanto a Copa do Mundo, embora o Brasil seja franco favorito, não acho que vai ser fácil para nenhum país, pois assisti o jogo entre Alemanha 2x2 Camarões, este final de semana, e o time Africano, que é adversário do Brasil, joga muito duro e é rápido no contra ataque. Tempos difíceis!

Nosso futuro ex-Ministro, vai ter que se deparar com a realidade de sua gestão, quando da sua partida, e não vai ser fácil. É praxe quando do termino de um mandato desta área, que o responsável seja convidado para palestras, ou até cargos em empresas, qual será seu futuro? O tempo dirá, mas neste meio tempo sugiro-lhe uma boa terapeuta.

O dólar vem subindo nestes últimos dias em relação as moedas dos países emergentes, nada de se preocupar, pelo menos por enquanto. Hoje foi o dia USDBRL que está subindo mais forte. No post USA:-procura-se-John-Wayne comentei ... o dólar está subindo um pouco e o teste de R$ 2,25 fica mais eminente, caso ultrapasse este nível, deveríamos então esperar o patamar de R$ 2,28/2,32 ... Com o rompimento daquele ponto, é uma questão de tempo para atingir este novo intervalo.

Desde o final de abril, eu vinha esperando por esta recuperação do real a-indecisão-prevalece ... Por enquanto só dei um call para quem estava vendido em dólares, para reduzir suas posições a R$ 2,22 ... Não esperem uma linha reta, é possível uma recuperação parcial, até R$ 2,30 para depois cair novamente... 

Assim, a partir de agora trabalho com o seguinte cenário, uma recuperação até 1), onde vou estudar uma venda de dólares, provavelmente com um stop ao redor de R$ 2,35, e não espero ver o real acima de R$ 2,38.

- David, e se subir acima de R$ 2,38, vai de novo vir com aquela história de se não cair vai subir?
Acho que pelo seu tom irônico não deve estar muito feliz, certo? Veja, o mais provável é o cenário que tracei acima, agora se não acontecer, eu terei errado. A grande diferença, é que eu não vou ter nenhuma vergonha, nem ter que me explicar, porque agora vou comprar dólares ao invés de vender, afinal o compromisso tem que ser com o bolso, sempre! Nos próximos dias, como eu notei no início, poderemos ter movimentos fortes nos mercados, vamos acompanhar.

O SP500 fechou a 1.925, sem alteração; o USDBRL a R$ 2,2755, com alta de 1,57%; o EURUSD a 1,3597, com queda de 0,25%; e o ouro a US$ 1.243, com queda de 0,59%.
Fique ligado!

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