Rússia na contra mão

Desde que a situação na Ucrânia irrompeu, a Rússia colocou suas tropas prontas para agir, induzindo os USA e aliados a proporem sanções financeiras àquele país. Num determinado momento o Banco JP Morgan não quis honrar uma ordem dada pelo governo soviético de transferir seus títulos para  outra praça, isto durou apenas algumas horas, haja visto a reação dos Russos contra o JP Morgan.

É possível acompanhar as posições detidas por cada país em relação aos títulos americanos que possuem, e não é surpresa que a Rússia vem diminuindo em um ritmo sem precedentes, só em março venderam um volume recorde de US$ 26 bilhões, ou 20% de sua posição.



A pergunta que vêm logo a seguir seria, mas o que aquele governo está fazendo como estes recursos? A resposta é ouro, só em abril comprou 900.000 onças do metal equivalente a US$ 1,17 bilhão, suas reservas atuais montam US$ 44,30 bilhões em 01 de maio, de um total de US$ 471,1 bilhões, ou seja, aproximadamente 10%, o que é bem inferior as porcentagens detidas por outros BC´s, tais como: Bundesbank, Bank of France e o FED, que detém 65% no metal. Esta comparação não deve ser levada tanto em consideração, uma vez que estes últimos possuem montantes totais de reservas muito inferiores a Rússia.

A Rússia vem gradualmente aumentando suas reservas no metal, como pode-se verificar no gráfico a seguir que apresenta a evolução em milhões de onças troy.


Eles vem deixando claro sua intenção de elevar suas reservas em ouro, e é possível que um de seus objetivos seja de proteger o rublo de desvalorizações ou de uma eventual crise monetária internacional.

Estes movimentos não foram muito rentáveis àquele país, pois neste período os títulos americanos se valorizaram enquanto o ouro encontra-se nas mínimas. Isto mostra a dificuldade de se usar raciocínios lógicos, ou fundamentalistas, quando existem participantes detentores de grandes reservas, que tomam suas decisões baseadas em outros parâmetros, fico com a análise técnica.

Para terminar este assunto, falta responder quem comprou os títulos vendidos pela Rússia? A Bélgica, um país mínimo que não teria reservas para tanto. Especula-se que o FED e o ECB estariam por trás destas aquisições. Se isto é verdade ou não, dificilmente saberemos, mas pode representar a batalha financeira entre estes países.

Já que o assunto é ouro, vamos lá, no post start-ups alertei para uma possível queda no curto prazo: ... Se você quiser fazer uma aposta de tiro rápido, recomendo a venda no nível de US$ 1.310, com um stop a US$ 1.340, com um target de US$ 1.240 ... Embora não foi possível executar este trade, uma vez que a cotação máxima atingiu US$ 1.308,80, o metal parece caminhar para o nível projetado.

A formação que enfatizei com a linha verde indica um movimento iminente, assim se você não vendeu o ouro a recomendação está cancelada, se vendeu, aperte o stoploss para US$ 1.315. O motivo é que, o podem acontecer 2 cenários diametralmente opostos, o mais provável é uma queda para os US$ 1.240, mas não posso descartar uma alta a níveis que teriam que ser calculados, caso ultrapasse US$ 1.315 e principalmente US$ 1.330. Vamos acompanhar os próximos dias e ver se a decisão Russa foi boa ou ruim. A vantagem é que eles não têm que combinar com ninguém, afinal são eles os Russos! Hahahaha...

O SP500 fechou a 1.888, com alta de 0,81%; o USDBRL a R$ 2,2085, com queda de 0,31%; o EURUSD a 1,3686, com queda de 0,12%; e o ouro a US$ 1,291, com queda de 0,21%.
Fique ligado!

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