Pedalando a bicicleta

Nos últimos anos voltei a andar de bicicleta, que vêm se tornando popular até como meio de transporte, afinal não polui, evita o trânsito, é o que se denomina "politicamente correto". Eu não me aventuro a andar durante a semana aqui em São Paulo, onde existe muito desrespeito as leis. Em meus percursos busco evitar caminhos com subidas íngrimes, embora as bicicletas modernas tenham dezenas de marchas e algumas feitas de fibra de carbono, não gosto!

- David, realmente você perdeu o foco, porque não segue o conselho do dono da Wase, publicado aqui ontem: "Focus is what we are not doing"!
Poxa já estava com saudades de seus comentários "carinhosos", pois bem, hoje foi publicado o PIB da zona do euro que cresceu míseros 0,2% no primeiro trimestre, quando se esperava 0,4%. Acontece que como vêm se sucedendo, o responsável por este número positivo foi a Alemanha que teve um crescimento de 0,8% contra 0,4%, no período anterior. Em contra partida a França ficou no zero a zero, e a Itália contraiu 0,1%.

- E o que tudo isto, têm a ver com a bicicleta?
Existe um termo muito usado para uma companhia que têm uma dívida elevada e com uma situação financeira delicada, diz-se que ela precisa continuar "pedalando" para não quebrar, e este é oriundo do esforço ao subir-se uma ladeira, onde qualquer interrupção nos pedais vai fazer você cair. A Europa, vem tentando se recuperar da crise de suas dívidas, principalmente o Club Med. Inúmeros posts foram publicados aqui, além de fartas coberturas pela imprensa, acontece que como as perspectivas vinham melhorando, a pressão diminuiu, e os prêmios de risco nestes países, caíram a níveis pré-crise.


O raciocínio é simples, se uma empresa detém uma dívida elevada, e em algum momento suas vendas caem, os credores se sentem desconfortáveis, as chances de pagamento dos juros devidos diminui, porém se em seguida, faz-se uma renegociação com os credores que lhes dá mais prazo para pagar, e suas vendas retomam e crescem, seu cash-flow sobe, aliviando o stress. Assim também funciona para a solvência de uma dívida elevada de um país, é fundamental que a economia cresça, precisa continuar pedalando, titubeou, vai gerar problemas adiante. Esta foi a razão da publicação do post logo na segunda-feira Israel-pais-de-oportunidades, analisando o euro que atingiu hoje, o primeiro intervalo de perigo. Estou atento!

Outro mercado que merece atenção e que neste ano andou para trás, é a bolsa da China. Embora os emergentes de uma maneira geral se recuperam das quedas do início do ano, o índice Shanghai CSI300 apresenta uma queda no ano de 7,76%, o gráfico a seguir compara com o nosso Ibovespa. É verdade que, neste período que fiquei fora, os dados publicados não foram muito bons, não um desastre. Já se vêm especulando que o Governo Chinês terá que lançar novos estímulos, e assim o mundo vai, de helicópteros aqui e acolá, mas crescimento sustentável que é bom ....


E já que o assunto é bolsa, vamos analisar o SP500. No post a-passos-de-tartaruga, como em outros, venho enfatizando que embora muito se fale numa queda eminente da bolsa americana, do ponto de vista técnico, não há uma evidência mais forte, apenas alguns indícios. Meus últimos comentários foram: ...Para vender agora "nem a pau"; para comprar, aguarde o rompimento dos 1.900 e coloque um stop curto; e não fazer nada é a minha preferência ...

Nestes últimos dias, não aconteceu nada de desanimador, nem tampouco animador, nesta semana o índice atingiu o nível de 1.902, porém não houve um rompimento sólido, assim permanece o que já havia dito, por enquanto não faço nada! Sem posição e sem viés, aceito qualquer direção, norte ou sul!

O SP500 fechou a 1.870, com queda de 0,94%; o USDBRL a R$ 2,2178, com alta de 0,78%; o EURUSD a 1,3708, sem variação; e o ouro a US$ 1.296, com queda de 0,67%.
Fique ligado!

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