Dicas para a prova

Ontem a Presidenta do FED, Janet Yellen, proferiu um discurso sobre política monetária e recuperação econômica. Os ouvidos se voltaram para lá, pois quem sabe ela já marcaria na folhinha o dia exato que vai subir os juros! Hahahah.... Como vêm demonstrando até agora, nestas ocasiões, parece que ela está dando uma aula na Universidade, como aqueles poucos professores que nós admirávamos quando da vida acadêmica. Assim ela deu dicas do que vai cair na prova, e de uma forma didática, o fez através de 3 perguntas a serem respondidas.

  • Existe ainda uma folga significativa no mercado de trabalho?

... I will refer to the shortfall in employment relative to its mandate-consistent level as labor market slack, and there are a number of different indicators of this slack. Probably the best single indicator is the unemployment rate. At 6.7 percent, it is now slightly more than 1 percentage point above the 5.2 to 5.6 percent central tendency of the Committee's projections for the longer-run normal unemployment rate. This shortfall remains significant, and in our baseline outlook, it will take more than two years to close ... 

Além da colocação acima reforçou que existem ainda outras folgas: trabalho em período parcial; o baixo nível do participation rate; e não existe ainda pressão visível nos custos da mão-de-obra.
  • A inflação caminha para os 2%?

Ela acredita que quando o mercado de trabalho diminuir sua folga, vai exercer menos pressão de baixa na inflação. Entretanto, durante a recuperação, com elevados níveis de desemprego, não geraram também uma pressão baixista sobre a inflação, assim é importante verificar se ao diminuir a folga no emprego vai ajudar na inflação. Além disso, o FED acredita que as expectativas de inflação permanecerão bem ancoradas aos níveis atuais de 2% e propiciam um retorno natural a este nível. 

O FED também está ciente que a inflação pode subir substancialmente acima dos 2%, entretanto no momento ela acredita que as chances são significativamente inferiores as chances de a inflação persistir abaixo de 2%. 

  • Quais fatores podem comprometer a recuperação?

Ela cita como exemplo, ao longo destes últimos 5 anos, que afetaram a economia americana, os elevados déficits fiscais e problemas de dívidas de alguns países europeus, isto implicou naquele momento uma alteração nos cenários esperados.

A pergunta que vai cair na prova todos sabemos, quando o juros vão subir. Como a Yellen vê folga substancial no mercado de trabalho e está mais preocupada com a baixa inflação que a alta, logo a resposta correta é que: Eles ficarão baixos por um bom tempo.

Nesta véspera de feriado os mercados não apresentam nada de muito sugestivo, assim resolvi revisitar o gráfico das moedas dos países emergentes que passam por um "refresco".


O ponto em vermelho representa o pior momento que ocorreu ao redor de fevereiro deste ano, e partindo-se de cima, da esquerda para a direita, encontra-se inicialmente o dólar australiano, em seguida o real, o dólar neo zelandês, o rand sul africano, o peso mexicano e por último o dólar canadense. Dá para ficar tranquilo? Não! Uma vez que parecem recuperações e não mudanças de tendências, principalmente as moedas da linha inferior.
Boa Páscoa!

O SP500 fechou a 1.864, com alta de 0,14%; o USDBRL a R$ 2,2348, com baixa de 0,37%; o EURUSD a 1,3810, sem variação; e o ouro a US$ 1.293, com baixa de 0,68%.
Fique ligado!

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