Usar o Whatsapp é caro?

Vou começar com a experiência que estou passando com a minha filha, ela me pediu para dar uma ajuda na matéria de economia, mal sabe ela que sou um curioso do assunto e não entendido! Assim, durante algumas noites nos encontramos para estudar juntos, interessante, confesso que aprendi também. Mas algo me incomodou bastante, eram as interrupções por seu Whatsapp, pedi então para que ela desligasse enquanto estudávamos.

Atendeu o meu pedido, mas depois de uma hora o break era para verificar suas mensagens, eu perguntei quantas haviam? Ela respondeu: "Ah, nem sei direito, só das minhas amigas mais de 40, as de grupos não vou nem olhar, pois são muito mais". Refleti um pouco sobre o assunto e constatei a elevada quantidade de tempo e atenção perdida, e a tendência no curto prazo, é que o tempo de utilização destes aplicativos ainda devem aumentar. Isto deve se manter? Fiquei seriamente em dúvida

- David, vai reclamar no PROCOM e vamos ao que interessa!
Não dá nem para reclamar, pois você não paga nada para usar. Mas o motivo de eu dividir estas ideias com vocês, e para se perguntarem se daqui há alguns anos, tudo vai continuar neste crescente ou as pessoas vão se encher e deixar de usar? E se isto acontecer, como será refletido nas ações do Facebook e assemelhados?

O fato de poder usar este aplicativo sem limites, de graça, tem um custo associado muito maior, o da perda de tempo. Por um minuto reflita, quantas vezes ele foi realmente útil para você, do tempo total usado? No meu caso muito menos de 5 % e não vale aqui incluir o que considerou como "legal"! Não estou sugerindo que seja abolido, pois é inegável sua utilidade, mas seu uso, como quase tudo hoje em dia, foi banalizado.

Vou voltar ao tema da inflação nos USA, um assunto que não foi resolvido e que a Yellen disse que nem aceita discutir qualquer alteração nas taxas de juros, se o nível de inflação não voltar para os objetivos traçados pelo FED, acima de 2% a.a. Podemos considerar que existem 3 componentes que merecem acompanhamento, por serem indicadores de inflação: velocidade da moeda VM; elevação dos salários e preços das commodities. A velocidade da moeda é quão rápido o dinheiro se move na economia. Como o dinheiro é emprestado às empresas, criam-se novos produtos, construção de fábricas e expansão do emprego. Com o emprego maior, a competição pelos empregados fazem os salários subir. Salários subindo geram maior demanda por produtos e serviços, e isto desemboca na elevação dos preços das commodities. Ou seja, estes 3 componentes trabalham em conjunto para criar inflação.


Como pode-se observar, nenhum deles apresenta qualquer sinal de reação, ao contrário, estão declinando, indicando pouca evidência de uma forte atividade econômica adiante. O risco é a continuidade de uma economia estagnada, com possibilidade de uma deflação no caminho.

O Japão encontra-se mergulhado numa estagnação por mais de 20 anos e os analistas não acreditam que o mesmo possa acontecer nos USA, mas não é prudente descartar, uma vez que o principal argumento é que o consumidor Japonês é diferente do americano, o que é verdade. Mas será que só isto é suficiente? Por precaução, vejamos como foi o seu desenrolar lá.


Durante alguns momentos, o Banco Central Japonês, inciou um movimento de subida de juros, pois acreditava-se que era necessário retirar os helicópteros, ah desculpa, o excesso de liquidez! Hahaha... Em todas elas (veja no gráfico a linha preta indicando alta das taxas de juros para títulos de 1 ano), logo em seguida, a economia entrou em recessão.

Transcrevi os comentários de Lance Robert, que enfatizam os riscos da excessiva injeção de liquidez, no intuito de elevar a atividade econômica ... The Federal Reserve is currently betting on a "one trick pony" to jump start an economic growth cycle. The hope is that the inflation of asset prices and suppression of interest rates will kick start a organic, self-sustaining, economic recovery. However, as I stated before, these programs have in effect actually run in reverse by acting as a transfer of wealth from the middle class to the rich. This "reverse robin hood" mechanism has likely done little more than fuel the next asset bubble without any repairs to the underlying fundamental economy ...

O ouro atingiu a mínima de US$ 1.300,09, considero que fomos estopados, ou não? No post posso-ir-ao-banheiro, veja meus comentários com o gráfico lá postado .... A queda foi muito íngreme e rápida, fugindo um pouco do que eu esperava, assim vou  ajustar o stop para US$ 1.300, e também diminui a probabilidade de atingir US$ 1.430. Nas próximas horas terei um quadro mais claro, se o que eu esperava irá acontecer, ou se uma queda maior está nos planos do metal.... 


Considero encerrada, pois não vou ficar torcendo por US$ 0,09! A perda foi de 2,14%, ou melhor, devolveu-se um pedaço do lucro anterior, Cést la vie! Vamos ficar fora por enquanto e observar os próximos movimentos, não dá para falar nada agora, nem que irá subir aos US$ 1.430 ou se vai buscar os US$ 1.150, estamos quietinhos!

O SP500 fechou a 1.852, com queda de 0,70%; o USDBRL a R$ 2,3082, com queda de 0,11%; o EURUSD a 1,3790, com queda de 0,25%; e o ouro a US$ 1.301, com queda de 0,68%.
Fique ligado!

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