Sinais de atenção emergem

O referendum na Crimea foi um "sucesso", 97% da população votou por um estado independente. Buscam agora, uma permissão para se juntar a Rússia, como uma República. Do outro lado, os membros da União Europeia  ameaçam a Rússia, caso haja uma invasão, uma vez que a constituição Ucraniana não permite tal referendum, tornado-o ilegal. Os mercados por sua vez estão mais tranquilos, mas mesmo não sendo um entendido em geopolítica, não me parece uma situação de fácil resolução.

No post eu-avisei, fiz uma análise do SP500 e defini o nível de 1.900 como um divisor de águas, que até o momento não foi ultrapassado. Também alertei que o momento exige uma atenção redobrada, vejamos a seguir uma série de indicadores das diversas bolsas do mundo.


 Parece um pouco confuso, mas não é tanto, na primeira linha encontram-se 4 índices da bolsa americana: SP500, Nasdaq100, Dow Jones e Russell 2000 (pequenas e medias empresas). Na segunda linha indicadores das bolsas Europeias, e na terceira linha, bolsas da Ásia e países emergentes. Os gráficos que possuem uma marcação em amarelo, mostram fraqueza do ponto de vista técnico. Vale observar que nos USA, o Dow Jones é o único que mostrou alguma preocupação.

Vejamos agora como as ações de cada setor da economia americana, vem performando.


Destes 12 setores, a grande maioria já apresenta algum grau de deterioração, e apenas os setores de materiais, elétrico, saúde e semi condutores, continuam com uma boa performance.

Nada conclusivo, pode-se extrair ainda, pois de certa forma estas informações se encaixam nos principais temores dos mercados a saber: China e Ucrânia, mas de outro lado, confirmam a confiança na recuperação americana. Na próxima quarta-feira acontecerá a primeira reunião do FED sob comando da Yellen, e em seguida uma secção de perguntas e respostas, vamos observar.

Enquanto isso nossa bolsa de valores vai de mal a pior, já não bastasse todas as dúvidas vindas do exterior, internamente nada de animador vem acontecendo, ao contrário o governo encontra-se de certa forma encurralado, evitando tomar medidas mais certeiras com receio de seus impactos nas próximas eleições, restando somente a política monetária. Com a publicação do último dado de inflação, o mercado já trabalha com uma nova elevação da SELIC na próxima reunião do COPOM para 11% a.a. Que fase!

No post bad-news fiz uma análise do Ibovespa ...Parece que nos próximos dias o mercado vai "empurrar" as cotações ao nível de 45.000, para ver o que acontece ... E é o que aconteceu, hoje o índice negocia a 45.400, muito próximo daquela marca.


Parece que está desenvolvendo uma formação denominada de triplo zig-zag, onde a trajetória em vermelho se encaixaria, levando o Ibovespa para os 39.000, o rompimento do nível de 44.000/45.000 abriria a porta para tanto. Se este cenário se materializar, vejo dois possíveis catalisadores: Falta de energia ou eliminação na Copa do Mundo. Existe um lado positivo dentro disso, seria a possibilidade de um novo nome assumir a Presidência. É tão ruim assim? Hahahaha...

O SP500 fechou a 1.858, com alta de 0,96%; o USDBRL a R$ 2,3475, sem alteração; o EURUSD a 1,3921, sem alteração; e o ouro a US$ 1.366, com queda de 1,09%.
Fique ligado!

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