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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Uma boa e uma má notícia

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O assunto sobre os mercados emergentes ainda domina as notícias. Uma dúvida comum, é se os movimentos atuais representam uma situação de contágio, ou se limita especificamente a alguns países. Vou compartilhar alguns gráficos que parecem mais um tumulto temporário, do que um contágio generalizado. Em situações como estas a temperatura pode ser medida através do comportamento das bolsas de valores, e nos prêmios pagos nos contratos de  Credit_default_swap , que mede o custo para se proteger de um calote do devedor, no caso um país. Vamos inicialmente observar o comportamento destes parâmetros nos mercados desenvolvidos. Na parte superior o comportamento dos ativos americanos, e na inferior os Europeus. Fica evidente que a situação recente não aparenta nenhuma preocupação nestes mercados. Analisando-se estes prêmios de risco para os mercados emergentes, somente países como a Indonésia e Turquia, tem riscos semelhantes aos vistos em 2011-2012, entretanto o stress estava contido

F##k the FED

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Adorei a chamada deste analista F##K the FED!  Ontem foi publicada a decisão da última reunião, onde Bernanke presidiu, e como o esperado nada mudou. O FED manteve o ritmo de diminuição de compra de ativos em U$ 10,0 bilhões, cifra pequena quando analisa-se o total de sua carteira de US$ 4,0 trilhões. Como no jogo dos 7 erros, os analistas buscaram encontrar alguma palavra que desse pistas sobre as interpretações dos membros, aos números desapontadores de emprego em dezembro, bem como o stress nos mercados emergentes. Esforço em vão, pois foi procurar "pêlo em ovo". Os mercados acionários não ficaram muito felizes, as bolsas na Ásia fecharam em baixa. Há de se levar em consideração que, hoje foi publicado o dado de PMI na China, como acontece em todos os finais de mês, e não foi muito animador, ficando abaixo da marca de 50, indicando contração. É evidente que, desde 2011, que este indicador não inspira nenhum otimismo, uma vez que o mesmo encontra-se ao redor desta m

Os emergentes vão submergir?

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A bruxa está solta, conforme comentado no post de ontem  gripe-ou-pandemia , a situação não anda nada boa para quem está classificado na categoria de emergentes. Ontem foi a vez da Turquia subir seus juros internos, e não foi pouca coisa, de 7,75% a.a. para 12% a.a. Fizeram em um dia o que o nosso BC o fez em um ano! E sabem qual foi a resposta do mercado de câmbio? Veja abaixo. Um movimento assim chama-se de UH-OH, o mesmo som pronunciado quando se anda a cavalo, retornou de onde veio. A leitura que pode-se fazer, é que a elevação não é suficiente para reverter o fluxo. O problema não está circunscrito exclusivamente a Turquia, e sim generalizado, veja a seguir. A Argentina nem merece comentários, pois seus problemas são muito antigos, causados pelas loucuras de sua Presidenta Kirschner, assim em momentos como esses, é natural que seja a primeira a descambar. Já na Ásia a situação ainda não atingiu as moedas dos principais países, ainda , mas as bolsas encontram-se num momen

Gripe ou Pandemia?

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Quando o assunto é pandemia, a situação que nos vem a mente é da Gripe Espanhola, que aconteceu na Europa entre 1918-1919. Caracterizou-se mundialmente pela elevada morbilidade e mortalidade, especialmente nos setores jovens da população. Calcula-se que afetou 50% da população mundial, tendo matado 40 milhões de pessoas, pelo que foi qualificado como o mais grave conflito epidêmico de todos os tempos. Ultimamente, não passa um único dia onde o assunto mais comentado é sobre os efeitos que a mudança na política monetária dos países desenvolvidos acarretara nos mercados emergentes. Os sinais desta mudança já foram sentidos nos preços de seus ativos, bem como no fluxo de recursos, porém o movimento não parece ter terminado, afinal os movimentos recém-presenciados somente refletem o temor da retirada dos helicópteros, processo que se iniciou em dezembro passado. Assim a expectativa é de que o efeito seja limitado a países que se encontram numa situação cambial debilitada, como a Arge

A realidade se impõe

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Vocês são testemunhas de quantas vezes eu enfatizei os erros que a equipe econômica brasileira cometeu. Quando a situação de fluxo era extremamente favorável, até o final de 2012, nossos mandantes fizeram uma interpretação equivocada sobre a real situação brasileira, ficaram embriagados pelo sucesso, como se costuma dizer. Mas eu entendo, pois a vaidade faz parte das reações que estamos sujeitos quando se conseguem vitórias de uma maneira fácil. Quem não teve oportunidade de assistir o filme Lobos de Wall Street eu recomendo, mesmo para quem não é do "ramo", Leonardo DiCaprio representa o personagem principal de maneira esplêndida, acredito que seja sua melhor performance ever!  Tenho que confessar, por ter feito parte desta época, senti um certo desconforto, e uma dúvida que já me incomoda há algum tempo: O que eu construí de real para a sociedade? Em todo caso, o motivo de minha citação é de como Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) vai criando uma imagem pessoal de inven

Mapa do tesouro

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Na infância ficávamos fascinados com as histórias e filmes sobre tesouros enterrados, para encontrá-los era preciso de um mapa, e aí se desenrolavam as ações. De repente um dos protagonistas encontra, mas o "bandido" rouba e assim se continua a história, até que no final, o tesouro era desenterrado pelo "mocinho". Neste mundo de helicópteros que vivemos, as taxas de juros encontram-se destorcidas da realidade, o juro real é negativo desde 2008, pois é a forma como os BC's encontraram, para evitar uma catástrofe maior, algum dia esta situação vai mudar e é natural que os juros tenderão a normalidade. Até aqui nada de novo, e o mercado financeiro vem a busca de sinais de quando o FED inciará este processo de normalização. Tenho acesso a vários estudos, estatísticas, correlações, porém um estudo do Deutsche Bank parece ter encontrado o mapa da mina. - David não publique, guarde este gráfico, vamos ficar ricos! Hahahaha.... compromisso com os leitores. O estu

All in

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O mercado já colocou suas fichas na mesa, e agora espera a abertura das cartas para verificar se sua hipótese se concretiza. Pelo grau de otimismo nos mercados desenvolvidos, arriscaria que a aposta foi all in, como no jogo Texas Hold'em Poker, aí as cartas vão se abrindo. Para o mês de fevereiro, espera-se uma elevação na criação de vagas para algo em torno de 200.000, e que o participation rate  pare de cair, já no front da inflação uma elevação na taxa anual, mesmo que seja mínima. O mercado está com um par de Az, pois é indiscutível uma melhora nos dados econômicos de uma forma geral, mas como no jogo de pôquer, estas cartas por si só, não são garantia que ele vai levar a mesa, assim vamos nos atentar em algumas considerações sobre as duas variáveis que fariam o FED alterar sua Política Monetária, inicialmente o emprego. Tem se dito que, o fato dos idosos estarem postergando sua aposentadoria, seria um dos motivos da queda do  participation rate , vejamos: O gráfico

Nintendo em baixa

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Eu nunca fui um aficionado dos vídeogames, acho que o principal motivo, é que não tenho habilidade para controlar os movimentos rápidos necessários ao jogo, além do mais odeio perder! Mas é inegável que nos últimos anos é uma febre entre os jovens. No início, a Nintendo dominava este mercado, onde a figura do super Mario era um de seus ícones, mas veio perdendo espaço para o playstation e X-box. Mais recentemente a empresa Japonesa lançou o Wii U, mas suas vendas caíram 69% no ano passado, gerando um prejuízo considerável. Não é surpresa estas reviravoltas em empresas neste setor de eletrônica, uma vez que qualquer produto que nasce, fica obsoleto imediatamente. - David, você anda meio estranho, estou preocupado! O que este assunto tem a ver com os mercados? Vou pensar na sua observação, em todo caso, obrigado pelo carinho! Hahahah.... Embora você tenha me interrompido, eu acredito que um dos grandes responsáveis pelo fracasso da Nintendo, é não ter seguido o ECB. - Como é que

Extravagância

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Fui buscar a definição da palavra extravagância no dicionário:  s.f. Ação que se desvia das normas usuais do bom senso; excentricidade, esquisitice. Dissipação; esbanjamento; estroinice; libertinagem: suas extravagâncias de rapaz arruinaram-lhe a saúde. Então se encaixa bem ao valor da suíte no New Jersey´s MetLife Stadium para a final da primeira partida do Super Bowl, querem saber? US$ 1.000.000,00!  Meus pais foram sobreviventes da II Guerra Mundial e imigraram para o Brasil em 1948, com uma mão na frente e outra atrás, como se costuma dizer. Fui educado num ambiente que não se aceitava o desperdício, minha mãe dizia que não podia sobrar nenhuma comida no prato, pois muita gente morre de fome.  Nos dias de hoje, e com a  concentração   excessiva  de renda no Universo, e fácil imaginar que muitas pessoas podem se dar ao luxo de gastar esta quantia sem ocasionar nenhum efeito em seu  patrimônio, mas aí a questão não é de poder, mas é  valer. Será que é melhor gastar US$ 1.

"Rolezinho"

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Este assunto vem criando ultimamente muita polêmica. Algumas pessoas externaram suas opiniões sobre a  proibição  dos Shopping Centers na entrada destes grupos, como uma atitude racista ou elitista. Vamos aos fatos, os Shopping Centers são construidos com o intuito de oferecer um local para a população efetuar suas compras de produtos diversos, sem precisar percorrer lojas espalhadas em vários locais. Seus investimentos são elevadíssimos, os lojistas pagam alugueis caros para poderem se instalar, e mesmo assim, existem negócios que fecham por não serem lucrativos. Dentro dos Shoppings existem  espaços  de alimentação e cinemas que se convencionou chamar de  área  de lazer, e daí vem a má interpretação sobre os "rolezinhos". Assim, Shopping Center não é Lazer Center, como querem fazer entender, é um local cujo objetivo é de oferecer produtos e serviços,  não é um parque administrado pela prefeitura . Quem frequenta os shoppings, vai em busca disso, e preza a facilidade e

Swap sem risco

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Ontem o mosca v ersou sobre os problemas que estamos passando aqui no Brasil por causa dos elevados níveis de inflação, e hoje o comentário será sobre os baixos índices desta variável nos USA, ou melhor, em quase todas as partes do mundo. É claro que não tem nada a ver a situação entre ambos, pois cada país tem suas particularidades, mas não deixa de ser interessante um BC rezando para que não caia mais e outro para que não suba. Ontem foram publicados os dados de inflação nos USA, o CPI "cheio" e o que exclui os itens mais voláteis, gasolina e alimentos. Sem comentários! continua estável e abaixo do nível de 2% apontado pelo FED como seu objetivo, em dezembro de 2012 (quadro amarelo). Do mesmo jeito que, enquanto aqui no Brasil, a inflação não der sinais de estabilização, nos USA o FED não vai subir os juros se a inflação não ultrapassar 2% a.a., isto não tem nada a ver com a diminuição dos helicópteros que devem continuar. Os juros longos de 10 anos continuam compo