Que fase!


Hoje o conteúdo do mosca será reduzido, em função da minha participação no evento patrocinado pelo Banco Goldman Sachs, com o economista chefe para mercados emergentes, Paulo leme. Depois de algumas lamentações quanto a seu call de compra de dólar contra o real, iniciou sua exposição. Confesso que a maior parte da palestra eram de informações que eu já conhecia.

Sua opinião é de uma piora no ambiente econômico para o Brasil, sugerindo a venda de ativos brasileiros de "cabo a rabo", uma verdadeira liquidação, o fator principal, seria a retirada dos helicópteros pelo FED. É verdade que a indicação da Yelen deve postergar um pouco esta ação, mas se as condições monetárias se normalizarem, os investimentos no Brasil seriam afetados.

Depois comentou sobre a reunião do FMI neste último final de semana, e a revisão para baixo do crescimento, principalmente dos países emergentes, China, Índia e Brasil. Enfatizou a importância do acordo que está sendo costurado em Washington para empurrar a decisão do teto da dívida para fevereiro.

Talvez pelo fato de ouvir e raciocinar com mais tranquilidade me propiciou uma frustração. De certa forma parece com meu time, o Santos que tem bons jogadores, uns mais antigos outros mais jovens, mas até aí confiar que o time vai estar dentro do G4 para participar da Libertadores no próximo ano, tem uma longa distância, da mesma forma a economia mundial, não está à beira de uma deflação, mas longe de ter um cenário otimista. Como diria o comentarista de futebol, Milton Leite, que fase! Ou ainda mesmo, de uma forma irônica, que beleeeza!!!!

- David, como você encarou a previsão dele, uma vez que você acredita que o dólar irá se desvalorizar perante ao real?
Talvez minha primeira reação foi negar, mas com o passar do tempo entendi seus fundamentos, que fazem sentido, mas não é o que os gráficos me dizem agora.  Lembrei do post de ontem fundamento-pragmático, e se eu estiver correto, ele terá que se lamentar novamente no próximo encontro, pois não sou comprador de dólar a R$ 2,17. Quanto a taxa SELIC a sua projeção é de mais dois aumentos de 0,50% para atingir 10,50% a.a., não muito diferente do call da Rosenberg.

Tudo isso me faz crer que os helicópteros deverão continuar por muito mais tempo, e se assim for, acho difícil que os juros dos papéis longos americanos voltem a subir no curto prazo, colocaria um teto máximo de 3,10% a.a., talvez num espasmo de otimismo, mas acredito ser mais provável ficar abaixo de 2,5% a.a.

Eu estou ficando desconfiado do USDBRL no curto prazo, no post pessoas-inteligentes eu observei...  Agora, tecnicamente, os vendidos em dólar estão "empurrando" a cotação para baixo de R$ 2,18, se não conseguirem, uma nova oportunidade de venda do dólar irá surgir mais adiante, no momento observe! ... Pois é, acho que o mercado está tentando e não está conseguindo, veja o gráfico a seguir.


Se você está vendido em dólar acho que vai passar por um calor, pois caso o USDBRL não prossiga em seu movimento de queda, e rápido, vai buscar a cotação de R$ 2,27/2,29, aí sim eu me envolveria numa operação de venda do dólar. Daqui há alguns dias conversamos.

O SP500 fechou 1.698, com baixa 0,71%; o USDBRL a R$ 2,1769, sem variação; o EURUSD a 1,3523, com queda de 0,26% e o ouro a US$ 1.280, com alta de 0,71%.
Fique ligado!

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