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Uma empresa de consultoria, Medley Global Advisors, elaborou um relatório interessante ...O FED ao invés de estar estacionado em sua decisão de retirar os estímulos monetários, apertou o botão de reset e está de volta onde estava há seis meses atrás.... essa eventualidade é agora mais perigosa por causa dos sinais preocupantes que o impulso econômico esta desacelerando... Os dados de emprego deste mês ressaltou a tendencia de enfraquecimento que já estava em andamento, quando os membros do FOMC no mês passado, decidiram não implementar os cortes dos estímulos...Os dados já estavam piores antes da paralisação de outubro, ao contrário da aceleração esperada... a inflação está tão baixa que em breve poderá ser um assunto a preocupar mais o Comitê... Em resumo, o FED pode ter perdido a sua oportunidade de agir.

Um outro instituto de pesquisa, buscou avaliar os impactos da paralisação de outubro através de um índice semanal, utilizando vários indicadores publicados por empresas privadas e aí avaliar o impacto no emprego, veja a seguir.


Se este indicador se mostrar correto haverá uma queda substancial nos próximos dados de emprego, o que de certa forma é consistente como o raciocínio da Medley Global Advisors.
Vejam a seguir que o problema de emprego não é privilégio dos USA.
Para completar meu raciocínio desta sexta-feira, se existe um consenso no mercado é que a taxa de juros dos títulos longos americanos só pode subir, acho que não encontrei ninguém que acredita que possa cair, a não ser eu mesmo! Hahahahah.... e quem preparou o gráfico a seguir.
Parece complicado, mas vou explicar, inicialmente fixem-se nos movimentos indicados por 1, em azul representa um dado técnico sobre o posicionamento no mercado de juros, quanto mais elevado este indicador mais o mercado acredita que as taxas vão subir. Na parte superior em vermelho, a evolução destas taxas de juros, notem que a escala está invertida. O que este analista quer alertar, é que sempre que o indicador chega a extremos (parte inferior), as taxas de juros ao invés de subirem, caem . Em 2011, elas caíram de 4% a.a para 1,5% a.a.

Recentemente, grifado em 2, a situação parece muito semelhante ao que ocorreu no passado, indicando que no mínimo, um grande cuidado deve-se ter ao imaginar que as taxas só poderiam subir. Entretanto, se o desemprego decepcionar, uma inesperada queda de juros poderá ocorrer. Em relação a bolsa, eu fico em dúvida se esta possível queda (juros) incentivará novas compras, afinal mais helicópteros irão aos céus; ou o mercado vai ficar preocupado com o risco de deflação, desencadeando uma queda das bolsas.

Eu tenho a minha desconfiança, mas prefiro aguardar mais evidências, afinal não vou construir um cenário sobre hipóteses.


O que está foto dos Beatles está fazendo aqui? É para relatar sobre o lançamento do livro Tune In, numa série de três volumes, que se propõe a contar a história definitiva do grupo. Já está à venda na Amazon Tune-In-Beatles-These-Years.

O SP500 fechou a 1.759, com alta de 0,44%; o USDBRL a R$ 2,1870, com queda de 0,73%; o EURUSD a 1,3803, sem alteração e o ouro a US$ 1.351, com alta de 0,36%.
Fique ligado!

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