As idéias de um "Guru"

Acredito que vocês já sabem da minha admiração por Bill Gross, o gestor do maior fundo de renda fixa no mundo, mas hoje vou apresentar os pensamentos de um outro, Jeff Gundlach, que é o Presidente da doubleline funds e tornou-se muito popular nos últimos anos pela performance de seus fundos.

Ele fez uma apresentação a seus investidores esta semana do qual eu tive acesso, selecionei alguns itens, sua ideia geral é que os juros vão continuar baixos e não prevê inflação ou estagflação até os preços das commodities comecem a subir.


É interessante notar que é a cada ação inicial do FED nos helicópteros, a taxa subia para retroceder em seguida, embora esta última tenha sido mais forte e rápida.

Outro fator que ele chama a atenção é a correlação entre a bolsa de valores e os bonds (quando preço sobe a taxa implícita cai e vice-versa) que a partir de 1997, mudou completamente, fazendo que tivessem movimentos contrários, ou seja, quando os juros caiam, a bolsa subia. Ele questiona se esta relação irá retornar ao que era antes de 1997.


Em relação aos emergentes faz uma comparação entre as reservas e a dívida de cada país, em 2007 e mais recentemente, .


O que chama a atenção, é que a Índia teve uma deterioração marcante em sua situação cambial, enquanto no caso do Brasil aconteceu o inverso, estando hoje numa situação semelhante a da China, neste quesito.

Ele mostra como a bolsa dos mercados emergentes foram premiadas nestes últimos 10 anos.

Mas desde a crise andaram de uma forma semelhante, porém desde metade de 2012 houve uma piora dos emergentes, comparada a bolsa dos países desenvolvidos.


E por último, projeta a situação as receitas e despesas das contas públicas americanas para o futuro.


O grande vilão daqui em diante será o aumento expressivo da conta de juros em função da expressiva elevação da dívida pública. Para solucionar ele calcula que deveria haver uma elevação na taxa média dos impostos, que hoje é de 18,3 % do PIB, para 23,2% e não seria suficiente só taxar os mais ricos.

Quem levou um tombo de respeito hoje foi o ouro, e se aproxima do intervalo que eu sugeri uma compra a-história-se-repete, entre US$ 1.310/1.280. Eu analisei melhor e vou ficar no último intervalo, alguns fatores me deixaram na dúvida se realmente é uma correção ou continuação do movimento de baixa.


Investir é arriscar, e vou tentar uma compra, se o preço chegar lá, com um stoploss a US$ 1.240. Quero enfatizar que: só abaixo do mínimo anterior US$ 1.180 pode-se afirmar a hipótese de continuidade da baixa, eu decidi estabelecer um stoploss mais conservador, então não chore as pitangas se formos estopados e depois o mercado subir, estou sendo "pão duro" na aposta, pois é o que acho que vale.

O SP500 estava(*) a 1.684, com queda de 0,30%; o real a R$ 2,2724, com queda de 0,16%; o euro a 1,3299, sem variação e o ouro a US$ 1.323, com queda de 3,23%.
Fique ligado!
(*) 16hs30

Comentários