A história se repete

Eu nem pretendo aventurar-me a opinar sobre assuntos Geopolíticos, ainda mais quando o assunto é Oriente Médio. Parece que os USA estão próximos de agir na Síria, mesmo com a rejeição ontem do Parlamento Inglês. Ao público aparecem as notícias dos conflitos nas ruas, mortes e etc... mas raramente mostram a situação econômica.

A Síria é um desastre humanitário, é claro, mas é uma catástrofe econômica também. Este último não recebe atenção por razões óbvias, mas 290% de inflação certamente se qualifica. A economia funcionando ou não, o governo tem que pagar as suas contas. Então, o que fazer quando não tem impostos para receber? Imprime-se moeda! Isto é o que o regime de Assad tem feito para cobrir a diferença do que tem a pagar. O regime tentou esconder a verdade, com os números oficiais, mas Steve Hanke, um professor da Johs Hopkins, estimou qual é a inflação real, usando a taxa de câmbio paralelo.

Milton Friedman definiu que a inflação é um fenômeno monetário, mas hiperinflação é sempre um fenômeno político, e os preços sobem muito quando o governo imprime muito. Mas porque os Governos imprimem muito dinheiro, se acaba valendo pó? Vejam a seguir a tabela de vários episódios de hiperinflação e o que elas têm em comum.


Veja as datas de início. Hiperinflação tende a acontecer em períodos de guerras e revoluções. A Alemanha de Weimar e Zimbabwe parecem exceções a esta regra, mas não são realmente, a resistência a reparação do primeiro e a reforma agraria do último, segurou a atividade econômica como em qualquer conflito. Generalizando, existe um tipo de crise política que destrói a economia e vice-versa criando um ciclo vicioso.

A inflação é algo que entendemos, e entendemos como podemos parar, como aponta Paul Krugman, mas a hiperinflação é diferente, não é o caso onde o Governo emite demais para evitar escolhas difíceis, é sobre Governos emitindo muito porque não tem alternativa, neste caso os BC´s não tem o que fazer para corrigir.

Já que o assunto é inflação, vou comentar sobre o ouro, no post ração-diária externei minha ideia de comprar ouro, os níveis que defini lá terão que ser alterados pela continuidade do movimento de alta nos dias seguintes. Acredito que depois da alta da última quarta-feira, atingindo US$ 1.433, o metal passará por uma correção e é onde pretendo comprar.

No gráfico acima está o plano, comprar no intervalo entre US$ 1.310/1.280, o grande problema é que o stoploss "correto" situa-se em US$ 1.180, aproximadamente 10% abaixo do primeiro ponto, é bastante! O que fazer? Vou acompanhar este movimento de correção, e talvez possa estabelecer parâmetros com potencial de perda menor, acompanhe o mosca.

Por último eu fiquei devendo uma explicação do conteúdo do post a-pressão-continua, conversei com minha analista mas não conseguimos identificar uma razão convincente, acho que é resquícios do inferno astral, não meu, do mosca! Hahahah...

O SP500 fechou a 1.632, com baixa de 0,32%; o real a R$ 2,3850, com alta de 1,10%, o euro a 1,3214, com baixa de 0,20% e o ouro a US$ 1.394, com queda de 0,98%.
Fique ligado!

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