Vai ou não vai?

O mercado nos últimos meses assumiu que finalmente a economia americana está se recuperando, e portanto pode-se esperar um crescimento de 3% a.a. As declarações do Bernanke, que se as coisas melhorarem vai retirar os helicópteros, foi suficiente para os otimistas reafirmarem suas expectativas.
Reconheço que existem melhoras em alguns indicadores, porém alguns outros requerem cautela.

Um dos indicadores Purchasing_Managers_Index, calculado através de uma pesquisa com as empresas, mostraram no passado uma correlação muito próxima com o PIB. Na semana passada foi publicado o índice do mês de junho e situou-se em 49, o mais baixo desde junho de 2009, quando a economia estava ainda se recuperando.

Outro indicador oriundo desta pesquisa, são as novas ordens subtraída dos estoques, que sugere uma redução notável no crescimento.

E finalmente em relação aos preços, indica um poder baixo das empresas em aumentá-los.

Em pesquisa feita pela Bloomberg com os Presidentes de algumas companhias, foi identificado um ceticismo quanto as perspectivas futuras, e que de certa forma também afetou o emprego neste setor com uma queda de 8.000 vagas no mês passado.

Como comentei no post de ontem emergentes-bola-da-vez, os emergentes estão sentindo na pele, o gráfico a seguir apresenta a performance do dólar australiano, que é considerado uma moeda muito atrelada a variação das commodities e o índice de bolsa dos países emergentes.


Ambos estão em posições tecnicamente delicadas, qualquer escorregão pode causar uma aceleração nas ordens de venda. Então o que vocês acreditam, vai ou não recuperar? Na minha opinião, se as economias se mantiverem como hoje já estaria bom. Agora não se enganem, com todo o estímulo dado é fundamental o  crescimento, caso contrário o cenário mais negro deflacionário vai ganhar força. Lembrem-se da onda C!

O SP500 fechou a 1.612 com queda de 0,84%; o real a R$ 2,1537, com alta de 1,03%; o euro a 1,331, com alta de 0,11% e o ouro a US$ 1.388, com alta de 0,70%.
Fique ligado!

Comentários