Luz ou trem no final do túnel?

Nos Estados Unidos com dados ultimamente mais animadores aliado ao discurso do Bernanke no Senado, que deixou a porta aberta para retirar os estímulos monetários, deram ímpeto aos juros dos títulos americanos de 10 anos, que subiram de 1,60% a.a. no inicio de maio para 2,15% a.a. agora. No Japão o otimismo é generalizado como comentado no post 1-us-100 yen, embora vários analistas colocam obstáculos para o futuro, com bastante propriedade, mas este será um assunto que comento amanhã. Sobrou a Europa onde hoje, publicou-se os PMI da região.

Todos os países melhoram, mas ainda se encontram em retração, pois o índice é inferior a 50, será que estes dados apontam para uma luz no final do túnel ou um trem? Se for uma luz é bom que chegue rápido, pois os desempregados não estão com muita paciência. Ontem me chamou a atenção uma informação que o Governo Espanhol está fornecendo um visto permanente para quem se dispor a comprar um imóvel acima de 500.000 euros, equivalente a um apartamento em São Paulo de 120 m²!

-David, chega! Vai ou não comentar a alta explosiva do real?
Seu pedido é uma ordem! Hahahahah.... Já antes do feriado estava desconfiando do "cheiro de gasolina" no ar, e na sexta-feira o dólar subiu como um foguete testando o limite que eu mencionei no post o-bcb-esta-indeciso de R$ 2,14. Antes de entrar na análise da moeda valem alguns comentários, primeiro que o BCB decidiu subir a taxa SELIC em 0,50% a.a., segundo que o Presidente Alexandre Tombini vem afirmando veementemente que irão combater a inflação com unhas e dentes, o mercado já reviu suas estimativas para a taxa de juros e fala-se em 9% a.a., bom sinal, e por último, ele vê pouco impacto da alta do dólar na inflação. Para ter feito esta afirmação, só posso interpretar que irá atuar vendendo dólares para conter a alta, pois caso o dólar continue subindo, só se tabelar os preços. É melhor não dar  ideia! Hahahahah...... 

Infelizmente não tivemos a oportunidade de comprar o dólar "baratinho". O gráfico acima permite algumas interpretações que até o momento não estão muito claras, mas vou trabalhar com o cenário que considero mais provável. Uma continuação da alta é esperada e imagino três regiões: 1) R$ 2,24/2,25 ; 2) R$ 2,35/ 2,37 ; e 3) R$ R$ 2,55/R$ 2,60. São variações significativas do preço atual: 5,4%, 10,8% e 20,8% respectivamente. Preciso dizer também, que tem uma formação que está me incomodando, e um rompimento claro acima de R$ 2,14 é necessário.

Vamos comprar? Não sei não, pode ser, considerando o primeiro intervalo, e adotando-se um stop a R$ 2,02 a perda seria de mesma magnitude que o ganho 5,4%. O mais prudente seria aguardar uma retração entre R$ 2,11/R$ 2,10. Como depois da alta eu espero uma nova queda, fica difícil operar nestas condições.

Vocês devem ter observado que anotei um plano B que só vou considerar se a cotação passar de R$ 2,90, até lá temos tempo para observar.

O SP500 fechou a 1.640, com alta de 0,59%; o real a R$ 2,1270, com queda de 0,69%; o euro a 1,3069, com alta de 0,57% e o ouro a US$ 1.410, com alta de 1,77%.
Fique ligado!

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