Atrás das cortinas

Antes de começar a descrever sobre o assunto do dia, um pequeno comentário sobre os jogos de ontem, o Brasil jogou bem contra um México que jogou mal, os gols surgiram nos pés de Neymar em 2 jogadas compatíveis com jogadores fora da curva. O Fred, deu a lógica, não marcou nenhum gol até agora, onde esta sua promessa? É melhor ele tomar cuidado, pois está prestes a perder seu lugar paro o Jô, que entrou nas duas partidas no final do segundo tempo e faturou 2 gols. Quanto ao Japão foi uma tremenda injustiça, mereciam ganhar, melhoraram muito e devem fazer uma boa participação na Copa do Mundo, ainda bem que não jogaram desta forma contra o Brasil!

Os mercados de risco continuaram o seu movimento de queda na sessão da Asia, onde o único ganhador foi o "dólar dólar", como diz um amigo, as razões seriam as palavras do Bernanke, onde o mercado considera que foram mais Hakwish (agressivas). Talvez eu e o Bill Gross tivemos uma interpretação mais neutra e enfatizamos a inflação muito baixa, mas como o mercado não achou isso, é ele que está dando o tom no momento.

Já há alguns dias uma informação tem me deixado intrigado, porém a imprensa não deu muita importância, o motivo é que a taxa de juros no mercado interbancário na China tem subindo expressivamente. O banco da China vem injetando recursos através de operações no mercado aberto. Hoje as taxas de 7 dias atingiram 10,77% a.a., a mais elevada desde 2003, enquanto a "SELIC" de lá foram a 12,85% a.a. Estes apertos de liquidez acontecem nesta parte do ano, porém o que está ocorrendo agora é mais preocupante. 
Ontem também foi publicado o Purchasing_Managers_Index da China e o índice ficou marginalmente abaixo das expectativas em 48,9 e embora esteja se recuperando ultimamente, um número abaixo de 50 indica contração. A bolsa vem sofrendo e já apresenta retorno negativo no ano.




A reação violenta dos mercados, principalmente no câmbio dos emergentes, podem estar associados a desconfiança em relação ao que estaria acontecendo na China, pois o que o FED está alertando é que os helicópteros podem ser tirados do ar pelo bom motivo, ou seja, crescimento melhor dos USA, portanto os últimos acontecimentos da China podem ser o que realmente está incomodando os mercados, e o que está atrás das cortinas!

Os pop stars levaram um tombo de respeito, já na abertura o ouro caia 4,6% e a prata 7,1%. Os leitores do mosca não devem estar surpresos, pois no post finalmente-uma-boa-noticia, visionei uma queda aos níveis de US$ 1.300, o que acabou acontecendo hoje. Estou repetindo um gráfico do ouro que postei que-fase, com minhas avaliações naquele momento.

Eu espero que em um dos 3 intervalos apontados, possa haver a reversão:
  1. Entre US$ 1.420/US$ 1.400, onde abriu hoje, com um novo tombo em relação a sexta-feira.
  2. Entre US$ 1.300/US$ 1.285, o meu preferido.
  3. Ao redor de US$ 1.150, que se não for contido vai colocar minha perspectiva de alta futura em cheque, e abaixo de U$ 1.000 o ouro vai virar pó! Hahahahah...
A partir de agora não sou mais vendedor de ouro.

- David, vamos às compras?
Acho que eu não me expressei direito, eu vou buscar momentos de compra e não acho que seja agora, pois existem ainda outros preços possíveis como os apontados acima. O que eu quero enfatizar é que, se o ouro tiver que subir os preços de entrada deverão ocorrer ao redor deste preços. Não quero me vangloriar que eventualmente compramos no mínimo, isto só acontece por sorte, prefiro comprar mais caro com evidências melhores de alta.

O real está próximo do ponto que comentei no post manifestação-x-real, com muito stress, acho que vai respeitar e é provável que o dólar recue para região de R$ 2,10/R$ 2,15 nos próximos dias. Quem quiser vender, e tiver coragem, pode ganhar alguns pontos, it´s up to you, mas eu não ficaria comprado em dólar nos níveis atuais.

O SP500 fechou a 1.588, com queda de 2,50%; o real a R$ 2,2580, com alta de 1,53%; o euro a 1,3218, com queda de 0,57% e o ouro a US$ 1.277, com queda expressiva de 5,71%!
Fique ligado!

Comentários