Labirinto

As taxas de juros dos títulos longos americanos tiveram uma boa alta, desde a publicação dos dados de emprego naquele país. Também sabemos que alguns membros do FED estão desconfortáveis com os helicópteros, e esta situação foi externada nos último comunicado. Entretanto o outro grupo que acredita que qualquer tentativa de tirar o pé do acelerador agora, poderá minar a fraca recuperação que se presencia, resolveram deixar explicito os parâmetros para entrar em ação:



  • Taxa de desemprego menor que 6,5%, hoje se encontra a 7,5%.
  • E inflação acima de 2% a.a., hoje se encontra a 1,5% a.a.
Alguns analistas de respeito vêm levantando alertas, em função de mudanças estruturais, acarretando que os empregados disponíveis não tem a qualificação necessária para os postos de trabalhos ofertados, criando uma situação inusitada, onde existe desemprego e ao mesmo tempo os salários aumentam. Se fossem "mercadorias", seria fácil, exporta o que sobra importa o que falta, mas não é. Vejamos a seguir estas mudanças, o primeiro gráfico mostra a queda da participação do setor de manufatura em detrimento do setor de educação e saúde.


Este próximo mostra, dentro de cada setor, o tipo de qualificação necessária.


E por último a evolução de acordo com o sexo em cada categoria.


Parece que não adianta fixar um nível mínimo de desemprego para que o FED entre em ação, pois o mesmo pode estar acompanhando um índice inadequado. O que aconteceu era esperado, uma vez que nos últimos anos as empresas americanas, e porque não europeias, deslocaram suas fábricas para a China, eliminando os trabalhos menos qualificados nos USA. Para resolver esta encruzilhada leva muito tempo, uma vez que você não forma as pessoas rapidamente. Pior, pode não ser possível, afinal depende de QI´s mais elevados, que podem não existir.

Este é um dos subprodutos da globalização e também da elevada produtividade, oriunda dos elevados avanços tecnológicos. Como já comentei anteriormente, como consumidor é ótimo, mas como cidadão do mundo é temeroso!

O SP500 fechou a 1.633, sem alteração; o real a 2,0074, com queda de 0,68%; o euro a 1,2969, sem variação e o ouro a US$ 1.430, com queda de 1,18%.
Fique ligado!

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